Veja aqui onde comprar cerâmica em Cunha (SP)

Não à toa, Cunha é conhecida por ser a cidade da cerâmica.

Os ateliês fazem parte da história do município e o tornaram um importante centro de cerâmica do Brasil e da América do Sul. Com técnicas variadas, tradição artesanal e muita criatividade, esses espaços reúnem artistas que moldam a história local em cada peça produzida. Veja abaixo onde comprar cerâmica em Cunha.

ÍNDICE:

Como chegar em Cunha?
Por que Cunha é conhecida como a capital da cerâmica?
O que é o forno noborigama?
Onde comprar cerâmica em Cunha?
Melhores ateliês de cerâmica em Cunha

Como chegar em Cunha?

SÃO PAULO: Cunha fica a 250 km de São Paulo, em uma viagem que dura cerca de 3h15 com acesso via Rodovia Presidente Dutra (até Guaratinguetá) e Rodovia Paulo Virgínio (SP-171). É ao entrar na saída 65 da Dutra que você começa a desapegar da paisagem mais urbana e ir se acostumando e se infiltrando por meio da estrada acompanhada do verde, onde predominam lojinhas de artesanatos e móveis rústicos. A via em questão faz parte do Caminho Velho da Estrada Real, usado para escoar o ouro do interior de Minas Gerais até Paraty no século 17.

RIO DE JANEIRO: Para quem vem do centro do Rio de Janeiro, são 295 km de distância com acesso pela Rodovia Governador Mario Covas e BR-101 sem pedágio. Já para quem está saindo de Paraty, são apenas 46 km via trecho Paraty-Cunha.

Por que Cunha é conhecida como a capital da cerâmica?

Cunha ficou conhecida pela cerâmica por reunir muitos ateliês e artistas que se instalaram ali desde os anos 1970. Influenciados pela tradição japonesa e pela produção feita à mão, eles ajudaram a transformar a cidade num centro criativo e cultural. Hoje, são vários estúdios espalhados pela região, muitos usando o forno noborigama (de altas temperaturas), que dá às peças um acabamento original e com muita qualidade artística – sempre com muita ligação com a natureza ao redor.

O que é o forno noborigama?

O forno noborigama é o mais tradicional entre os ceramistas de Cunha. Feito em declive e alimentado a lenha, pode passar dos 1 300 °C e produz peças marcadas pelo fogo e pela fuligem. Dá para ver esse tipo de forno em alguns ateliês, como no Augusto Campos e Leí Galvão, junto com bancadas cheias de argila, ferramentas e obras em andamento. A queima dura mais de 30 horas e a abertura do forno, que acontece poucas vezes por ano, virou até evento na cidade.

Onde comprar cerâmica em Cunha?

Cunha reúne ateliês com estilos variados, como o Ateliê do Augusto e do Leí, que tem o maior forno noborigama da região, e a Casa do Artesão, associação tradicional que reúne ceramistas locais. A Cerâmica Cassinha se destaca pelas peças artesanais utilitárias, enquanto o Suenaga e Jardineiro é conhecido pelas obras autorais de seus artistas. Além da cerâmica, a Lápis Lazuli produz joias em prata com ateliês em Cunha e Paraty. Veja mais abaixo.

Melhores ateliês de cerâmica em Cunha

Cerâmica Cassinha

A Cerâmica Cassinha é uma charmosa loja-ateliê em Cunha, comandada por uma família de três, mãe, pai e filha, que produzem artesanalmente peças utilitárias e decorativas, como pratos, xícaras, bowls, boleiras e travessas. Em um espaço de quatro andares no centro da cidade, o local também oferece oficinas de cerâmica, onde os visitantes podem criar suas próprias peças, que ficam prontas em cerca de 20 dias (ou até 60 dias, dependendo do tamanho da peça). Além de vender direto na loja, a Cassinha aceita encomendas personalizadas para presentes, casamentos, empresas e mais, com entregas para todo o Brasil. Obs: aberta de segunda a sábado das 9h às 18h e aos domingos até as 16h.

Endereço: Avenida Alameda Francisco da Cunha Meneses; Rua Falcão, 815, Cunha.

Casa do Artesão

Considerado o principal ponto de cerâmica de Cunha, a associação que funciona há 37 anos fica situada na sede da Secretaria de Turismo e funciona como um espaço artístico desde 1988, quando foi aberto o primeiro ateliê de cerâmica da cidade. Para expor, precisa ser um morador da cidade e você encontra o trabalho de diversos artistas – tigelas, canecas e pratos às pinturas, bordados e até doces. E para quem gosta de novidade, todo mês a Casa do Artesão recebe no piso superior uma exposição temporária com obras de um artista internacional, trazendo sempre novos olhares e inspirações ao espaço.

Endereço: Rua José Arantes Filho, 27.

Lápis Lazuli

Fundado em 2011, o ateliê Lápis Lazuli é um espaço dedicado à criação de jóias autorais em prata 950, com sede em Cunha e em Paraty. À frente de tudo está Ilza, artista e idealizadora que desenha peça por peça com cuidado e personalidade, escolhendo a dedo o formato, as cores e as pedras. O destaque fica para o uso da pedra lápis-lazúli, que deu o nome ao ateliê, de azul intenso, cuja coloração vem da presença natural da Lazulita. O local trabalha com joias exclusivas como braceletes, colares, anéis, brincos e tornozeleiras, e oferece encomendas sob medida, valorizando o design e a beleza natural das pedras brasileiras. Os valores saem a partir de R$ 150 e variam conforme o tipo de peça, tamanho e acabamento, com envio para todo o Brasil.

Endereço: Rua Dom Lino, 27.

Suenaga e Jardineiro

Com peças de Kimiko Suenaga e Gilberto Jardineiro, o grande galpão é um clássico entre os ateliês locais. Finalizadas no forno noborigama com câmaras interconectadas, as peças estão por toda parte: na decoração, na exposição e até no chão. Elas têm como característica padrão o uso de argilas locais envelhecidas e esmaltação a base de minerais decantados ou cinza de casca de arroz, cinza de eucalipto e vitrificada.

Endereço: Rua Doutor Paulo Jarbas da Silva, 150.

Casa do Oleiro

Com 43 anos de tradição, o ateliê de Maurício Flausino chama atenção pela pintura delicada e feita à mão, com traços que lembram os tradicionais azulejos portugueses. Os pratos decorativos, próprios para pendurar na parede, são um dos destaques – delicados e cheios de detalhes. Inspirado na cerâmica de Talavera, na Espanha, onde aprendeu a técnica ainda jovem, Flausino trouxe esse estilo para o Brasil e hoje produz peças artesanais com acabamento impecável, que também podem ser usadas no dia a dia: vão ao forno, micro-ondas e lava-louça.

Endereço: Rua Alcides Barbeta, nº 250.

Augusto Campos e Leí Galvão

O Ateliê do Augusto e do Leí permite a imersão real na produção das cerâmicas, mas a grande atração mesmo é o forno noborigama que, com suas cinco câmaras, é o maior de Cunha. Na parte debaixo estão os produtos a venda, e ao subir as escadas, é possível assistir aos artesãos colocando a mão na massa, moldando as argilas e dando o acabamento final em peças como tigelas, sopeiras, travessas, xícaras, vasos e peças artísticas.

Endereço: Av. Antônio Luiz Monteiro, 816.

+ Pousada Cheiro da Terra

O ateliê de cerâmica da pousada é mais do que um espaço de produção: foi o ponto de virada que deu identidade própria ao lugar. Criado em 2004 como uma forma de arte-terapia, tanto para o fundador Marivaldo quanto para os visitantes, ele logo virou o destaque da Pousada Cheiro da Terra – e não por acaso. Bem estruturado, com forno de queima a 1 300 °C, peças em diferentes fases de produção e uma linda seleção à venda, o ateliê também abre espaço para quem quer colocar a mão na massa. As aulas são envolventes e leves: além de conhecer todo o processo da cerâmica, você pode criar a sua própria peça, sendo um momento criativo e meditativo, um dos grandes destaques da estadia.

Endereço: Alameda Francisco da Cunha Menezes, 1245.

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