Comuna do Ibitipoca (MG): surpreendente hospedagem sustentável de pós-luxo

ÍNDICE

1. Sobre a Comuna do Ibitipoca
2. Onde fica a Comuna do Ibitipoca
3. Acomodações na Comuna do Ibitipoca
4. Gastronomia na Comuna do Ibitipoca
5. Lazer e infraestrutura na Comuna do Ibitipoca
6. Projetos ambientais na Comuna do Ibitipoca
7. Prós e Contras
8. Serviço

Sobre a Comuna do Ibitipoca

O Ibiti se autodeclara um projeto socioambiental experimental focado no homem e sua casa, o planeta, onde há harmonia entre o ser humano e a natureza. O projeto iniciou-se lá em 1984, quando o proprietário Renato Machado comprou a Fazenda do Engenho e transformou a área, colada ao Parque Nacional de Ibitipoca, em uma reserva ambiental privada, tornando-se hoje um cinturão verde de proteção ambiental com mais de 6 mil hectares em processo de rewilding – recuperação da flora e fauna nativas. Foram anos depois que os portões da fazenda foram oficialmente abertos para turistas em busca de uma ac8omodação completa, do luxo à simplicidade, do conforto à integração, do novo ao rural, com serviços autênticos, gastronomia local e uma privacidade ímpar, eu uma proposta única de sustentabilidade, responsabilidade social e vida no campo.

A Comuna do Ibitipoca exala cultura, arte e o calor da tradição mineira na equipe composta por moradores locais, nas comidas orgânicas cultivadas ali mesmo na horta, na simpatia do atendimento, nas obras que tornam o local quase como um museu à céu aberto e na arquitetura antiga das instalações.

Acomodações na Comuna do Ibitipoca

Começou com apenas um conceito de hospedagem, o Ibiti Engenho Lodge, a opção mais luxuosa, mas hoje conta com opções no Engenho, Village e Remote, onde prevalece o charme, respeito à natureza e o conforto acima de tudo. 

Engenho

O Engenho é a sede, inaugurada em 2008 e referência em estadia de luxo rural. Lá a nostalgia das antigas fazendas impera, tanto o Ibiti Engenho Lodge, quanto na Casa Carlinhos. Nesta primeira, são oito suítes, de a partir de 40 m², lindamente decoradas com artesanatos que valorizam a cultura local, cortinas do chão ao teto, mobiliário rústico, cores vivas despojadas e roupa de cama feita com algodão egípico. A suíte Gran Reserva tem um ambiente exclusivo de 50 m², linda vista e banheira em pedra dentro do quarto. O espaço comum conta com pátio interno, sala de jantar, sala de tv, sala com piano e uma lareira.  A Casa Carlinhos é parecida, só um pouco menor, com três suítes, sendo a maior delas com 70m² e vista para o Pico do Gavião e as outras duas com 60m². Reserva momentos de total privacidade e foi cuidadosamente equipada para receber grupos de amigos ou família. A banheira externa com vista é um dos pontos altos da casa. Ela está a apenas 100 metros da sede e hóspedes de lá também têm acesso aos prazeres do Engenho, como sauna, jacuzzi, sala fitness e ao divino Raízes Spa. 

Village

O conceito Village destaca-se pela imersão única e super diferenciada no Vilarejo do Mogol, uma pequena vila nas montanhas, num modelo de comunidade sustentável, onde hoje vivem 120 moradores que passeiam pela praça e onde crianças e cachorros brincam pelas ruas. Está a 18 km do Engenho e tem como conceito uma vida saudável e respeitosa, onde casinhas com gostinho de interior dão o ar da graça sem abandonar o conforto do Ibiti. São quatro propriedades por lá, todas inspiradas em grandes personalidades, arquitetura bem simples, mas que proporcionam uma experiência de hospitalidade para lá de única. O Humboldt Loft (da foto) tem fundação de pau a pique e quarto integrado com sala e cozinha. A Wangari Maathai, em homenagem a líder queniana, tem cinco suítes, a Guimarães Rosa tem dois andares, com opção de acesso compartilhado ou independente, fachada mais moderna, paredes caiadas em branco e interior acolhedor, com janelas amplas janelas com vista para o vale e de onde se escuta o som da cachoeira e até banheira de frente pra paisagem. Já a Vila Freud, ladeada por casas de moradores, tem um grande banheiro com banheira de alvenaria, sala e um quarto. Todos os ambientes são totalmente inspirados no filósofo, com referências freudianas. O vilarejo também conta com um restaurante vegetariano, o Yucca, uma igrejinha, um centro de visitantes e um spa.

Remote

Gastronomia na Comuna do Ibitipoca

As refeições são experiências à parte. Por todo conceito, e com a premissa de ser um lugar em harmonia com a natureza, o consumo de proteína animal é mínimo, e os ingredientes locais e orgânicos são prioridade. O café da manhã é farto, com delícias da região como queijos, pães, o tradicional pão de canela, geleias e muito mais. Pela grandiosidade do terreno, cada acomodação tem sua forma de aproveitar a gastronomia do Ibiti. No Engenho, durante o almoço é servido comida caseira mineira preparada no fogão de lenha. Durante a noite, o clima é mais sofisticado, com uma seleção de pratos a la carte assinados pelo chef francês Claude Troigros. Na Vila Mogol, há o restaurante Yucca, com pratos vegetarianos do chef Mateus Abdo, com uma culinária saudável, saborosa e feita com alimentos orgânicos. Quem se hospeda no Remote tem a praticidade de ter seus ingredientes entregues semi-prontos, cortadinhos e temperados, para finalizar no conforto da sua acomodação, sem atrapalhar o sossego. O hotel também se coloca à disposição para organizar almoços e jantares em diferentes localizações da Reserva, proporcionando um momento especial, com vistas únicas. 

Lazer e infraestrutura na Comuna do Ibitipoca

A estadia na Comuna do Ibitipoca é toda customizável com serviços, experiências, passeios e aulas quando, como, com quem e onde quiser. O que não falta é coisa para fazer, de avistamentos a massagens de relaxamento, trilhas, cachoeiras e muito mais. 

Trilhas

A Reserva conta com quase 200 km de trilhas privadas em meio à Mata Atlântica para serem exploradas a pé, a cavalo ou até de bicicleta. A mais imperdível é a Trilha da Pedra do Tatu, que leva até as gigantescas e estonteantes esculturas de sucata industrial, da artista plástica Karen Cusolito, em posturas que representam reverência, oração, alegria, humildade, iluminação, arrebatamento e paz. Quem vê essas estátuas de 12 metros de altura e mais de seis toneladas nem imagina a novela que foi para elas chegarem até lá, mas a história compensa. Essas obras foram criadas pela artista para o Festival Burning Man, nos Estados Unidos, e o proprietário da Comuna queria apenas comprar a Ecstasy, a mulher curvada para trás, mas Karen recusou-se a vender, argumentando que todas eram uma família, ou seja, todas ou nenhuma. Depois da negociação, a artista ainda foi para Ibitipoca ver onde as esculturas seriam “plantadas”, escolhendo o platô na Pedra do Tatu como lar definitivo de suas peças. Mas não parou por aí: a força tarefa maior foi levá-las dos Estados Unidos até Minas Gerais, uma saga que até gerou um mini doc.

Em resumo: a logística envolveu o transporte das estátuas em carretas até o Porto de Long Beach e, de lá, até o Porto de Santos. Já em Minas, foi necessário fechar uma rodovia para que elas pudessem chegar até a Comuna com segurança.

Spa

O Spa principal do Ibiti está a poucos passos do Engenho Lodge, montado dentro de um pavilhão centenário da fazenda. Lá, além das opções de massagem e tratamentos corporais e faciais, são oferecidas aulas diárias de yoga e meditação, fora a vista do lago e das montanhas.

Birdwatching

Em meio à paisagem idílica do interior, com campos rupestres e traços de Mata Atlântica, Ibitipoca é rica em fauna e flora. Só no Ibiti Projeto já foram catalogadas cerca de 300 espécies de aves. É possível agendar passeios de birdwatching, com saídas ao amanhecer e acompanhado de um guia especialista. 

Projetos ambientais na Comuna do Ibitipoca

Desde o início, a existência do Ibiti sempre foi pautada em iniciativas ambientais importantes. Cercada pelo Parque Estadual do Ibitipoca, a Comuna do Ibitipoca tem 6 mil hectares, sendo que mais de 90% dessa área está em processo de rewild: recuperação da flora e da fauna nativas da Mata Atlântica. O Programa de Refaunação também tem grande impacto: tem como objetivo reintroduzir espécies originárias da região que estão em extinção ou que abandonaram a área. Já no Mogol, é mantida a Ibitipoca University, na qual são realizados cursos e treinamentos de capacitação para um futuro mais sustentável e consciente. Ela recebe ainda alunos da rede pública de Lima Duarte para imersão e aprendizado sobre o meio ambiente, assim como a integração com os moradores vizinhos. Além disso:

• Muriquis House: em parceria com o Muriqui Instituto de Biodiversidade (MIB), a meta é o aumento da população de muriquis-do-norte,
• Projeto Asas: participam do ASAS (Área de Soltura de Animais Silvestres). Recebem e manejam aves e mamíferos resgatados, geralmente vítimas de tráfico e assim que se recuperam, são soltos.
• Projeto Onça-Parda: projeto de pesquisa e conservação da onça-parda, aliado ao ecoturismo
• Projeto despedício quase-zero: priorizam produtos sem embalagem e/ou com embalagem reutilizável e biodegradável. Todo material é encaminhado ao Centro de Reciclagem e os resíduos orgânicos são compostados, transformados em húmus e usados como adubo.
• Eco print: tem como intenção a neutralização e regeneração da pegada de carbono. O projeto Mata dos Comuneiros ocupa um hectare e neutraliza a pegada ambiental de funcionários e colaboradores. Se o hóspede desejar usar carro, é cobrada uma taxa destinada integralmente ao Zero Print.

Serviço

Comuna do Ibitipoca
Fazenda do Engenho, S/N
Lima Duarte – MG
www.ibiti.com

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