Em julho deste ano, a Azul iniciou sua rota Campinas-Paris em codeshare com a cia aérea francesa Aigle Azur. O trecho, que pode ser encontrado por menos de R$ 3 mil se procurado com antecedência, é operado pela parceira, que atua como uma cia aérea low cost com uma frota pequena de apenas 12 aeronaves ligando à França à Europa e alguns destinos da África e Ásia, e, agora, da América do Sul.

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Em setembro, as frequências dos voos passaram de três a quatro vezes por semana: às terças, quintas, sextas e domingos. Esta é a segunda rota da Azul com destino à Europa (a companhia voa à Lisboa desde 2016, com aeronaves próprias).

paris

Review do voo da Azul para Paris

EM PARCERIA COM A AIGLE AZUR

O voo da Azul para Paris parte do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, rumo ao Aeroporto de Orly, no sul de Paris. Apesar de ser o mais próximo do centro da cidade, o que traz maior rapidez na locomoção, não garante uma chegada mais ágil, já que as cabines de imigração são poucas e é difícil ver todas funcionando. Na minha viagem, fiquei mais de uma hora na fila pra carimbar o passaporte. Esperar pelas malas também foi demorado, mais meia hora depois de ficar mais de uma hora na imigração – e, pelo que eu li em outros relatos, é algo comum.

A aeronave que faz a operação é um Airbus A330-200, com capacidade para 46 passageiros na executiva e 268 na econômica (é o mesmo modelo de avião dos outros voos internacionais da Azul para os EUA e Lisboa), com a configuração 2-4-2. As poltronas são de tecido, contam com espaço ok para as pernas e tem TV individual que é tipo um tablet, mexendo pra baixo e pra cima – algo tão simples e que ajuda tanto na hora em que a poltrona da frente reclina.

A oferta de entretenimento, contudo, começa a revelar que os serviços são mesmo de uma low cost: são apenas 33 filmes e 11 arquivos de áudio no total e o trajeto de voo não estava disponível na minha viagem. Também não há revista de bordo (apenas meia dúzia de páginas falando sobre a cia aérea e a frota no início da revistinha de ofertas de compras do free shop).

A comida foi boa, mas nada de excepcional. E vale ressaltar que qualquer alimento servido fora dos horários de refeições de janta ou café da manhã, é pago à parte – até mesmo a água, que sai por € 2,50. Mais um remember de que a Aigle Azur é uma cia aérea low cost. Mesmo assim, o serviço em geral foi bom, dentro do normal, com comissários de bordo atenciosos e que falam português. Me incomodou, contudo, o número de banheiros disponíveis: apenas seis para a classe econômica inteira num voo internacional de 12 horas. Mas isso é padrão da aeronave, então não tem muito como reclamar.

Review do voo da Azul para Paris em parceria com a Aigle Azur

Meu veredito é que voar com a Azul para Paris em parceria com a Aigle Azur vale a pena se o preço das passagens estiver em conta

– foi esse, aliás, o motivo pelo qual voei com a companhia, achei ida e volta de Campinas a Paris por R$ 3.200 enquanto nas outras cias aéreas só havia o trecho a partir de R$ 3.800. Já se o valor for muito similar às outras empresas que operam o trecho como a LATAM e a Air France, eu optaria por elas. Aliás, minha volta ao Brasil foi com a LATAM (precisei remarcar a volta e acabei comprando o trecho separado) e também fiquei prestando atenção aos detalhes do voo pra poder comparar os dois. E meu voto com certeza vai para a LATAM, pelo serviço que foi impecável, pela qualidade da aeronave, bem novinha e estável mesmo durante trechos de turbulência, e pela comida que parecia de classe executiva (pedi um ravióli com molho de cinco queijos que veio num pratinho redondo, consideravelmente grande, bem servido e apresentado).

Review do voo da Azul para Paris em parceria com a Aigle Azur: e você? Já voou com a companhia no trecho Campinas-Paris? Deixe seu relato aqui nos comentários

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Anna Laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

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