A frase “a vida é dura mas a praia é mole” não poderia ter melhor aplicação se não associada à deliciosa praia ao leste de Florianópolis.

Areia fofinha, água clara (mas gelada) e uma vibe boa entre o pessoal jovem marcam essa faixa de areia queridinha de cerca de 960 metros de extensão em Floripa.

Veja abaixo tudo que tem pra fazer na Praia Mole e arredores, dos surfistas quebrando nas ondas aos parapentes descendo o morro e os descolados quiosques de praia.

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Como chegar na Praia Mole

A Praia Mole fica a cerca de 15 km do centro de Florianópolis e a 2 km da Lagoa da Conceição. Se está instalado em outra região, senão ao leste da ilha, o caminho não é complicado, basta pegar a Rodovia Admar Gonzaga e subir sentido ao Morro da Lagoa. De lá, siga em frente na Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, vire à esquerda e, poucos quilômetros depois, quando ver a estátua de um surfista, você terá chegado ao destino. Por lá, existem três estacionamentos disponíveis, todos na mesma faixa de preço, que varia de R$ 10 na baixa temporada, a R$ 20 na alta. Para fazer esse trajeto, além do carro, você pode optar por algumas opções como: táxi, uber ou até ônibus

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TÁXI

Na alta temporada há certa oferta de táxis estacionados no fim da praia, na beira da rodovia, mas o principal ponto da companhia fica próximo à Lagoa, por isso, talvez seja o caso de chamar um Uber, pela comodidade de pedir pelo aplicativo. 

ÔNIBUS

 Ônibus urbano convencional, de número 360, sai da Barra da Lagoa, passando pela Praia Mole, estrada da Joaquina, até o terminal da Lagoa. O ponto fica do lado direito, sentido Lagoa da Conceição, na rodovia SC 406 e sai de meia em meia hora. 

UBER

Apesar de muito usado na ilha, os Ubers são disputados e demorados. O preço, quando não está na tarifa dinâmica, é justo: até o centro de Floripa custa cerca de R$ 27 (mas podendo chegar até R$ 60 nos horários de pico) e até a Lagoa da Conceição, R$ 7. Mas tenha em mente que ele pode demorar até meia hora para chegar até você, então peça sem pressa. 

A PÉ

Claro, também existe a opção a pé, mas não é a mais recomendada, apesar de não estar longe da Barra da Lagoa, nem da Lagoa da Conceição, o trajeto para chegar até estes dois destinos é via acostamento da rodovia. 

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Quando ir à Praia Mole

A dinâmica é praticamente a mesma para todos os destinos de praia: a melhor estação para conhecer é no verão, de dezembro a março, mas é também nesta mesma época que a ilha mais recebe turistas devido às férias escolares e, consequentemente, mais agito. Em regra, são nesses meses que as temperaturas estão mais elevadas e as águas geladas das praias de Floripa não vão assustar tanto. Contudo, é também neste período que há uma maior tendência de chuva, mas que logo pra tarde já dá espaço ao sol escaldante. No inverno, é fresco para caminhar e curtir a praia e o surf é perfeito o ano todo.

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Obs: é bom ter em mente que os dias que precedem o Natal e que se estendem até o final de janeiro são conhecidos pelos constantes engarrafamentos no horário de saída de praia, por volta das 17h/18h. Para se ter uma ideia, um trajeto de 10 minutos às vezes chega a durar mais de uma hora. Por isso, bons meses para conhecer a Ilha da Magia são entre março e abril e novembro e início de dezembro, quando o público já é menor, a água ainda é agradável e o sol ainda se faz presente para aproveitar as praias.

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O que fazer na Praia Mole

São apenas alguns metros de extensão, mas uma infinidade de atividades para aproveitar seus dias na Praia Mole. Ela é muito procurada por jovens, que garantem a agitação do local durante quase o ano inteiro, e agrada principalmente pelos diversos bares atrativos por toda a orla, música ao vivo, grandes ondas, areia macia e uma praia reservada e bem particular logo ao lado, ou seja, tem um pouco de tudo para agradar a todos. 

Obs: a Mole oferece serviços como locação de cadeiras (R$ 10) e guarda-sóis (R$ 20) se a ideia é só ficar estendido na areia.

Fazer uma caminhada

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Andar na areia e sentir a água do mar refrescar o pé vai ser incrível, mas é uma tarefa para os adeptos à boa forma. O nome de batismo da praia não foi à toa: a areia é fina, mole e, quando pisada, afunda o pé até cerca de 10 centímetros (!!), então uma caminhada de poucos minutos pela areia já é o suficiente para matar o que seriam quilômetros na esteira. Durante o caminho, explore bares, observe as ondas e ache um spot silencioso para apenas sentar e sentir a brisa. 

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Surfar

A Praia Mole é reduto charmoso (e perigoso) dos surfistas na costa leste de Floripa. Por lá, ondas altas e fortes o ano todo, mas especialmente condecorada no inverno, quando o mar fica mais vazio e as ondas ainda melhores para a prática. Inclusive, toda essa boa fama dos dias de pico faz com que muitos profissionais da região vão até ela para treinar para grandes competições. As melhores ondas estão ao norte ou mesmo no meio, onde as valas abrem para os dois lados, direitas e esquerdas.

Atenção: a Praia Mole não é recomendada para iniciantes pois é de tombo e tem quebras muito fortes, sendo um risco para o eventual aluno. É por isso também que por lá não tem instrutores certificados e qualificados para a tarefa. Se quiser se aventurar na prática, prefira a Barra da Lagoa, que fica a poucos quilômetros dali e é conhecida justamente por ser uma boa escola de surf, com ondas pequenas e lugar raso para treino.

Praticar parapente

Se a vista da Praia Mole e arredores já é linda da areia, imagine sobrevoá-la de parapente no estilo voo duplo? Essa categoria não exige nada de você a não ser uma breve corrida e, depois, do pulo, sentir a brisa do vento lá de cima. Daí é observar as paisagens incríveis do leste da ilha que alcança a Praia Mole, Galheta e Gravatá. Os voos a partir da Praia Mole custam R$ 250 por pessoa com a Parapente Sul e têm duração de 30 minutos, podendo sair do canto direito ou esquerdo de decolagem. No primeiro, o voo pode alcançar até 300 metros de altura e o pouso acontece na praia. Enquanto o da esquerda o pouso também acontece na praia mas para ter acesso ao morro é preciso seguir uma trilha a pé de 900 metros.

COMO CHEGAR: Para chegar à pista de decolagem do canto direito, você deve acessar a trilha da Praia do Gravatá e seguir mais ou menos 600 metros até o topo do morro. O acesso que leva até a rampa de decolagem do canto esquerdo está localizado no morro depois da Praia Mole, ao lado de uma pousada.

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Fazer trilha até a Praia da Galheta

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A trilha até a Praia da Galheta é um must se estiver na Praia Mole. Para acessá-la, basta ir em direção às pedras, do lado esquerdo da praia, e seguir o caminho intuitivo entre a natureza até a outra extensão de areia. A praia em questão trata-se de um refúgio de nudismo opcional e fica dentro do parque municipal da Galheta, o que a torna extremamente preservada e exclusiva. O visual da trilha é incrível e o percurso demora cerca de 15 minutos (sem paradas para as fotos, o que eu acho difícil). 

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Por lá ficam poucas pessoas, a areia é diferente da Mole, bem batida, e a água é ligeiramente mais quente que a vizinha. Por ser mais vazia que o normal, por conta da optativa do nudismo e também por ser apenas acessada por trilha, a estrutura se limita a um corpo de bombeiros, ducha com água doce e, durante a alta temporada, um ou dois quiosques. Mas a regra é: se quer passar o dia por lá: leve seus petiscos e água.

Atenção: não é recomendado que uma mulher sozinha acesse a trilha – sempre bom ter, no mínimo, mais um acompanhante, sendo ele mulher ou homem.

Assistir ao pôr do sol no mirante

Localizado na Avenida Jornalista Manoel de Menezes, 1747, o Mirante do Mole tem vista panorâmica da Lagoa da Conceição, das dunas da Joaquina, da praia do Moçambique e parte da Barra da Lagoa. Para acessá-lo desde a praia, vá até o farol, na beira da rodovia, vire à direita, ande por 300 metros e então vire a direita. O local é bom pra uma passada rápida para comprar lembrancinhas e tomar um café ou também para curtir lentamente o fim de tarde, quando o sol se põe por trás das dunas. 

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Aproveitar as festas e bares

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Um dos principais motivos da Praia Mole atrair tanto jovens não é só pela alta oferta de hostels por perto, mas também pelos festivais de música, como o Surf Festival ou as comemorações de Carnaval que ocorrem no Bar do Deca (que fica no canto esquerdo da praia) e que anualmente reúne diversos DJs e turistas. Além disso, a praia pulsante ainda agrada pela oferta de quiosques praianos com grandes espreguiçadeiras e preços mais generosos. Por isso, vale a pena antes de programar alguma viagem verificar a agenda cultural local, para aproveitar e curtir boa música durante sua estadia.

Onde comer na Praia Mole

Restaurantes bem estruturados não são o forte da Praia Mole, ao invés disso, existem alguns quiosques bem aconchegantes com preços mais atrativos que as praias do norte, por exemplo, e com uma vibe jovem, mas não chegando ao luxo de Jurerê. 

Selina Beach Bar

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O bar o Selina é o mais badalado da Praia Mole. Ele está acima do mar, logo à esquerda da entrada principal da faixa de areia. A estrutura é toda moderna, em madeira, mesas no estilo piquenique, pufes, cadeiras almofadadas e serviço de praia se quiser ficar com o pé na areia. Na área interna tem mais mesas e, logo atrás, um gramado externo, onde acontecem eventos, transmissões de competições de surfe e muitas festas. No cardápio, uma variedade de pratos que vão das famosas saladas, como a de manga com molho de iogurte com hortelã (R$ 22), até pizzas individuais de marguerita, quatro queijos e calabresa (R$ 35). Se quiser ficar só no petisco, uma porção de batata frita custa R$ 20 e a tradicional caipirinha com frutas da época, R$ 20 também. Em tempo: não abre de terça-feira.

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Bar do Deca

Um dos principais points pra galera LGBT de Floripa, o Bar do Deca fica à esquerda da praia, perto das pedras e mais afastado da multidão do centrão. Lá existem mesas de plástico e guarda-sol na areia, mas também há a parte interna, com sofás e outras mesinhas para curtir os petiscos e drinks na sombra. É lá também que ocorre a principal e mais badalada festa de carnaval do lado leste da ilha, assim como diversos festivais noturnos e até baladas. São 15 opções de caipirinhas que variam de R$ 19 a R$ 41 e entre os petiscos: batata frita (R$ 19,90), camarão à milanesa (R$ 68), pastéis (R$ 9) e há também refeições para dois, como o camarão a moda do Deca que custa R$ 147.

Barraco da Mole

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O Barraco do Mole está à direita da entrada principal. Guarda-sóis da cerveja Corona, pranchas de surf e acolchoados azuis e brancos pé na areia enfeitam a fachada. Na área interna, mais mesas e sofás almofadados e uma vibe mais luxuosa que os demais (mantendo uma decór praiana), mas isso também reflete nos preços! Uma porção de batata frita custa R$ 27 e o drink do verão, com vodka, espumante e morangos, R$ 55.

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Tropical da Mole

Ao lado, outra opção igualmente gostosa para sentar e curtir a brisa do mar é o Tropical da Mole. Exalando ares de casa de praia, o estabelecimento é todo em branco e azul Tiffany, seja na sua estrutura geral, quanto nas mesas, cadeiras e nos grandes pergolados. Como os demais, há uma área externa com algumas mesinhas e ilhas almofadadas e também uma área interna com mesas, cadeiras e sofás para aproveitar uma refeição. Para comer, uma porção de batata frita fica no meio termo, R$ 25, um prato individual de camarão à milanesa, R$ 45, mas a estrela é a sequência de camarão para duas pessoas, que vem duas casquinhas de siri, camarão alho e óleo, camarão ao bafo, camarão a milanesa e acompanhamentos (R$ 145).

Onde se hospedar na Praia Mole

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Selina Floripa

A melhor opção custo-benefício é o Selina Floripadiárias a partir de R$ 69 em quartos compartilhados e R$ 160 em quarto individual para casal (RESERVE AQUI). Da rede Selina, presente em diversos países, assim como no Rio de Janeiro e São Paulo, o hotel tem como premissa entregar uma acomodação com preço justo e estrutura moderna e atualizada para se instalar, viajar ou até trabalhar de onde você quiser. Seu principal diferencial é ter quartos para todos os bolsos e gostos, seja de grandes suítes para casais e famílias até quartos compartilhados para os jovens aventureiros – mistos ou femininos.

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Em Floripa, a propriedade fica a 300 metros da Praia Mole e conta com uma piscina aquecida e outra climatizada, cozinha compartilhada, sala de cinema, bar aberto todos os dias, deck para aulas de yoga, coworking e até surf club para quem quer iniciar na prática. No café da manhã, que pode ou não estar incluso no valor da diária, opções básicas como frutas, pães, ovos, sucos e café. O Wi-Fi é de alta qualidade e funciona de todos os cantos do hotel e opções de espaços instagramáveis com espreguiçadeiras, almofadas e mesas é o que não faltam para todos os hóspedes poderem curtir a vibe Selina. 

Diárias a partir de R$ 69 em quartos compartilhados e R$ 160 em quarto individual para casal (RESERVE AQUI).

Se você estiver viajando solo, em casal ou com a família, mas ainda assim quer fazer novas amizades para explorar a ilha da magia, eles ainda contam com um grupo no Whatsapp com todos os hóspedes para ter uma troca bacana de experiências e dicas.

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Praias próximas à Praia Mole

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Praia da Galheta

Acessada somente pela trilha localizada à esquerda da Praia Mole, o principal diferencial da Galheta está no fato dela ser considerada de nudismo opcional, ou seja, é comum encontrar pessoas andando e nadando sem nenhuma roupa de banho no corpo. Só a trilha, que passa por entre caminhos de areia e pedra em meio à natureza nativa da região, já vale o deslocamento, mas descansar na sua faixa de areia é mais gostoso ainda. Areia branca, cercada por pedras e montanhas, águas verdejantes e mais calmas, marcante silêncio e privacidade e, assim como a vizinha, com quase 1 km de extensão para caminhar tranquilamente.  

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Praia da Joaquina

Apenas três quilômetros separam a Praia Mole da Praia da Joaquina. Ainda mais estruturada, essa faixa de areia é bem maior, com cerca de três quilômetros de extensão, e costuma atrair mais as famílias por contar com uma farta estrutura de quiosques, restaurantes e atrativos no geral, como vôlei de praia. A faixa de areia é mais larga e comprida e o surf também é famoso por ali. Mas não só: o principal atrativo da Joaca, como chamam os moradores, são as dunas de areia que são perfeitas para quem gosta de atividades ao ar livre e querem se aventurar na pranchinha ou só mesmo pra ver o espetáculo do sol se pondo atrás das dunas.

Praia da Barra da Lagoa

A Praia da Barra da Lagoa abriga o maior núcleo de pesca de Santa Catarina. Tem piscinas naturais azuladas entre rochas do costão, trilhas, boa infra e tem também a preferência dos jovens que querem se arriscar em suas primeiras aulas de surf. Esta é a praia mais estruturada do litoral leste do estado, com várias opções de restaurante e hospedagens simples. A praia é extensa e bem democrática: no início, águas claras e calmas, ideal para as famílias, mas ao se afastar um pouco, leves ondas perfeitas para as aulas de surf.

Praia de Gravatá

Gravatá é um refúgio paradisíaco que vai marcar sua viagem. A faixa de areia de apenas 60 metros está no meio de duas montanhas e cercada por pedras, que a tornam totalmente preservada e pouquíssimo movimentada. Seu acesso se dá por uma trilha de dificuldade média e a entrada está no meio da rodovia SC-406. O percurso tem duração de cerca de 45 minutos entre trancos e barrancos e, no fim dela, a recompensa: uma praia com água bizarramente azul e calma, gramado para estender a canga, cada um aproveitando seu espaço e alguns aventureiros que se arriscam no slackline acima do mar. 

Pietra Palma

É a viajante profissional e principal repórter do Carpe Mundi. Coleciona momentos e pedaços de seus caminhos pelo mundo através da escrita e em seus quase três anos de blog já escreveu mais de duas centenas de posts com dicas de viagens. Férias, feriados e finais de semana são sempre oportunidades para conhecer um novo lugar e exercitar a corrida, seu esporte preferido, além de acreditar que uma boa viagem tem o poder de reanimar a alma.

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