O QUE FAZER EM OURO PRETO, MINAS GERAIS

ISÉ só pisar na Praça Tiradentes, o epicentro de Ouro Preto, pra começar a atinar a interessante história da antiga Vila Rica do Pilar. Ali, estudantes e turistas transitam entre o monumento ao mártir que dá nome à praça e o imponente Museu da Inconfidência, que explica o desenvolvimento da cidade. De suas laterais escorrem ladeiras de paralelepípedo que abrigam um dos mais proeminentes conjuntos arquitetônicos coloniais do país, com casas e igrejas barrocas e rococós moldadas por mestres como Aleijadinho e Athaíde. Pousadinhas históricas, ateliês, feiras de artesanato e uma vibrante cena de festivais completam a visita. Veja o que fazer em Ouro Preto.

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O que fazer em Ouro Preto:

Em dois dias você consegue ver as principais atrações do centro histórico, possível de ser percorrido a pé. Só fique atento aos horários de abertura das atrações – algumas fecham cedo. Com mais tempo na cidade, pegue o carro e vá ver os arredores: Mariana, Congonhas, Amarantina. Veja mais no nosso roteiro pelas Cidades Históricas mineiras.

Museu da Inconfidência

Instalado no prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia, o lugar explora a história da cidade e da inconfidência mineira, falando da mineração, da independência do país e do subsequente império. A parte mais importante do acervo está no primeiro andar, com o panteão dos restos mortais de 16 inconfidentes. Praça Tiradentes, 139

O QUE FAZER EM OURO PRETO:

Igreja São Francisco de Assis

A construção de 1766 surge imponente no Largo de Coimbra, com o fantástico medalhão da fachada esculpido por Aleijadinho. O forro da nave é uma das maiores obras do Mestre Athaíde, que levou mais de dez anos para pintá-lo. Fora fica a Feira do Largo de Coimbra, com barraquinhas com produtos de diferentes tamanhos feitos artesanalmente em pedra-sabão, de porta-joias a xícaras, vasos, jarras e até jogos de tabuleiro. Largo de Coimbra

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Igreja Nossa Senhora do Carmo

Enche os olhos o dourado da portada, do lavabo da sacristia, dos púlpitos e dos altares laterais, obra de Mestre Athaíde. A igreja em estilo rococó é um dos últimos projetos do arquiteto Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, e costumava ser frequentada pela aristocracia de Vila Rica. Na antiga casa do noviciado da igreja, onde o Aleijadinho viveu seus últimos anos, está o fofo Museu do Oratório. Ele dispõe mais de 160 oratórios dos séculos 17 ao 10: mínimos e enormes, simples e elaborados, portáteis ou domésticos, com imagens pintadas, esculpidas ou xilogravadas. Rua Brigadeiro Musqueira, s/n

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar

Difícil não ficar extasiado com o interior desta igreja: mais de 400 kg de ouro forram as talhas da nave a da capela-mor, e a riqueza de detalhes é absolutamente estarrecedora. O Museu de Arte Sacra, no subsolo da sacristia, exibe imagens de Nossa Senhora do Pilar, Santa Bárbara e Nossa Senhora da Conceição. Praça Monsenhor João Castilho Barbosa

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Teatro Municipal

Descendo a rua da Igreja Nossa Senhora do Pilar, você chega a esse pequeno e discreto teatro e casa de ópera cheio de história. De 1770, é considerado pelo Guiness Book o mais antigo das Américas ainda em funcionamento. A programação inclui peças, shows e concertos. Rua Brigadeiro Musqueria, 4

O QUE FAZER EM OURO PRETO:

Igreja Nossa Senhora dos Rosários do Pretos

Frequentada pelos escravos – Nossa Senhora do Rosário é considerada sua protetora -, a igreja tem formas curvas no exterior, o que foge da estrutura retilínea padrão das outras construções mineiras do século 18. O lado de dentro é relativamente modesto, com altares dedicados aos santos negros. Largo do Rosário

Museu Casa dos Contos

A visita à antiga casa de pesagem e fundição do ouro extraído na região começa com um vídeo sobre o lugar, que também já serviu de prisão aos inconfidentes. Estão em exposição livros e documentos da época, mobiliário dos séculos 18 e 19 e, na senzala, um dos poucos espaços da cidade com painéis explicativos dedicados aos escravos. Rua São José, 12

Museu de Ciência e Técnica

O acervo da Escola de Minas/UFOP, uma das mais antigas de engenharia do Brasil, foi arranjado no antigo Palácio dos Governadores de 1741. São mais expressivas as áreas dedicadas à mineralogia, com mais de 10 mil amostras de rochas, e à mineração, que reproduz o ambiente de uma antiga mina de ouro. Explora-se ainda história natural, química e astronomia. Praça Tiradentes, 20

Trem da Vale

O passeio tem início na estação, onde uma maquete e painéis contam sobre a ferrovia. Depois, cumpre-se o trajeto de 18 km até Mariana com montanhas e cachoeiras passando na janela. Pode-se optar pelo vagão convencional ou o panorâmico, climatizado e com janelas maiores. Praça Cesário Alvim, s/n

Mina du Veloso

No bairro de São Cristóvão, a mina fica na antiga propriedade do Coronel José Veloso do Carmo, que chegou a ter mais de 200 escravos na região. Ela tem 500 metros de extensão (300 metros deles abertos ao público), com salões com poços d’água e diversas galerias. Rua Platina, 34

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Onde comer em Ouro Preto:

Ouro Preto não chega nem aos pés da cena gastronômica de Tiradentes. Mas aqui vão algumas boas pedidas:

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Café Cultural (foto)

Tem entre as suas paredes de pedra mesas de madeira, cercadas por cadeiras coloridas, sofás e poltronas aconchegantes. Os quadros pendurados e os lustres coloridos dão o charme final à casa, que nos sábados conta com apresentações ao vivo de jazz e MPB. Bom pra tomar um café da tarde e comer um bolinho.

Escadabaixo Bar Cozinha

Embaixo do Café Geraes Restaurante (que também vale a pena), é um bar animadinho que toca rock e também serve jantar. Vá de isca de filé com mandioca na manteiga de garrafa e chope da Cervejaria Ouropretana.

Restaurante Contos de Réis

Parte da Pousada Vila Mineira, fica na antiga senzala de um casarão do século 18. Tem um bom e farto bufê mineiro para comer à vontade: galinha ao molho pardo, pastel de angu, torresmo, tutu; está tudo ali.

Bené da Flauta (foto)

Um dos melhores da cidade, fica num casarão bem do lado da Igreja São Francisco de Assis – diz-se que que Benê era um trabalhador da estrada de ferro que animava os festivais de inverno tocando flauta. O ambiente é arrumadinho, com toalhas brancas sobre a mesa, mais convidativo para o jantar. Tem algumas outras pedidas no cardápio mas, para não errar, melhor ir na carne seca refogada no pirão de mandioca, acompanhada de purê de abóbora.

Tropea Cantina e Armazém

O nome é uma homenagem à região de Tropea, na Itália. O salão, charmosinho, tem paredes com tijolos à mostra e é enfeitado com pinturas de cenas do país. No menu, há massas artesanais de produção própria, risotos, carnes, peixes e pizzas. Uma boa carta de vinhos acompanha.

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