Aruba é um Caribe fácil: sempre ensolarada, com mar azul fosforescente, boa dose de passeios, resorts confortáveis, um punhado de restaurantes. Um destino pra simplesmente sossegar.

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Aruba tem grandes méritos geográficos: furacões não passam ali, o termômetro praticamente estaciona nos 28 graus o ano todo e chuvas são escassas. Ou seja: a ilha tem praticamente garantia de sol, coisa que pouca praia boa aqui no Brasil oferece. Fora isso, o dinheiro do caixa eletrônico sai direto em dólar (não precisa fazer câmbios malucos), a ilha é minúscula (dá pra conhecer tudo de carro ou moto alugada numa boa estrada), não precisa de visto. Como eu disse, fácil. Continue lendo pra mais dicas de Aruba.

Desde 1499, quando foi descoberta pelos espanhóis, a ilha que encabeça o ABC das Antilhas Holandesas (Aruba, Curaçao e Bonaire) saiu das mãos dos holandeses, bateu na dos britânicos, voltou para os holandeses, e hoje é território autônomo desde 1986, com governo e leis próprios. Holandês é uma das línguas oficiais, mas é mais provável escutar os habitantes falando o papiamento, aquele idioma que tem português, holandês e francês como base.

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Depois de atividades mineradoras, agrícolas (o aloe vera como carro-chefe até hoje) e petrolíferas, o turismo finalmente tomou conta da economia arubiana a partir dos anos 1980. Como acontece em muitas ilhas do Caribe (mais do a gente gostaria), 80% dos visitantes são americanos, o que fez Aruba adotar um american way of life que dá a sensação de que você está numa versão reduzida da Flórida em alguns momentos. Isso significa resortões, tex-mex, Burguer King e congêneres, além de uma mania estranha de ter carrões na garagem pra circular por uma ilha com um quarto do tamanho de Florianópolis. Se eu morasse ali, comprava no máximo uma motoca.

Pra nossa alegria, 20% de Aruba é dominada por um parque nacional e os hotéis (e as pizzas huts da vida) só ocupam um pedacinho da costa. No mais, dá para alugar uma scooter (bem mais vibe que carro, garanto – veja na George’s Motorcycles)  e percorrer praias vazias e lindíssimas sem prédios na paisagem. Intercale com alguns dias relax na espreguiçadeira do hotel, umas comprinhas, umas boas refeições, uma saída de mergulho e taí o que a gente quer de férias no Caribe. Continue lendo pra mais dicas de Aruba.

ONDE SE HOSPEDAR EM ARUBA: VEJA NOSSA SELEÇÃO DE HOTÉIS

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DICAS DE ARUBA

Aruba: com ou sem pacote?

Depende. Como agências e operadoras muitas vezes têm acordos com hotéis, pacotes podem sair mais em conta. O melhor é simular: veja opções com a CVC ou agências como a Viajar Barato. Depois, analise os preços dos hotéis no Booking.com e das passagens no Skyscanner (o melhor jeito de chegar é com a Copa Airlines, via Cidade do Panamá, ou com a Avianca, via Bogotá). E aí compare e veja o que sai mais barato.

DICAS DE ARUBA

Onde se hospedar em Aruba?

O mais perto da praia possível, se não pé na areia. Eu realmente acho que em lugares como Aruba grande parte da experiência está em curtir a estrutura do hotel. É o modus operandi de grande parte do Caribe. Nesse caso, economizar com a hospedagem não vale a pena. A maioria dos hotéis ficam entre Palm Beach e Eagle Beach (se der, prefira a última). VEJA NESSE POST UMA SELEÇÃO DOS MELHORES HOTÉIS EM ARUBA

DICAS DE ARUBA

Qual a melhor época pra ir a Aruba?

A melhor dica que eu posso dar é VÁ ENTRE ABRIL E AGOSTO. Essa época é considerada a baixa temporada, porque é tempo de férias de verão para os americanos (eles vêm mais de dezembro a março, quando está frio por lá). Isso significa que os preços dos hotéis caem pra menos da metade do preço da alta.

DICAS DE ARUBA

Quando dias ficar em Aruba?

Pra curtir direito e valer o deslocamento, pelo menos 5 noites.

Dicas de Aruba: o que fazer em Aruba

PALM BEACH

Converge grande parte da oferta hoteleira: vários resorts de arquitetura de gosto duvidoso dispostos num pequeno Éden de areia branquíssima e água claríssima. A praia é bem extensa (o que impede altas concentrações de guarda-sóis) e permite longas e deliciosas caminhadas. Hotéis provêm espreguiçadeiras e drinks pra descansar entre uma e outra caída no mar, calminho. Não tem animador com microfone como eu vi em Punta Cana (graças a deus); o público é bastante familiar. Os resorts carecem de charme, é verdade, mas oferecem conforto. No finalzinho da praia dá pra alugar stand up paddle (veja com a  empresa Vela – US$25/hora ) e remar curtindo a brisa.

Aruba não tem propriamente uma vida noturna, talvez pelo já citado público familiar, mas a aglomeração de restaurantes ao redor do Palm Beach Plaza Mall tem um certo agito. Ali fica um mix de bons restaurantes com redes (alô Señor Frogs), uns tiozinhos tocando Living on a prayer e afins ao vivo e umas barracas de “artesanatos” com camisetas com frases, digamos, espirituosas, para os americanos colocarem sobre sua pele em estado de pré-insolação e mostraram aos amigos que estiveram no Caribe.

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EAGLE BEACH E MANCHEBO BEACH

Numa linha contínua, são as praias que antecedem Palm Beach, onde estão hotéis mais charmosinhos em prédios mais baixos. As praias são igualmente lindas e calminhas. Bons lugares pra fotografar as árvores retorcidas chamadas de divi-divi, um dos símbolos locais.

MALMOK BEACH, BOCA CATALINA E ARASHI BEACH

São as praias que sucedem Palm Beach, numa linha contínua. Todas são dão um bom dia de sombra e água fresca pra quem não faz questão de estrutura dos hotéis – ali só uns quiosques de sapê fazem sombra. E as pedras formam piscinas naturais em alguns pontos. Continue lendo pra mais dicas de Aruba.

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ORANJESTAD

Dicas de Aruba: podia ter mais casinhas coloniais conservadas no centro histórico de Aruba? Podia. Mas as que existem são uma graça e vale uma voltinha por ali de todo jeito. Veja o Museu Arqueológico de Aruba, que tem uma coleção novinha sobre a história da arqueologia na ilha e uma fachada fotogênica. E caminhe pela Main Street e adjacentes, onde estão Victoria’s Secret, Nike, Mango, entre outras. Não perca a loja local Aloe Aruba, que vende cosméticos cheirosos com embalagens lindas feitos com a aloe vera da ilha. Ali também tem uma Bon Jabon, da mesma rede, uma loja de sabonetes artesanais maravilhosos. Pra quem ama uma feirinha, veja o Flea Market em frente ao Crystal Cassino.

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PARQUE NACIONAL ARIKOK
Eu simplesmente amei esse parque que cobre quase 20% da ilha, talvez pelo contraste tão doido que ele faça com as praias, com sua inesperada e improvável paisagem árida amarronzada, cactos mil e uns rochedos que despencam no mar. O centro de visitantes tem um pequeno museu sobre o lugar e guias que levam pra caminhadas – entrada de US$ 11 (menores de 17 anos não pagam).

Uma ideia mais cara e mais divertida é contratar os passeios de UTV (uma espécie de quadriciclos/bugue bem barulhento) com o qual você pode dirigir pelo parque todo (o tour de três horas custa US$ 195 com Fofoti Tours).Também dá pra alugar quadriciclos regulares ou bicicletas (mas a pedalada é pesada).

Dicas de Aruba: dentro do parque há um restaurante, o Boca Prins, com alguns pratos locais como keshi yena, uma bola de queijo (edam ou gouda) com carne temperada, cebola, tomate e pimentão.

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MANGEL ALTO E BABY BEACH

Em direção ao sul da ilha, pare primeiro em Mangel Alto, ladeada por um mangue. Um deque de madeira com escadinha deixa você descer direto na água. Depois, rume a Baby Beach, outro pedacinho de sonho de Aruba, sem hotéis por perto, só um estacionamento. Com forma de meia-lua, tem uma piscina calminha e peixinhos passando embaixo da gente. Veja abaixo mais dicas de Aruba.

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Dicas de Aruba: onde comer em Aruba

Azia Restaurant & Lounge

No buchicho do Palm Beach Plaza Mall, tem um ambiente meio pretensioso, leia-se ~clima lounge~, música alta, escurinho e um buda dourado grande. A comida é bem feita, com um cardápio de inspiração de vários países asiáticos servidos num esquema de tapas, que custam entre US$ 5 e US$ 14). A salada de pato é excelente (US$ 12, 50), assim como os “dumplings” (dim sum, aqueles “pasteizinhos” cozidos com recheios diferentes). Também tem sushi, cordeiro e uma seleção de vegetarianos.

Pinchos Grill & Bar

Em Oranjestad, é um restaurante em palafitas sobre a água – o legal é chegar pra ver o pôr do sol; à medida que vai escurecendo eles acedem varais de luzinhas. Os drinks (não perca a receita “secreta” de sangria), os garçons simpaticíssimos e o céu mudando de cor fazem uma experiência especial. O ceviche de entrada é bacana, mas melhor ir logo para o “caribbean twin lobster tails”, cauda de lagosta servida com uns molhinhos deliciosos (US$ 44) ou o filé de mahi mahi (US$ 25).

Aqua Grill

Outro restaurante chiquezinho; eu dispensaria o ar condicionado turbinado e sentaria na gostosa área externa. No balcão eles exibem frutos do mar frescos pra você escolher – a entrada da casa é a seleção de ostras. Eu sempre gosto de dar prioridade para produtos locais; uma boa é o badejo com chalotas.

Bugaloe

Em Palm Beach, com vista para a água, é uma lanchonete que serve wraps, saladas e sanduíches. Serve pra um almoço barato para quem não quer comer no hotel.

Moomba Beach

Eu não gosto muito da comida aqui – um bufê mexicano bem meia-boca. Porém, vale a pena aparecer de noite, quando rolam drinks e música ao vivo pé na areia.

Trattoria Il Faro Blanco

O ambiente e a vista são absolutamente estarrecedores: o restaurante fica num farol no alto de uma colina, com vista para Arashi Beach e o marzão ao fundo. Imprescindível sentar na janela ou na varanda e ir durante o dia. O preço é salgado, mas a vista fica na memória. Prepara-se boas massas.

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