Estrela de Myanmar e um dos grandes sítios arqueológicos do mundo, Bagan tem um cenário quase surreal: uma planície arenosa de 70 km² com árvores baixinhas e mais de dois mil templos budistas. Eles foram construídos entre os séculos 10 e 13, inicialmente sob o comando do rei Anawrahta, que formou o primeiro reino birmanês (etnia predominante em Myanmar hoje). E o melhor: com poucos turistas à vista.

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Quanto tempo ficar nos templos de Bagan?

Pelo menos dois dias inteiros.

Quando ir a Bagan?

A época seca e alta temporada do turismo vai de dezembro a março. Em abril e maio não deve chover, mas a temperatura pode passar dos 40 graus.

Como chegar aos templos de Bagan?

De Mandalay você pode ir ônibus (5 horas) ou de barco (8 a 11 horas). De Yangon, pegue um voo ou vá de ônibus noturno (9 horas).

Vale a pena voar de balão em Bagan?

Depende: se gastar US$ 300 não for um problema pra você, vai nessa. Bagan é daqueles lugares mais bonitos quando vistos de cima, e sobrevoar a imensidão de templos sob o sol nascente promete ser uma experiência memorável. Mas o preço é realmente ultrainflacionado se comparado com os valores no Sudeste Asiático e em outros destinos (na Capadócia, na Turquia, por exemplo, você voa de balão por US$ 130). Diz-se que se aparecer na agência da Baloons Over Bagan dá para conseguir descontos para os voos do dia seguinte.

Precisa pagar para visitar os templos de Bagan?

Sim, todos os visitantes internacionais precisam pagar um ticket de 25 000 kip (US$ 18) válidos para cinco dias. Eles vão ser cobrados de você em algum momento, ou no aeroporto no na chegada de ônibus.

Como visitar os templos de Bagan?

A zona arqueológica de Bagan fica espalhada pelas cidadezinhas de Old Bagan, New Bagan e Nyaung U, que ficam bem próximas umas das outras, nas margens do Rio Irrawaddy. Quando você chegar no seu hotel vão te dar um mapa apontando alguns templos e possivelmente oferecer algum tour. Acho legal fazer um tour num dia e no outro deixar pra ver as coisas por conta própria, alugando motinhas elétricas (que só vão até 45 km/h) oferecidas por todo canto. Guias são bacanas para ajudar a entender a história do lugar e para apontar detalhes nos templos (muitos passaram por processos de restauração mal-feitos que destruíram suas características originais).

Visitar os templos de Bagan é uma espécie de caça ao tesouro. Você sai dirigindo por estradinhas de terra até parar no templo que te atrair mais. Você pode até anotar o nome dos mais grandiosos (SHWESANDAW PAGODA, ANANDA PAHTO, SULAMANI TEMPLO e DHAMMAYANGYI TEMPLE), mas o surrealismo do lugar está justamente em encontrar seus próprios templos vazios e entrar pra ver estátuas de Budas de todos os tamanhos e formatos. É imprescindível para isso baixar o aplicativo Maps.me, que funciona offline e tem os templos assinalados com estrelinhas.

Os templos de Bagan tem dois grandes momentos: o nascer e o pôr do sol. O meio do dia, quando o solão é inclemente, o pessoal usa para almoçar (o restaurante vegetariano The Moon, com duas unidades, é meio preferido) e tirar um cochilo. A questão é que em 2017 o governo do país proibiu os turistas de subir nos templos – e, como eu disse antes, Bagan é mais impressionante vista de cima, para ter um pouquinho de noção da amplidão do lugar.

O que acontece agora (ou pelo menos na minha visita, em fevereiro de 2018) é que toda manhã e fim de tarde virou uma corrida para tentar encontrar os templos nos quais você ainda pode subir. No meu caso, as melhores pedidas foram o templo “860” (digite no app Maps.me que ele aparece) para o nascer do sol e, para o pôr do sol, um outro na mesma estrada mais a frente (muitos deles não tem nome). Mas vale você perguntar no seu hotel na chegada para ver como está a situação.

Bate-volta aos templos de Bagan:

Um tour popular (feito de tarde ou de manhã) é para o Mount Popa, um vulcão extinto a 2400 metros de altitude onde fica o monastério Taung Kalat, lugar de peregrinação budista alcançável por uma escadaria de 777 degraus. Depois de admirar a vista, normalmente te levam para tomar um drink no hotel Popa Mountain Resort, que também fica lá em cima.

Onde ficar em Bagan:

Os hotéis de luxo ficam em Old Bagan. Para pagar menos, fique em New Bagan ou Nyaung U (não acho que faça muita diferença, já que há templos por toda parte e não tem muito mais pra se fazer em Bagan além de ver templos). Na categoria de hospedagens sofisticadas estão o BAGAN LODGE(diárias desde US$ 145), na foto abaixo, e o THE HOTEL @ THARABAR GATE (diárias desde US$ 134), com piscina, spa, quartos enormes com roupão no armário e tudo o que tem direito. Para bons “meio-termos”, há o ARTHAWKA HOTEL (diárias desde US$ 46) e o BAGAN STAR HOTEL (diárias desde US$ 48). A galera jovem fica toda em uma das duas unidades do OSTELLO BELLO (diárias desde US$ 10), em New Bagan.

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