Maior centro de arte contemporânea a céu aberto do planeta, Inhotim, em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte, é um destino por si só. Veja aqui tudo o que você precisa saber pra conhecer o instituto.

Se tem uma palavra que define a visita ao Instituto Inhotim é surpresa. Pelo tamanho descomunal do lugar e pela beleza e a conservação irretocáveis da flora e das obras. Surpresa por causa do nosso eterno complexo de vira-lata, que teima em acreditar que há uma instituição cultural tão fantástica em solo nacional. E surpresa por não ter visto nada parecido antes. E é porque não tem mesmo. Inhotim é um lugar absolutamente único no mundo.

ÍNDICE:

  1. Viagem para Inhotim: por que ir?
  2. Viagem para Inhotim: quando ir?
  3. Viagem para Inhotim: quantos dias ficar?
  4. Viagem para Inhotim: o que ver?
  5. Viagem para Inhotim: onde se hospedar?
  6. Viagem para Inhotim: onde comer?

Viagem para Inhotim: por que ir?

O jardim botânico com mais quase 5 mil espécies de plantas conversa perfeitamente com as obras – são 23 galerias e mais 22 instalações pelos 140 hectares do parque, representando alguns dos mais importantes artistas dos séculos 20 e 21, nacionais e estrangeiros. O lugar, moldado a partir da coleção do empresário mineiro Bernardo de Mello Paz a partir de meados da década de 1980, abriga ainda loja de plantas, restaurantes e várias áreas de convivência e descanso com lagos, gramados, bancos e até piscinas. E Inhotim é pra todo mundo. Não precisa ser um frequentador de bienais e nem ter conhecimento prévio sobre arte, vide o sucesso que o lugar faz com famílias com crianças. As galerias estão espalhadas entre mil e um jardins e coleções de plantas exóticas, trilhas dentro da mata, campos abertos e colinas, fazendo ser quase uma aventura chegar a algumas. E grande parte das obras são interativas e envolvem tocar, ouvir, pisar, correr e até escalar.

Viagem para Inhotim: quando ir?

A melhor época é entre maio e setembro, os meses mais secos, quando faz friozinho de manhã e vai esquentando ao longo do dia. É mais úmido entre novembro e fevereiro, com chuvas de verão no fim de tarde. Às quartas-feiras (quando o ingresso é gratuito), o parque fica cheio de ônibus de excursões, assim como nos fins de semana e feriados. O local abre de terça a sexta, das 9h30 às 16h30 – nos finais de semana e feriados, abre até às 17h30. A meia-entrada custa R$ 25 e a inteira R$ 50.

Viagem para Inhotim: quantos dias ficar?

tempo ideal pra ver tudo é dois dias e meio. Se você for sozinho, pode ser mais rápido, mas acompanhado (o que acarreta parar pra conversar sobre as obras, deitar nos gramados pra curtir a paisagem) essa é a duração ideal. Pra você ir num fim de semana, precisa ter uma folga na sexta ou na segunda, se não fica muito corrido. É possível ir de carro de São Paulo (7h de viagem) e do Rio (6h30), mas tendo o tempo necessário pra que não fique muito cansativo. Como Inhotim está a 100 km de Ouro Preto (veja aqui o que fazer em Ouro Preto), pode ser uma boa fazer um roteiro pelas cidades históricas mineiras e terminar a viagem no museu. Também dá pra aproveitar pra conhecer Belo Horizonte.

Viagem para Inhotim: o que ver?

O parque é divido em 3 circuitos, que você vai seguindo com o guia que eles dão na entrada (VEJA O MAPA AQUI). Dá pra fazer metade do amarelo e o laranja em um dia e a outra metade do amarelo e o rosa no outro.

Eixo Amarelo

Compõe o primeiro contato com o parque para a maioria dos visitantes. Destaque para a galeria Cildo Meirelles, com uma impactante casa com todos os cômodos e objetos revestidos de vermelho, o iglu sensorial de vidro de Olafur Eliasson e as interessantes patas-de-elefante.

Eixo Rosa

Emocione-se com as imagens dos índios Yanomami da fotógrafa Claudia Andujar, apure os ouvidos no pavilhão de Doug Aitken, onde os sons vêm de um furo de 200 metros de profundidade no solo, e descubra a galeria de Matthew Barney no meio da mata, com um trator gigante esmagando uma árvore alva.

Eixo Laranja

Aqui estão a maior parte dos jardins temáticos – o desértico tem uma imensa variedade de cactos excêntricos. Não perca a galeria Psicoativa Tunga, uma das mais instigantes do parque, e o pavilhão dedicado à célebre Adriana Varejão. Ninguém resiste a uma foto na escultura Elevazione, de Giuseppe Penone, uma imensa “árvore” suspensa, com raízes à mostra.

Viagem para Inhotim: onde se hospedar?

Dormir em Belo Horizonte vale a pena se você só vai fazer um dia de visita ao Inhotim. Se não, a distância fica cansativa e o trânsito pode atrapalhar os trajetos de ida e volta. A zona hoteleira mais conveniente na capital mineira é a de Lourdes – você pode se hospedar no Ramada by Wyndham (diárias desde R$ 255), com academia completa, uma piscina bacana com cadeiras, área aberta para descansar bem moderninha, café da manhã servido diariamente, restaurante com culinária internacional e ótimos drinks.

Em Casa Branca, a 29 km de Inhotim, a Pousada Verde Folhas (diárias desde R$ 400, RESERVE AQUI) é uma opção bacana e ecológica, ao pés da Serra do Rola Moça. Com acomodações confortáveis com mesa para home-office, jardim, terraço e restaurante, conte com uma hospedagem autêntica em meio à natureza. Lá, você pode fazer trilhas e atividades de aventura, aproveitar a biblioteca e conhecer cachoeiras. O hotel mais próximo do complexo é o Ville de Montagne (diárias desde R$ 286, RESERVE AQUI!), com perfil executivo e instalações básicas. Possui piscina ao ar livre, área kids, bar e banheira nos quartos.

Mais bonitinhas e com instalações novas são as pousadas Alta Vista (diárias desde R$ 320, RESERVE AQUI!), em Conceição de Itaguá, a 10 minutos de carro de Inhotim, com seis suítes modernas e aconchegantes – a categoria Master oferece banheira de hidromassagem. A Verde Villas (diárias dede R$ 240, RESERVE AQUI!), a 5 km do museu, possui jardim e terraço, quartos equipados com área de estar e geladeira – algumas unidades também incluem uma varandinha.

Veja aqui opções de passeios em Belo Horizonte:

Viagem para Inhotim: onde comer?

Dentro de Inhotim há lanchonetes e cafés para comer salgados e outros lanchinhos perto de várias galerias, mas vale a pena levar algo na bolsa para o caso da fome bater e não tiver nada por perto (lembre-se que o lugar é enorme e você vai cansar de caminhar). Nas férias de julho em 2016 também teve uma área de food trucks, pode ser que isso se repita este ano. O restaurante mais sofisticado é o Tamboril, cujo bufê de comida internacional sai R$ 70 por pessoa (incluindo sobremesa). O Oiticica, com vista para o lago, tem bufê simples, mas gostoso, a R$ 28,90 o quilo.

oiticica-restaurante-inhotim

Brumadinho não tem uma vida gastronômica, é preciso comer no restaurante da sua pousada. Tem alguns restaurantes em Casa Branca, como o bistrô árabe Casa de Abrahão, com pães feitos no casa. Na Serra do Rola-Moça, pode-se jantar com uma vista vertiginosa no Topo do Mundo, que fica bem pertinho da pousada Estalagem do Mirante.

Veja aqui 3 livros sobre Belo Horizonte e Botânica:

Belo Horizonte em Figurinhas – R$ 67

 Neste livro publicado em 2019, escrito por Luciana Salge, conheça mais sobre Belo Horizonte em suas 32 páginas e tenha a oportunidade de viajar e se encantar pelos diversos espaços urbanos retratados através das fotografias.

Plantas Usuais dos Brasileiros – R$ 45

Auguste de Saint-Hilaire foi o primeiro cientista a descrever as paisagens e os costumes dos brasileiros, com tantas minúcias e intensidade. O livro é uma porta de entrada para explorar o Brasil e sua história através dos olhos de um observador científico notável.

BH de arraial a capital – R$ 18

O livro narra a evolução da cidade de Belo Horizonte, desde seu início até se tornar uma importante metrópole. Além disso, explora aspectos como o planejamento urbano, a arquitetura, o desenvolvimento econômico e a identidade cultural da cidade.

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