Praias sem aglomeração: do Sul ao Nordeste, veja aqui onde é possível, com algum cuidado, manter o distanciamento social e ainda curtir uma praia em tempos de pandemia.

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A saber: é preciso considerar o seu deslocamento, claro – por exemplo, viajar de ônibus e outros tipos de transporte público nessa época pode oferecer mais riscos. Prefira lugares onde você chega de carro ou no máximo com um voo + um táxi ou transfer. Também é preciso prestar atenção na hospedagem – pousadas menores e casas alugadas são opções melhores para manter o

distanciamento. Na hora de fazer as refeições, evite restaurantes e bares e priorize comer em casa ou em locais ao ar livre. Passear no centrinho ainda não é recomendável – melhor até ficar em destinos que nem centrinho tem. E, claro, é importante ser rigoroso com o uso de máscara e o cuidado com a limpeza das mãos.

Destinos de praias sem aglomeração no Brasil:

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Tijucopava, Iporanga e São Pedro (SP)

Onde o litoral sul vai virando litoral norte, esse trechinho de costa do Guarujá, pouco antes da balsa para Bertioga, é uma joia de praias sem aglomeração pertinho de São Paulo. Morros cobertos de mata preservada, mar transparente, faixa de areia extensa e pouca gente à vista. As três praias têm acesso controlado por condomínios de alto padrão, que limitam a ocupação do estacionamento a 30 carros por dia. Então o jeito de visitar ali é: 1) ir durante a semana e passar o dia (no fim de semana tem que chegar antes das 7h para conseguir entrar), levando seu próprio lanche e bebida; 2) Alugar uma casa nos condomínios tem pelo menos 30 no Airbnb.

Como chegar: A entrada dos condomínios é independente e sinalizada por placas e está o Google Maps. Elas estão a 120 km de São Paulo.

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Itamambuca e praias do norte de Ubatuba (SP)

No norte de Ubatuba, os morros forrados de Mata Atlântica reinam junto a faixas de areia belas e pouco frequentadas, algumas tocadas por rios cristalinos – muitas acessadas apenas por trilhas. Mesmo Itamambuca, a mais conhecida, não fica lotada, já que é muito extensa – sempre dá para achar um cantinho ali. Se hospede nos arredores da própria Itamabuca, Praia do Félix ou Prumirim e daí pegue o carro (e prepare as pernas) para explorar cachoeiras e praias mais selvagens como Praia Brava do Camburi, acessível por meia hora de trilha, a Praia Brava da Almada (acessível por trilha que sai da Praia do Engenho), a Praia das Conchas (a 20 minutos de trilha da Praia do Félix). Há muitas boas casas de temporada na região.

Como chegar: de carro. Fica a 240 km de São Paulo e a 310 km do Rio.

Praias do sul de Floripa (SC)

Com faixas de areia branquinhas e montanhas que encontram o mar, a costa sul de Florianópolis é a mais pitoresca e preservada da ilha. Fora do alto verão, dá para explorar sua natureza com tranquilidade. Pode ser uma ideia ficar em casas alugadas ou pousadas na Armação, antigo vilarejo açoriano, em Matadeiros, praia selvagem para quem curte rusticidade, ou na Praia da Solidão. De lá visita-se a cênica Ilha do Campeche, que tem trilhas e águas calminhas e transparentes, e a a Lagoinha do Leste, considerada uma das mais bonitas da ilha.
Como chegar: o sul da ilha fica a cerca de 25 km do centro e do aeroporto. Melhor estar de carro e também estar disposto a fazer trilhas.

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Itaúnas (ES)

Quase no sul da Bahia, Itaúnas tem um vilarejo rústico e sonolento que só enche mesmo no Ano Novo, Carnaval e no festival de forró em julho. Fora de temporada, pode-se hospedar numa boa gama de pousadas simples e acolhedoras (veja a simpática Casa de Praia) e checar uma série de praias extensas e majoritariamente vazias, como Riacho Doce, Costa Dourada, Praia Dois e Gesuel, com paisagens selvagens lindíssimas. Dunas de até 30 metros de altura estendem-se ao longo do Parque Estadual de Itaúnas, da onde se vê belos pores do sol. Também há um passeio de caiaque ou canoa que desce pelo Rio Itaúnas e chega até a Ilha do Dominguinhos.

Como chegar: Itaúnas fica a 260 km de Vitória. De ônibus, precisa ir até Conceição da Barra, a 26 km de Itaúnas, e aí pegar mais um ônibus ou táxi.

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Saco do Mamanguá (RJ)

Se Paraty tem enchido nos feriados e fins de semana, o Saco do Mamanguá permanece um refúgio de natureza. O lugar é um braço de mar que se estende até um manguezal na Baía da Ilha Grande, com 8 km de extensão e cerca de 1 km de largura – chamado por alguns de “fiorde brasileiro”. As paisagens selvagens com o mar azul entre os morros e ilhotas forrados de mata é cinematográfica. Tem gente que só vai de passeio de barco, mas aqui a dica é se hospedar por lá curtindo dias de tranquilidade imerso na natureza à beira-mar em lugares como o Mamanguá Beach Hostel, o Mamanguá Eco Lodge e o Refúgio Mamanguá e a Vila Mamanguá. Também há opções com preços variados no Airbnb.

Como chegar: de barco, desde Paraty ou Paraty-Mirim. Peça pra sua hospedagem ajudar a organizar o transporte.

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Santo André (BA)

Essa praia a 30 km de Porto Seguro é um banho de sossego. O vilarejo mal tem um centrinho estruturado, só uma rua principal. De um lado, há o mar, do outro, o rio – as hospedagens se dividem entre os dois, e o lazer, também. Há opções custo/benefício na areia, como a Vila Araticum Praia, e hospedagens bem integradas na natureza, como a Village Mata Encantada, com bangalôs tipo casa na árvore. É comum só ver meia dúzia de outras almas por praias como Tartarugas, do Guaiú e Santo Antônio. Restaurantes servem comida boa muito mais barata do que em Trancoso, não muito longe dali. E passeios de barco levam para ver recifes de corais e os fartos manguezais da foz do Jequitinhonha.
Como chegar: de táxi ou transfer do aeroporto de Porto Seguro.

Península do Maraú (BA)

Essa península guarda o maior trecho de praias sem aglomeração da Bahia, ainda mais fora do alto verão. Ela tem sido mais conhecida pelo vilarejo de Barra Grande, que ficou hypado na temporada, mas tem outros cantos mais tranquilos, como a praia de Taipus de Fora, a apenas 4 km da vila, e as praias de Algodões e Saquaíra, com piscinas naturais perto da areia. Vale checar também a praia do Cassange, onde fica também uma lagoa de água doce. O negócio ali é achar uma boa pousada e curtir dias de sombra e água fresca e frutos do mar em quiosques nas praias. Táxis e quadriciclos levam para tours pela ilha, e passeios de barco deixam conhecer ilhas da Baía de Camamu.
Como chegar: pegue um voo até Ilhéus e aí um transfer de 2h30.

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Boipeba (BA)

Praias sem aglomeração: as faixas de areias com sombras de coqueiros banhadas por águas clarinhas de Boipeba são um convite à leseira, entre povoados pacatos, manguezais, piscinas naturais, noites estreladas e quiosques de frutos do mar fresquinhos. Fora da temporada de verão, Boipeba se preserva um oásis de tranquilidade, onde carros não entram. O acesso é trabalhoso – em tempos de pandemia, é mais recomendável perguntar pelos barcos diretos saindo de Salvador, que são mais caros, mas valem a pena. Para se isolar, fique em pousadas como como a Eco-Pousada Casa Bobô e a Céu de Boipeba evite transitar muito pelo vilarejo de Velha Boipeba.
Como chegar: pergunte na sua pousada sobre barcos diretos ou táxi aéreo saindo de Salvador.

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Praia do Espelho (BA)

É das praias mais deslumbrantes da Bahia (ou do Brasil todo): quando o sol incide sobre a praia o mar vai do azul-turquesa ao verde-esmeralda, com trechos transparentes mostrando recifes de corais. Altas falésias forradas de mata abraçam o conjunto. Mesmo sendo destino de passeios bate-volta que trazem visitantes para passar o dia, ela tem espaço suficiente para cada um ficar no seu canto. Ficar hospedado ali é um luxo (mas há pousadas econômicas) e uma imersão na natureza, de preferência a poucos passos da areia – veja opções de hospedagem aqui.
Como chegar: de transfer ou carro desde o aeroporto de Porto Seguro (a 90 km de lá).

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Fernando de Noronha (PE)

A ilha mais desejada do Brasil está exigindo exame PCR para entrar e virou uma zona “corona-free”, com casos zerados da doença, e é em essência um recanto de praias sem aglomeração. Ali onde a natureza dá um show inigualável de fauna e flora, os preços são altos (da comida, da hospedagem, do voo e das taxas ambientais), mas é uma viagem pra lembrar pra vida toda e um encontro com a vida marinha e uma vibe que você não vai ver em outro lugar. Fique pelo menos uma semana e, para baratear a hospedagem, veja opções de pousadas como a Martinelli Residence, a Pousada dos Corais e a Pousada Lendas das Águas.
Como chegar: com voo com conexão em Recife.

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São Miguel dos Milagres e Rota Ecológica (AL)

Com as águas mais clarinhas de Alagoas, Milagres é ponto de partida para conhecer uma sucessão de praias de sonho num trecho de litoral de mais ou menos 20 km – pode até ter pontos de aglomeração, mas é bem fácil de encontrar um lugar ao sol só para você. Fantásticas pousadas de charme dominam a bela Praia do Toque, um pequeno paraíso de água transparente e faixa de areia gostosa para caminhar e andar de bicicleta. Jangadeiros levam até piscinas naturais que convidam a entrar e não sair mais. Na vizinha Barra do Camaragibe, dá para apreciar o encontro das águas do Rio Camaragibe com o verde-claro do mar, entre manguezais e coqueirais. Reserve uma boa pousada e aproveite os muitos restaurantes com pratos primorosos de frutos do mar.
Como chegar: a região está a 105 km do aeroporto de Maceió – pegue um transfer ou alugue um carro.

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Galinhos (RN)

Isolado por dunas e água salgada, Galinhos fica na ponta de uma península que avança sobre o mar a 170 km de Natal. Trata-se de um vilarejo rústico com ruas de paralelepípedo, um farol e menos de 3 000 moradores. Não há luxo ali, mas sim pousadinhas agradáveis, muitas tocadas por estrangeiros, dispostas para as águas calmas e clarinhas da praia da vila. Passeios levam para ver o mangue, a salina e as dunas – é famoso o tour do nativo Júnior Tubarão, que mostra a natureza da região e leva para comer ostras frescas. Em Galinhos, o isolamento é a essência da experiência.

Como chegar: de táxi ou transfer do aeroporto de Natal.

Lagoinha, Guajiru e Flecheiras (CE)

Descrita no romance Iracema, de José de Alencar, o município de Trairi, a 130 km de Fortaleza, tem praias com águas mornas verde-esmeralda, ventos fortes, dunas brancas com jegues pastando, coqueirais, falésias, moradores locais cheios de história e a possibilidade de caminhar na areia por quilômetros sem avistar ninguém. As melhores praias sem aglomeração e pousadas estão em Mundaú, Guajiru e Flecheiras, frequentados pela galera do kitesurfe. A vizinha Lagoinha, a 35 km de lá, também agrada, que compartilha a paisagem com dunas, falésias, coqueiros e lagoas e tem pousadas com cara de achado como a Dolce Vita.
Como chegar: ficam a cerca de 140 km de Fortaleza, vá de transfer ou carro alugado.

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