Ícone-mor da opulência que cercava a nobreza antes da Revolução Francesa e expressão máxima do barroco, o Palácio de Versalhes foi construído pra ser o playground de caça do rei Luís 13.

Inicialmente, era relativamente modesto para os padrões da época. Mais tarde, seu filho Luís 14 ampliou e aprimorou o edifício e, finalmente, transferiu a corte pra seus domínios. Quem pagou o pato foi Luís 16 que, depois de tornar o lugar ainda mais nababesco, acabou na guilhotina. Além de visitar o interior do palácio, é essencial passear pelos jardins (o suprassumo da obra do paisagista André Le Nôtre) e também pelo refúgio de Maria Antonieta. Veja aqui nosso miniguia pra visitar o Palácio de Versalhes.

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Palácio de Versalhes

Informações práticas

Quando ir ao Palácio de Versalhes

Mesmo que você tenha poucos dias em Paris, vale reservar pelos menos uma manhã e uma tarde (não vai tomar menos tempo que isso) pra conhecer Versalhes. No site oficial há dois gráficos que mostram o fluxo de visitantes. Mas, em resumo, fuja dos finais de semana. Eles podem significar filas enormes pra entrar no castelo (que são bem desagradáveis se for inverno e você tiver que esperar horas no frio), uma multidão de gente se amontoando nos aposentos e lotando as mesas na hora do almoço. E é sempre bom chegar cedo.

RER que vai de Paris ao Palácio de Versalhes

Como chegar no Palácio de Versalhes a partir de Paris

De Paris, o melhor jeito é ir de trem ou RER (o trem metropolitano), são cerca de 45 minutos de viagem. Há três opções, que você escolhe dependendo da estação que estiver mais perto de você:

– De trem desde a Gare Montparnasse até a estação Versailles Chantiers;

– De trem desde a Gare Saint Lazare até a estação Versailles Rive Droite;

– De RER, linha C, que para nas estações Versailles Chantiers e Versailles Rive Gauche.

A estação mais próxima do castelo é Versailles Rive Gauche, mas se parar em qualquer uma das outras vai caminhar no máximo 20 minutos pra chegar nele. No site RATP , serviço de transporte público em Paris, você consegue planejar a rota direitinho.

Quanto custa o ingresso do Palácio de Versalhes

Assim que sair do trem, a multidão vai correr pra comprar os ingressos (desde  € 20 pra ter acesso completo ao complexo) – dá pra comprar pela internet pra evitar essa fila. Compre seu ingresso aqui.

Sobre a visita ao Palácio de Versalhes

Sala dos Espelhos no Palácio de Versalhes

O interior do Palácio de Versalhes

Finalement, o Palácio de Versalhes, o maior símbolo da ostentação da corta francesa através dos séculos. Quando você entra, um circuito com quadros e filminhos conta a história do lugar, que começou como um castelinho qualquer nota de tijolo e pedra, construído por Luís 13, até que foi transformado a aumentado por seu filho Luís 14, o Rei Sol, que instalou ali a corte e a sede do governo francês em 1682. No século 18, o palácio foi renovado nos reinados de Luís 15 e Luís 16.

Vale pegar o audioguia (já incluso no preço da entrada), pra não perder pequenos detalhes que ajudam a entender a lógica da construção como um todo e curiosidades do cotidiano da corte – se não, você acaba se distraindo entre os mil flashes da turistada. É legal saber, por exemplo, que o quarto do rei tinha suas janelas voltadas por o leste, de modo que o monarca fosse o primeiro a contemplar o sol nascendo.

O auge da visita é normalmente a gloriosa Galerie des Glaces, ou Sala dos Espelhos. Seus 357 espelhos, que ornam as arcadas, foram colocados ali na época pra mostrar que ninguém podia com a França quando se tratava de objetos de luxo. A sala era usada pra reuniões e festas, como o baile de máscaras do casamento de Maria Antonieta e Luís 16, em 1770.

Os aposentos reais surpreendem com todos os seus quadros, tecidos suntuosos, papéis de parede e ornamentos dourados. Durante a visita, é provável que você se pergunte: “como eles conseguiam dormir aqui?”.

Jardins do Palácio de Versalhes

Os Jardins do Palácio de Versalhes

A parte mais gostosa do passeio. Os jardins do Palácio de Versalhes devem todo seu esplendor a André Le Nôtre, jardineiro do rei Luís 14 que foi responsável por outras joias do paisagismo francês como o Jardim das Tulherias em Paris. Ele demorou cerca de 40 anos pra completar o projeto!

A melhor época pra conhecê-los é sem dúvida o verão e a primavera, quando dá pra passar horas passeando entre os canteiros, estátuas e gramados, admirando as fontes como a de Apolo, com seus cavalos emergindo do espelho d’água.

Jardins de Versalhes

Cheque o calendário antes de ir pra ver os Jardins Musicaux, quando tocam música no jardim, e as Grandes Eaux, quando fazem um espetáculo de águas nas fontes acompanhando o ritmo das músicas. Há também a versão noturna do evento, com fogos de artifício.

Grand e Petit Trianon e domínios da Maria Antonieta

Construído no século 17, o Grand Trianon era a residência de lazer de Luís 14 e sua família. Vale uma passadinha, mas os cômodos não são tão suntuosos. Já o fofo Petit Trianon foi construído em 1774 pra Maria Antonieta, que gostava de ficar refugiada ali longe das frescuras da corte de Versalhes. O palacete parece uma casa de boneca, e os jardins são impecáveis. A caminhada pra chegar até lá é um pouco longa, mas bastante agradável por entre grandes árvores – desde que não chova, claro, senão a estrada vira um lamacê só.

Transporte dentro do Palácio de Versalhes

Há um trenzinho que pode fazer o transporte entre o Palácio de Versalhes, o Grand e o Petit Trianon por € 8,50. No calor é bacana caminhar, mas se estiver frio ele ajuda à beça. Nos feriados e finais de semana, também é possível alugar um carrinho de golfe pra fazer um mini tour pelo jardim, passando pelo Grand e Petit Trianon. O aluguel do carrinho dura uma hora e custa € 36. É preciso ter uma carteira de motorista e ter mais de 24 anos. Você também pode alugar uma bicicleta por € 9 a hora.

Restaurante Ore

Comes e bebes no Palácio de Versalhes

Dentro do Palácio de Versalhes há um Salon de Thé Angelina, que tem macarrons gostosos, baguetes recheadas e pratos à la carte, pode ter uma fila nos fins de semana. Se você busca uma refeição mais sofisticado, reserve uma mesa no restaurante contemporâneo Ore, do chef estrelado Alain Ducasse. O menu do almoço com entrada, prato principal e sobremesa custa € 38. Também tem o Le Grand Café d’Orléans que serve saladas, sanduíches e pâtisseries. Na beira do canal, o La Flottille que serve pratos tradicionais franceses, além de pizza e macarrão. Conte uns € 15 para o prato principal. tem crepes, sanduíches e omeletes por cerca de € 8.

Pra gastar menos, é sempre uma boa comprar quitutes em Paris e levar pra um piquenique nos jardins (no verão e na primavera, claro, quando o clima é mais clemente).

Giovanna Saba

Você deve conhecê-la de outro endereço, do blog Gigi em Paris, seu diário sobre a vida na capital da França. E, como pode imaginar, aqui no Carpe Mundi produz o melhor conteúdo sobre Paris. Acredita que os macarons ganham um sabor mágico se degustados em um quarto de hotel com vista para a Torre Eiffel.

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