Puno, a 380 km de Cusco e quase na fronteira com a Bolívia, é a base para conhecer o Lago Titicaca do lado peruano.

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Como chegar em Puno:

Existe um aeroporto na cidade de Juliaca, a 30 km de Puno. Ou seja: você pode voar de Cusco ou Lima direto até lá e também pegar seu voo do Brasil para lá (mas aí com conexão em Lima). De Arequipa ou de Cusco a Puno a viagem de ônibus dura 6h30 e custa desde R$ 35 com a empresa Cruz del Sur. Outra ideia pra ir de Cusco a Puno é embarcar nos ônibus turísticos da Inka Express, que fazem uma viagem diurna com várias paradas interessantes pelo caminho e almoço por cerca de R$ 150. É mais caro mais achei que valeu a pena pra aproveitar esse deslocamento pra ver mais ruínas e paisagens.

Onde ficar em Puno:

Simplinho, o Pacha Hostel (diárias desde US$ 5 no quarto coletivo e US$ 13 no privativo) fica no centro e tem quartos confortáveis. O Hostel Homecenter Puno (diárias desde US$ 16) é um tantinho mais arrumado e inclui café da manhã na diária. O Tierra Viva Puno Plaza (diárias desde US$ 64) inclui transfer ao aeroporto e tem decoração bacaninha com artesanatos locais. Um dos melhores da cidade é o Libertador Lago Titicaca Puno (diárias desde US$ 100; foto ao lado), com roupão, cama king, restaurante e um terraço com vista para o lago.

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O que fazer em Puno:

Centrinho de Puno

A cidade em si é bem feinha. As lojas, restaurantes e bares da cidade ficam ao redor da Calle Lima, reservada para pedestres. Fora dali, vale ver a barroca Catedral de Puno, na central Plaza de Armas, e o Mirador el Condor (ou Mirador de Kuntur Wasi) – vá de táxi e depois prepare-se para subir 620 graus. A vista da cidade com o lago ao fundo é linda.

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Vista do Mirador el Condor

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Principal sítio arqueológico nos arredores de Puno (feche um táxi ou excursão nas agências da cidade). São torres funerárias (as mais altas com 12 metros) construídas pelos collas, uma tribo que dominava a área do Lago Titicaca e foi dominada pelos incas no século 15. Eles enterravam a aristocracia nessas torres, chamadas chullpas. Ao redor está o lago Umayo, com plantinhas e aves andinas.

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Ilhas do Lago Titicaca

O passeio principal leva até às Islas Uros e à Isla Taquile – é só chegar e reservar com alguma agência, não precisa ser com antecedência. Uros são as famosas ilhas flutuantes, feitas inteiramente de totora, uma espécie de junco que cresce no lago. À medida que as camadas de totora do fundo da ilha vão apodrecendo, eles adicionam novas plantas.  Os uros, que falam a língua aimará, construíram essas ilhas na tentativa de fugir dos incas e dos collas. O passeio leva até uma delas, onde vivem cerca de quatro famílias. Os uros vendem artesanato e oferecem tours de barcos feitos também de totora. É daqueles passeios que você não sabe se está ajudando eles ou explorando, porque as comunidades são muito pobres. Fica aí esse questionamento ético. Taquile é uma ilha propriamente dita. Seus cerca de 2,2 mil habitantes falam quechua, mantém forte identidade local e raramente se casam com pessoas de fora. O cenário, com o sol refletido no lago azul, é encantador.

Para uma experiência mais intensa, considere passar uma noite na Isla Amantaní. Há uma balsa que parte do porto de Puno todos os dias por volta das 8h, mas confirme quando chegar. Uma vez na ilha, a Hospedagem Comunitária Amantaní , que reúne famílias da ilha, vai definir uma casa de família para você ficar, normalmente com pensão completa. Tudo é simplérrimo, a eletricidade, só por gerador, vem e vai. Mas o povo simpático conquista. À noite, eles fazem danças típicas com a turistada.

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