Faixas de areia intocadas, boas ondas, golfinhos, agito praiano, casinhas coloridas de madeira sobre pilotis e pratos beeem servidos de lagostas. Bem-vindo a Bocas del Toro, destino caribenho a apenas 1h de voo da Cidade do Panamá.

Bocas é desses lugares do Caribe que  ainda consegue manter o charme e a tranquilidade de um pequeno vilarejo mesmo recebendo uma boa dose de turistas. Isso porque seu público não tem muita frescura; quer um Caribe autêntico e passa longe do perfil que curte resorts all-inclusive americanizados de Cancún. Essa vibe roots já fica clara ao desembarcar no pequeno aeroporto da Isla Colón, a maior e principal do arquipélago, onde você vê surfistas, mochileiros e famílias viajadas.

ONDE FICAR EM BOCAS DEL TORO? VEJA NESTE POST!

Você vai a Bocas visando viver sua natureza selvagem, com manguezais,  estrelas-do-mar em praias azuis com coqueiros e bichos-preguiça encarapitados nas árvores. E aí acaba também atraído pela cativante atmosfera tropical, presente em seus restaurantes pintados de cores alegres com deques à beira-mar, o vestuário de lei que envolve só chinelos, um shorts jeans e uma camiseta e a vida de boa da população local, que passa de devagaaaar (e meio que se infiltra na gente e define o ritmo da viagem).

LEIA TAMBÉM: O que fazer na Cidade do Panamá (com dicas de compras!)

Voo com conexão no Panamá? Aproveite pra conhecer o paraíso de San Blas

Bocas del Toro é, enfim, um lugar bem especial.

bocas-del-toro-panama

BOCAS DEL TORO: AS EXPERIÊNCIAS QUE VOCÊ NÃO PODE PERDER

Playa Estrella

Uma pequena baía de águas calminhas, tranquilas pra fazer snorkel sem cansar caçando estrelas-do-mar: há de montes. A melhor opção é passar o dia ali sem ficar preso em tours: pegue um táxi desde o centrinho de Bocas del Toro até a Playa Boca del Drago, que leva uns 35 minutos, e então um barquinho de 5 minutos até a Playa de las Estrellas. Você escolhe uma espreguiçadeira numa das barracas do meio da praia, mais vazias e que servem lagostas caprichadas acompanhadas por patacones, as bananas fritas típicas panamenhas, e curte um dia sem sinal telefônico num delicioso paraisinho de filme.

DICA: não tire as estrelas-do-mar de dentro da água, nem mesmo pra clicar uma foto, e nem vire-as de cabeça pra baixo. Seja um turista consciente com a vida marinha ?

Cayo Coral

A água clarinha e parada do manguezal e os peixinhos mil são a atração dessa região onde em bangalôs abertos com teto de palha funcionam restaurantes de frutos do mar que lotam ao meio-dia. Ninguém os conhece pelos nomes e todos são parecidinhos – seu barqueiro vai acabar te levando no que dá a melhor comissão do almoço, mas sem crise, todos seguem o mesmo estilo de comida, tem redes pra descansar e área pra nadar em volta. Depois de comer, você dá um giro de barco pelo Parque Nacional Marinho e pode fazer snorkel e aquasub, pranchinha que te puxa enquanto você observa o fundo do mar. No fim do tour, veja golfinhos nadando perto do barco na Laguna Bocatorito. DICA: Tente chegar ou muito cedo ou muito tarde, pra curtir os espaços longe da muvuca dos tours de almoço.

bocas-cayo-coral

Surf

Mesmo que você não surfe, não pode deixar de ver o mar quebrando nos points famosos do arquipélago, a maioria com fundo de coral. Mais acessíveis pra quem fica na Isla Colón são as ondas de Bluff e Paunch, onde também é bonito assistir ao pôr do sol. Carenero é a onda mais longa, manobrável e, consequentemente, mais crowd. Red Frog Beach é uma boa pra acompanhar o surf sem abrir mão de estrutura de cadeiras de praia. A onda mais forte e rara é Silverbacks, na Isla Bastimentos.

DICA: A época boa pro surf vai de dezembro a março.

LEIA MAIS: Nitro City, o centro de esportes radicais do Panamá

Cayo Zapatilla

Esse par de ilhas idílicas é o carro-chefe de Bocas. Os tours de barco de dia todo normalmente incluem uma parada de 1h em cada uma delas entre giros pelo manguezal, almoço no Cayo Coral e mergulhos de snorkel. Melhor que isso é também ter um barquinho privado pra passar a manhã ou a tarde no pedaço sem correria e sem grupos enormes no mesmo passeio. Ambos os cayos tem areia branquinha fina, coqueiros tortos por todo o litoral e são banhados por águas caribenhas muito transparentes. Vale sair caminhando por toda a extensão das ilhas pra descobrir cenários perfeitos, dignos de muuuitas fotos.

DICA: O mar fica bem mexido no caminho até lá. Se for de enjoar, melhor tomar um Dramin antes.

Selina

Quem viaja sozinho em esquema mochileiro só tem motivos pra ficar aqui. Movimentado, descoladinho, bem cuidado e com música quase toda noite, é o point de Bocas Town com sua fachada verde-água. Mesmo se ficar em outro lugar, vale uma passada no Selina pra admirar o fim de tarde jogado nas redes do deck e tomar um drink no bar cheio de gente jovem e bonita.

DICA: Tem noites desde US$ 19 no quarto coletivo pra 10 pessoas e US$ 129 no privado. (RESERVE AQUI!)

LEIA MAIS SOBRE HOSPEDAGENS ECONÔMICAS EM BOCAS DEL TORO AQUI!

Experiência bangalô

Quem não sonha em dormir num bangalô sobre palafitas banhado por águas azuis transparentes? É saber que dá pra vivenciar uma estadia assim sem ter que viajar para as Maldivas ou outro destino tropical distante e zerar as economias pra querer ir pra Bocas amanhã. A hospedagem tem seu lado mais bacana justamente pela autenticidade dos bangalôs, de madeira e com uma pegada mais roots. Mas também tem a ver com sair um pouquinho da zona de conforto e abdicar de ar condicionado e poder dar de cara com lagartinhos no quarto, afinal, estamos falando de praias selvagens.

AZUL PARADISE

Dá pra dizer que é o hospedagem mais legal de Bocas, com seus 10 bangalôs ecológicos com redes suspensas sobre o mar na Isla Bastimentos, a 40 minutos de barco da Isla Colón. A vibe do local combina com a experiência: há pranchas de surf disponíveis para os hóspedes, deck de yoga e restaurante na praia onde só se entra descalço. É o único com ar condicionado. (diárias desde US$ 299, RESERVE AQUI!)

azul-paradise

PUNTA CARACOL ACQUA LODGE

Toda a estrutura do hotel fica na água, sobre palafitas. Seus nove bangalôs têm varandinha com rede e espreguiçadeira, além de escada que leva ao mar. As cores verde e amarelo clarinho presentes por todo o lado meio que dão um charme local ao estabelecimento, que fica na Isla Colón, próximo à Playa Estrella. (diárias desde US$ 350 em meia-pensão, RESERVE AQUI!)

ECLYPSE DE MAR ACQUA LODGE

Os seis bangalôs rústicos pintados de laranja são simples, mas entregam bem a vivência de dormir sobre o Mar do Caribe. Todos vêm com uma minivaranda também com rede e espreguiçadeira e têm um vidro no chão do quarto pra enxergar os peixinhos passando. Fica na Isla Bastimentos, em frente à Isla Carenero. (diárias desde US$ 120, RESERVE AQUI!)

eclypsedemar

Tour de bike

Bocas del Toro é um destino que esbanja estilo simple living e tem tudo a ver com pedalar. O roteiro clássico é ir de Bocas Town até a Playa Bluff pra curtir o fim do dia na extensa faixa de areia. No caminho, faça uma parada na praia Big Creek, com espreguiçadeiras gostosas pra descansar. O percurso tem trechos por um calçadão pavimentado, perto de Paki Point, onde vale dar mais um pause, e por uma estradinha de areia e terra. Apesar da Playa Buff não ser das mais bonitas de Bocas, vale o passeio principalmente pelo trajeto em si, cênico, tranquilo e gostoso.

DICA: Você acha bikes pra alugar no centrinho por todo lado por menos de US$ 10 o dia.

Isla Pájaros

A formação rochosa coberta pela vegetação verdinha literalmente no meio do mar torna o lugar extremamente cênico. É, sem dúvidas, o passeio mais bonito de Bocas del Toro, mas também o mais difícil de chegar devido ao mar revolto. Se der sorte, você consegue visitar a ilha num dia calmo e ensolarado e ainda fazer snorkel contemplando sua incrível fauna marinha e ouvindo cantos de pássaros: o local é um rico santuário de aves.

DICA: É comum unir a visita com a Playa Estrella pela proximidade. Se optar por fazer os dois passeios juntos, dispense o barqueiro ao chegar na Playa Estrella e volte de táxi pra não ter pressa por lá.

isla-pajaros

+ QUANDO IR A BOCAS DEL TORO: A temporada seca vai de dezembro a abril. Mas por ser uma região muito úmida, é possível pegar chuva sim no alto verão. Tente evitar outubro e novembro, que são os meses mais chuvosos. Mas, mesmo assim, não tem risco de furacões.

Anna Laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

Deixe seu comentário

voltar ao topo