Chapada dos Guimarães (MT):

Uma cidadezinha simpática, mirantes estarrecedores, um punhado de cachoeiras, cavernas de arenito e vegetação do cerrado. A chapada mais “fácil” do Brasil, a apenas 1h de Cuiabá (MT), é bonita e ótima pra unir com alguns dias no Pantanal Norte e em Nobres.

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Ali fica o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, que protege 33 000 hectares, e mais uma série de outros atrativos ao redor, dentro de propriedades privadas. A cidade-base pra conhecer a região, também chamada Chapada dos Guimarães, é pequena e pacata, não propriamente charmosa, mas com simpatia interiorana em sua pracinha com igreja e bares. Veja aqui o que fazer na Chapada dos Guimarães.

COMO CONTRATAR UM GUIA NA CHAPADA DOS GUIMARÃES (MT):

Aqui tem uma lista com os guias credenciados da região e as línguas que falam (caso vá com algum amigo estrangeiro). Não precisa marcar com muita antecedência, ligue na semana da viagem pra agendar com eles. Veja abaixo quais passeios pedem guia.

COMO CHEGAR NA CHAPADA DOS GUIMARÃES (MT):

A Chapada dos Guimarães fica a 67 km de Cuiabá. É mais prático alugar um carro, porque os guias cobram caro pra ir com o carro deles fazer os passeios.

QUANDO IR À CHAPADA DOS GUIMARÃES (MT):

De abril a setembro, fora da época das chuvas. Na Chapada dos Guimarães sempre faz calor – a temperatura só cai um pouco de noite.

PASSEIOS NA CHAPADA DOS GUIMARÃES (MT):

Cachoeira Véu da Noiva (mirante): É a foto mais bonita da Chapada: dentro do parque nacional, trata-se de uma queda de 86 metros, caudalosa e certeira, que escorre por um paredão de granito e forma um enorme poço. Melhor ainda se passarem araras voando no horizonte. O mirante fica a 550 metros do estacionamento (não precisa de guia).

Cachoeira dos Namorados e Cachoeirinha: Das mais visitadas do parque, são duas cachoeiras acessadas por uma trilha de 1200 metros em meio à vegetação do cerrado (acesse pela mesma entrada do mirante do Véu na Noiva – não precisa de guia). Ali tem prainhas para tomar sol perto das quedas d’água (o lugar pode encher no fim de semana).

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Circuito das Cachoeiras (dia inteiro): O gostoso nesse circuito é a caminhada, que sobe e desce entre arbustos retorcidos dentro da área do parque nacional. As cachoeiras são na verdade cinco pequenas quedas d’água com poços para lavar a alma e areia pra tomar sol. A trilha culmina na Casa de Pedra, uma caverna onde a voz faz eco e a sombra acolhe para um lanchinho. Precisa de guia.

Cachoeira do Marimbondo e Cachoeira da Geladeira (meio dia): As duas ficam coladas uma na outra, a apenas 7 km da cidade (podem encher no fins de semana). A do Marimbondo escorre por um paredão rochoso cheio de vegetação e cai em um lago. A da Geladeira tem visual parecido, mas com água mais esverdeada. Não precisa de guia.

Trekking até o Morro de São Jerônimo (dia inteiro): Pra quem gosta de caminhada, a trilha de 16 km (com pelo menos 30 minutos de subida bem íngreme) leva até um dos pontos mais altos do parque (800 metros), que deixa ver bem longe. A paisagem do percurso é relativamente monótona, salvo algumas formações de arenito curiosas no caminho. É preciso usar perneiras de couro nas canelas pra proteger de cobras.

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Cavernas Aroe Jari (dia inteiro): A maior abundância de cavernas da região essa está nesse circuito da Fazenda Água Fria, fora do parque. Aqui anda-se por trechos de matas de galeria (que formam corredores ao longo dos rios e áreas úmidas), passando pela Aroe Jari, a maior gruta de arenito do Brasil, com 1 550 metros de extensão, uma lagoa azul cristalina (proibida para banho) e algumas quedas d’água (nestas sim dá para entrar), entre o silêncio perene e o céu azul intenso do cerrado. Há pouquíssima gente a vista, mesmo na alta temporada. Contrate guia na entrada.

Vale do Rio Claro e Cidade das Pedras (dia inteiro): É preciso ir com guia e carro 4×4. O passeio envolve uma caminhada de 4 km pelo vale, passando pela formação rochosa Crista do Galo, que tem vista panorâmica pra Chapada, e dois poços pra nadar nas corredeiras e ver peixinhos. No mesmo dia os guias costumam oferecer pra levar também a Cidade das Pedras, um lugar com impressionantes formações moldadas pelo vento e pela chuva que lembram ruínas de uma cidade.

Chapada Aventura: Pertinho do centro da cidade, a sede da empresa oferece atividades como arvorismo, tirolesa, parede de escalada, paintball, arco e flecha e mais trilhas em meio à mata e rapel em cachoeiras – é bom lugar para ir com crianças. Agende com eles antes de ir.

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MIRANTES (não precisa de guia)

Mirante do Centro Geodésico da América do Sul: O Centro Geodésico é um ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico, bem no meio da América do Sul. O lugar exato fica, na verdade, na Praça Pascoal Moreira Cabral, em Cuiabá, mas este mirante levou a fama. A indicação no Google Maps está errada – saia da cidade e siga as placas, o mirante fica a 8 km de lá, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), sentido Campo Verde. A entrada é gratuita e a vista da boca dos paredões é sensacional.

Mirante Alto do Céu (foto): Outro lugar cênico pra ver o dia findar, com uma panorâmica ainda mais abrangente da região. É preciso pagar R$ 10 e caminhar uns 15 minutos pra chegar até o mirante em si – com o cair da noite, dá pra ver as luzes de Cuiabá se acendendo ao fundo.

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ONDE COMER NA CHAPADA DOS GUIMARÃES (MT):

No centrinho da cidade da Chapada dos Guimarães tem uns botecos com música ao vivo, porções e cerveja de garrafa. O melhor restaurante ali é o Pomodori, que apesar de servir massas e carnes é conhecido mesmo pela empada. Pare pra um sorvete de frutas do cerrado na Delícias do Cerrado. Pra comer com vista para a Chapada, vá ao Morro dos Ventos, de comida pantaneira (que, de quebra, tem um belo mirante), ou ao Bistrô da Mata, que tem bufê de almoço. Para um toque a mais de charme, o Atmã tem pratos com carnes e peixes e risotos.

POUSADAS NA CHAPADA DOS GUIMARÃES (MT):

Pousada São Jeronimo (diárias desde R$ 270): Para quem quer pagar menos, fica numa casa simpática com quintal perto do centrinho da cidade. Serve café da manhã farto e tem um jardim com piscina bem honesto.

Casa da Quineira (diárias desde R$ 433): Na antiga casa de veraneio da proprietária, tem quartos novíssimos com vista para a mata (alguns com hidro), atendimento atencioso, decoração caprichada. Uma das melhores da cidade.

Pousada do Parque (diárias desde R$ 495): É a única dentro do parque nacional, com uma cachoeira e uma torre de observação. A decoração é um charme. A melhor escolha na chapada pra quem curte ficar imerso na natureza.

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Pousada das Orquídeas (diárias desde R$ 306): Um casa lindinha no centro da cidade (foto abaixo) com quintal florido e quartos simples arrumadinhos. Bom custo/benefício.

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Betina Neves

A jornalista é perita em traçar roteiros e vive na eterna busca pela passagem aérea mais barata. Escreve um e outro post por aqui enquanto explora o mundo dentro e fora de si. Pode ser encontrada em cachoeiras na Chapada dos Veadeiros, retiros budistas na Tailândia e montanhas na Califórnia.

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