ROTEIRO PELA COLÔMBIA

Muita gente vai com pacotes fechados em viagens bem curtas para a Colômbia, o que é válido também, mas, se puder, pense em expandir o roteiro. O turismo internacional cresceu enormemente no país nos últimos anos, o que trouxe ainda mais infraestrutura. Mas isso também significa que que os destinos mais manjados, como Cartagena, não tem mais aquela carinha de achado. Por isso, quem tiver mais tempo para explorar cidades menos visitadas vai ter uma experiência mais autêntica. Veja abaixo como montar um roteiro pela Colômbia.

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Roteiro pela Colômbia: veja que destinos incluir na sUa viagem

Bogotá

A capital colombiana é hoje o núcleo da bonança do país: a vida cultural está aquecida, hotéis não param de inaugurar e a gastronomia decola e ganha destaque mundial. Andina, a 2 600 metros de altitude, Bogotá não é imediatamente atraente e exige certa intrepidez do viajante, mas não demora a cativar com seus museus de primeiro mundo, boemia, artesanato gracinha, ciclovias mil e mais comida, comida e comida.

O que fazer em Bogotá: O centro histórico, chamado La Candelaria, guarda a maior parte dos pontos turísticos de Bogotá: a central Plaza de Bolívar, onde estão a bela Catedral Primada e o Palacio de Justicia, o Museo Del Oro e o Museu Botero, o “pão de açúcar” da cidade, o Cerro Monserrate, e o Casa Museo Quinta de Bolívar, casa do século 17 pertenceu a Simón Bolívar, herói das guerras de independência da América Latina. Bem próximo fica o bairro de La Macarena, cheio de barzinhos, restaurantes e galerias de arte. Vá à região da Zona T/Rosa para curtir os bares das Calle 83 e a Carrera 12 A, de acesso exclusivo à pedestres, e para comprar nos shoppings e lojas de rua. Aos domingos, a pedida é a feira de Usaquén, com artesanatos e comidinhas.

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Bate-volta: Um dos mais clássicos é a Catedral de Sal, em Zipaquirá, a 48 km de distância ou a uma hora de ônibus, que sai do Terminal de Transporte de Bogotá. O lugar é originalmente uma mina de sal escavada no interior de uma montanha – prova de que ali já foi um oceano, há milhões de anos. Ao mesmo tempo que cavavam túneis para extrair o sal, os mineradores talhavam salões que depois foram transformados em capelas e recantos de oração. Do mesmo Terminal de Transporte saem ônibus para Villa de Leyva, a três horas da capital (ali o melhor é passar a noite e voltar no outro dia). É uma vilinha adorável fundada em 1572 aos pés dos Andes, com casinhas de arquitetura colonial espanhola lindamente conservadas com janelas invariavelmente floridas. A boa é simplesmente se sentar em um dos restaurantes da Casa Quintero e ver a vida passar na ampla e bucólica Plaza Mayor, ou subir em um cavalo e circular rente às montanhas que formam a Cordilheira dos Andes.

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Museo botero, bogotá

Medellín

Talvez o símbolo mais emblemático da vitória colombiana contra a violência, a segunda maior cidade do país, com 3,5 milhões de habitantes, viu uma verdadeira transformação em seu espaço público, com generosos investimentos em infraestrutura, educação, transporte e, principalmente, arquitetura. Parques, bibliotecas, hotéis, museus e um sistema de metrô (o único do país) foram construídos. E hoje a gente fica na dúvida se gosta mais de Medellín ou de Bogotá.

O que fazer em Medellín: Na área central fica a Plaza Botero, com esculturas do artista, junto ao Museo de Antioquia, que tem obras de outros colombianos. Conheça também o Museo Casa de La Memoria,  cujas exposições falam da história e das vítimas das guerrilhas do país. Na Zona Norte, o Jardín Botánico Joaquín Antonio Uribe tem borboletário, bosque tropical e jardim de palmeiras. Fica na frente o museu de ciências Parque Explora, com um aquário, legal para crianças. Acabou virando atração turística também o Metro Cable, que conecta o sistema de metrô a favela do Morro de Santo Domingo. Lá tem boa vista para a cidade e dá pra conhecer o Parque Biblioteca España, que vale pela arquitetura arrojada: blocos assimétricos de rocha gigante. O epicentro da vida noturna é o Parque Lleras, tomado de bares, restaurantes e baladas. Pra tours temáticos (tipo os que visitam pontos que marcaram a vida de Pablo Escobar), veja com a Medellín City Tours.

plaza botero, medellín

Bate-voltaGuatapé é uma vila bonitinha e colorida a duas horas de ônibus (você pode ir por conta ou com tours que saem cedinho e voltam depois das 20h). De lá você visita El Peñol, uma rocha que você “escala” subindo seus 700 degraus. Lá de cima, a vista é sensacional, de cara para os lagos azulados e o terreno recortado da região. Continue lendo sobre como montar um roteiro pela Colômbia.

guatape

Zona Cafetera

A Colômbia é uma produtora exímia de café. O centro da produção é o chamado Triângulo do Café, formado pelas cidades de Armenia, Pereira e Manizales.  Armenia, a uma hora de voo de Bogotá ou 7 horas de ônibus de Medellín, é base para conhecer a região. 

O que fazer na Zona Cafetera: O melhor ali é alugar um carro, ou vai ter que pagar bem caro nos táxis para chegar às fazendas que oferecem o tour pela colheita e produção do café, seguido de degustação, como a ótima La Morelia e a Terraza San Alberto (esta última num terraço cravado no alto da montanha). Os hotéis-fazenda  da região são bastante modestos; top mesmo é o Hacienda Bambusa (diárias desde US$ 174).

Bate-volta: Dá para passar uns dias em Salento, a 24 km de Armenia e 37 de Pereira, uma vila fofinha cheia de mochileiros. Do lado você conhece a palma de cera, árvore nacional da Colômbia, uma palmeira fininha e comprida, no Valle Del Cocora, um bosque gostoso com cachoeiras onde dá para fazer trilhas a pé ou a cavalo. No caminho fica o Mirador la Colina Iluminada del Quindío, no município de Filandia, para ver do alto os cafezais sem fim. Continue lendo sobre como um montar um roteiro pela Colômbia.

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zona cafetera, colômbia

Cartagena

A cidade colonial, possivelmente a mais bela da América Latina, é o cartão-postal perfeitinho da Colômbia. Suas muralhas do século 16 bem conservadas guardam um conjunto arquitetônico colorido com pracinhas jardinadas, igrejas, monumentos históricos e casas antigas com pátios recônditos que hoje viraram hotéis-butique, cafés charmosos, lojinhas e uma porção admirável de restaurantes. Continue lendo sobre como um montar um roteiro pela Colômbia.

O que fazer em Cartagena: O Centro Histórico é a atração principal, com seu casario e construções como o Palácio de La Inquisición, a Catedral, a Puerta del Reloj e a Plaza de los Coches. Fora dali vale a pena ver o Castillo de San Felipe de Barajas, um grande forte antigo, e dar uma volta por Getsemaní, o bairro onde os escravos viviam antigamente, principalmente pra comer. Bocagrande é a parte nova da cidade, com uma praia pouco vistosa e uns prediões.

Bate-volta: As Islas del Rosário (45 minutos de barco) são destino de tours de um dia que param pra um rolê de snorkel e visitar o oceanário de San Martin de Pajares, centro de pesquisas marinhas. Outra ideia é tomar um tour de barco a Playa Blanca (certifique-se que o barco vai direto pra lá, sem outra parada), uma bela faixa de areia com mar turquesa. Só evite fins de semana e feriados, quando fica pior que o Rio no Carnaval. Os barcos partem do Muele, perto da Torre del Reloj.

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Santa Marta

Como outras cidades colombianas, a litorânea Santa Marta, que se estende entre o mar e os picos da Sierra Nevada, já foi assolada pela violência e o narcotráfico. Na última década, porém, a cidade ganhou segurança e parques bem cuidados, centro histórico reformado e uma vibrante cena gastronômica. Mas seu maior mérito é ser porta de entrada para belos parques nacionais. A saber: entre Cartagena e Santa Marta vale dar uma parada em Barranquila, cidade da Shakira e do carnaval colombiano.

O que fazer em Santa Marta: O negócio é zanzar pelo Centro Histórico (pelo Parque de Los Novios e a Catedral de Santa Marta) e conhecer o Quinta de San Pedro Alejandrino, lugar onde Simón Bolívar passou seus últimos dias de vida e que hoje abriga um bonito jardim, um casarão com móveis da época e o Museu Bolivariano de Arte Contemporânea. Depois, siga à pequena vila de Taganga, a 6 km de Santa Marta, base para saídas para cursos de mergulho e passeios de barco até o majestoso Parque Nacional Natural Tayrona, onde o Mar do Caribe encontra praias vazias e uma vegetação virgem cortada por trilhas e sítios arqueológicos (se der, passe a noite lá). Afeitos a trekkings longos podem visitar o Parque Nacional Natural Sierra Nevada de Santa Marta e partir pela trilha até a Cidade Perdida, ou Parque Arqueológico Teyuna, um sítio arqueológico indígena com antigos terraços usados para plantio, muros e escadarias de pedra. Veja a excursão nas agências da cidade.

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parque tayrona, colômbia

San Andrés

A 700 quilômetros da costa, mais próxima da Nicarágua, a ilha em formato de cavalo-marinho é a principal do arquipélago, rodeado por cayos e ilhotas com mar multicolorido e as praias mais bonitas da Colômbia. San Andrés concentra em suas minicidades resorts e hotéis sem frescuras, lojas duty free, o aeroporto e histórias de piratas – dizem que Henry Morgan escondia um tesouro por ali. Mas, sem dúvida, o lugar a se estar é dentro d’água, nadando com arraias e peixes de todos os tamanhos que vivem na terceira maior barreira de corais do mundo, situada ali. Alugue um carrinho de golfe ou scooter para circular. Continue lendo sobre como um montar um roteiro pela Colômbia.

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O que fazer em San Andrés:  Além de passar o tempo na praia e fazendo snorkel em locais como La Piscinita, West View e El Cove, agências vendem tours de barco às ilhas Acuário e Johnny Cay, de mar inacreditavelmente azul-turquesa, e à ilha deserta Cayo Bolívar. Pode-se também ver o gêiser El Hoyo Soplador ou mergulhar com arraias em Haynes Cay.

Providencia

Nem todo mundo que vai a San Andrés estende o roteiro até Providencia, mas é definitivamente uma boa ideia: muita lindeza caribenha e pouco agito nessa ilha próxima. Para chegar é preciso pegar um voo de 20 minutos num avião pequeno da companhia Satena ou 3 horas de catamarã que exigem doses de Dramin para aguentar a chacoalhação. Para quem curte mergulho com cilindro, excursões aqui são mais baratas que em San Andrés. Continue lendo sobre como um montar um roteiro pela Colômbia.

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O que fazer em Providencia: A Baía Água Dulce concentra o turismo e a hotelaria –  de lá, partem a maioria dos tours e passeios de barco. No mais, visite as praias de sonho, tipo Sur Oeste, Manzanillo e Almond Bay, e o parque McBean, que protege manguezais, uma lagoa e parte da barreira de corais no Cayo (mini ilha) Cangrejo, onde é possível mergulhar.

Bate e volta: a única vizinha de Providencia é Santa Catalina, ilhota com 1 km² de extensão – as duas são ligadas pela colorida Ponte dos Namorados. Veja o antigo forte Warwick, da onde o pirata Henry Morgan combatia os espanhóis, e praias como a Mona Beach.

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Roteiro pela Colômbia: outros destinos

POPAYÁN: Quem vai com mais tempo pode dar um rolê pelo sudoeste do país. Das cidades mais antigas do país, guarda um charme colonial que não tomou o banho de loja de Cartagena, com uma coleção de construções históricas. Nos arredores, há possibilidades de passeios como as águas termais de Cococuno e as trilhas do Parque Nacional Puracé.

DESERTO DE TATACOA: Esse belo território árido tem uma coleção de paisagens avermelhadas com rochas de formatos exêntricos, cactos e vegetação rasteira. Com um ou dois dias de passeio dá para para conhecer o básico: pule os tours e vá por conta própria de ônibus a partir da cidade de Neiva.

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