Muita gente sonha em passar uma temporada em Bali, mas a experiência é bem diferente de uma viagem de férias.
Quem vai para morar um mês costuma buscar rotina e lifestyle: seja para se matricular em um estúdio de yoga, explorar cafés para trabalhar, participar de atividades locais ou simplesmente ter uma base fixa – não dá para ficar pulando de hotel em hotel. É aí que entram os nômades digitais, que procuram exatamente essa rotina: veja abaixo um guia completo sobre como é morar em Bali por um mês.
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ÍNDICE:
- Vale a pena passar um mês em Bali?
- Qual é a melhor região para morar em Bali?
- Qual é a melhor época para ir para Bali?
- Como se locomover em Bali?
- Quanto custa ficar um mês em Bali?
- Precisa de visto para morar um mês em Bali?
Vale a pena passar um mês em Bali?
Muito! Mas não se engane: morar em Bali não é só férias com praia bonita, é sobre criar uma rotina em um lugar novo e se aventurar. Durante o mês, você aprende a se organizar, pode escolher um cantinho fixo para morar, descobrir cafeterias gostosas, encaixar yoga e surf no dia a dia e reservar os finais de semana para explorar trilhas, cachoeiras ou vilarejos próximos. O que muda mesmo é a perspectiva: em vez de correr atrás dos pontos turísticos, você passa a vivenciar a ilha no seu ritmo, sentir o trânsito caótico de moto, o cheiro das comidas locais, a luz do sol no fim da tarde na praia ou o silêncio dos arrozais de Ubud, por exemplo.
Qual é a melhor região para morar em Bali?
– Uluwatu
Uluwatu é ideal para jovens que buscam praias belíssimas, boa estrutura e preços justos. A região reúne desde cafés descolados e restaurantes locais baratos até academias completas e uma vida social animada. É considerado o “pacote completo” para morar um mês – a dica é escolher uma base só. Mudar de hospedagem toda semana complica a rotina e encarece os custos.
O que tem em Uluwatu?
Nessa península no Sul de Bali, é onde estão as melhores ondas da ilha, o que atrai surfistas do mundo todo (incluindo um monte de brasileiros), em praias como Uluwatu e Bingin. Há uma porção de bares (mais e menos sofisticados) que se aproveitam das vistas incríveis dos penhascos sobre o mar, como o Single Fin, point dos jovens e dos surfistas, e a Cliffhouse. Para quem não surfa, tem praias lindas no sul, como Greenbowl e Melasti. De lá, se vê os pores de sol mais memoráveis de Bali, em lugares como o Templo de Uluwatu e o penhasco da Pantai Tegal Wangi.
Abaixo, veja dicas de onde comer em Uluwatu:
O espaço australiano criou um novo conceito misturando o design minimalista escandinavo com a energia latina-americana e a cena de cafés saudáveis e fotogênicos de Bondi Beach (não à toa, frases inspiracionais na parede chamam clientes em busca de fotos para o Instagram).
O café/bar foi inspirado na cultura do surf dos anos 70, escondido entre uma loja de surf e um estúdio de pilates, decoração que mistura bar japonês e paredes forradas de vinis. Durante o dia, oferece brunches leves e, à noite, destaca-se pelos coquetéis em ambiente com luz intimista.
Com um ambiente arejado e plantas por todo canto, possui uma área ao ar livre com mesas de madeira e piso de pedrinhas, ideal pra um brunch ou um jantar com os amigos. O café da manhã inclui pães, rabanadas, bolinhos e açaí; almoço e jantar oferecem sanduíches, massas e pizzas.
– Ubud
Localizado no centro da ilha, em meio a arrozais e florestas, é mais associado ao bem-estar: você verá diversos estúdios de yoga, retiros espirituais e práticas de cura. A atmosfera é única, mas pode não agradar tanto a quem busca vida noturna ou uma comunidade mais jovem e descontraída.
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O que tem em Ubud?
Depois do livro Comer, Rezar e Amar, da americana Elizabeth Gilbert (e do filme com a Julia Roberts) a cidade se consolidou para os ocidentais uma meca da yoga, meditação, curas energéticas, consultas astrológicas, tratamentos de SPA. Tudo ali é zen, natural, vegano. Vale passear pelo centrinho da cidade (que tem mercados, lojinhas e restaurantes) e fazer passeios bate-volta para os arredores: os terraços de arroz Tegallalang e Jatiluwih, os templos Gunung Kawi e Tirta Empul (este último famoso por suas piscinas de águas consideradas sagradas onde você pode entrar para um banho de purificação), as cachoeiras como a Nungnung.
Abaixo, veja dicas de onde comer em Ubud:
No coração de Ubud, é mais que um café: é um espaço para explorar a culinária plant-based de forma criativa. O lugar combina pratos veganos, com destaque para sobremesas irresistíveis. Além de saborear a comida, é possível aprender técnicas da culinária em um ambiente imersivo e inspirador.
O Zest Café é um ícone vegano famoso pelo cardápio totalmente plant-based. Localizado em um edifício tradicional balinês, o espaço combina arte moderna, árvores nativas e uma atmosfera zen, perfeita para relaxar em meio à selva de Campuhan Ridge. É frequentado por nômades digitais e apaixonados por gastronomia.
Com vista privilegiada para os arrozais, é perfeito tanto para começar o dia com um café quanto para apreciar o pôr do sol em seu deck. Além do café, o espaço conta com restaurante, padaria, bar, loja e cantinho de cerâmica, em um ambiente amplo e versátil que proporciona uma experiência completa.
– Canggu
Canggu é o polo dos nômades digitais. Trata-se de um semi-vilarejo onde as ruas ainda são relativamente tranquilas e os locais ainda plantam arroz. Lotado de cafés com Wi-Fi, coworkings, academias e escolas de surf, atrai uma comunidade jovem e criativa. É a escolha de quem quer socializar e viver o lifestyle mais “instagramável” de Bali. Essa parte da ilha é o destino certo de turistas de todo o mundo por ser popular, cheio de gente jovem, com restaurantes badalados, beach clubes, comércio diversificado com lojinhas, um lifestyle dos sonhos e ótimas opções de vilas para passar o mês.
O que tem em Canggu?
Lanchonetes veganas com tigelas coloridas de frutas pensadas para o Instagram, cafés hipsters com grãos selecionados, lojas que vendem de biquínis a objetos de decoração praianos, restaurantes bacaninhas, estúdios de yoga lindos de morrer, barzinhos com música ao vivo e galera vestindo o equivalente ao catálogo de verão da Farm. Não é muito balinês, é verdade, mas é bacana. Veja abaixo algumas cafeterias era Canggu para conhecer:
Um dos cafés mais badalados de Canggu, o Kynd Community caiu nas graças dos turistas em busca das fotos na parede do café. Além de ter deliciosas opções de café da manhã, shakes, smoothies, toasts e panquecas, ainda personalizam seu bowl com seu nome. O cardápio é bem variado: é um excelente para os vegetarianos e veganos, já que tudo é plant-based.
Um verdadeiro refúgio saudável, o local combina pratos fresquinhos e à base de plantas com um ambiente acolhedor, cercado por jardins exuberantes e muita luz natural. O local utiliza apenas embalagens biodegradáveis e trabalha com fornecedores que adotam práticas agrícolas regenerativas. No cardápio, você pode montar sua própria tigela de café da manhã.
Um dos cafés mais populares e visitados pelos influenciadores do mundo todo em Canggu, o Shady Shack esbanja boa comida em um ambiente cheio de verde e natureza. A seleção é enorme e fica aberto o dia todo, atendendo o café, o almoço e o jantar. Também é uma boa opção pra passar o dia trabalhando: mas traga seu computador carregado, pois não existem muitas tomadas.
Qual é a melhor época para ir para Bali?
A alta temporada em Bali vai de maio a setembro, quando a chuva dá uma pausa e o clima fica perfeito para curtir dias ensolarados e praias ainda mais bonitas. Mas é também quando tudo fica mais caro e lotado. Reservar sua vila para morar em Bali com antecedência é essencial – deixar para a última hora significa correr o risco de não encontrar nada disponível ou pagar valores muito acima da média.
Como se locomover em Bali?
A ilha é grande, não tem transporte público organizado e, na parte mais lotada, no sul, o trânsito é intenso. Scooter (as motinhos automáticas) são o transporte oficial do Sudeste Asiático. É fácil e barato alugá-las: todos os hotéis, dos mais simples aos grandes resorts, normalmente alugam para os hóspedes, além de que dá pra achar vários lugares mais informais na rua alugando-as – as mais baratas saem a partir de US$ 3.
Em tempo: apesar de não haver muitas proibições para turistas alugarem scooters, o número de visitantes que se envolvem em acidentes é alto, principalmente quem nunca dirigiu antes e resolve “testar” por lá. Caso isso aconteça, as seguradoras só cobrem se você tiver habilitação de moto válida para o Sudeste Asiático – ou seja, a PID (Permissão Internacional para Dirigir) válida para motos, ou uma carteira local. Sem isso, você NÃO estará coberto pelo seguro de viagem.
Alugar carro por lá não é recomendado. As estradas são estreitas, o tráfego intenso, a mão é inglesa e as regras de trânsito não são muito bem respeitadas (e como já dizemos, tem MUITA scooter pelo caminho te cortando). Para percursos de mais de uma hora entre destinos, a melhor opção é contratar um motorista particular – nossa indicação é o Adithyia Bali (62 818-555-983), confiável e seguro.
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Quanto custa ficar 1 mês em Bali?
Se você planeja passar um mês em Bali, alugar uma casa costuma ser a melhor escolha. Além de oferecer mais privacidade e liberdade do que um hostel ou dormitório, você pode montar sua rotina do jeito que quiser, escolher o bairro que mais combina com seu estilo e se sentir mais em casa. As acomodações vão de bangalôs simples por cerca de US$ 10 a vilas completas por até US$ 1 000 por mês, e há opções de casas em torno de US$ 300 mensais. Para se locomover, a moto é a forma mais prática e econômica (as mais baratas saem a partir de US$ 3). E mais: as regiões mais populares oferecem cafés gostosos com internet, perfeitos para trabalhar, e a comida é variada e acessível.
Com um orçamento de cerca de US$ 1 000 e US$ 1 500 por mês, dá para morar em Bali por 1 mês com conforto, curtir a vida na ilha e explorar com liberdade sem se preocupar com altos gastos, embora os preços sejam um pouco mais altos do que em outros destinos asiáticos devido ao turismo intenso.
Precisa de visto para morar um mês em Bali?
Sim, você pode solicitar o e-VOA (visto eletrônico de chegada), que custa cerca de US$ 32, tem validade de 30 dias e pode ser feito on-line antes da viagem. É preciso ter passaporte válido por pelo menos seis meses, passagem de ida e volta e informar o motivo da visita. Obs: esse visto é destinado a turismo, então não permite trabalho ou voluntariado. Para trabalhar legalmente em Bali, você precisa de um visto específico de trabalho ou de negócios, solicitado por meio de uma empresa local ou patrocinador na Indonésia.
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Passeios em Bali:
- Transfer até as Ilhas Gili de lancha | R$ 245: RESERVE AQUI!
- Trilha pelo vulcão Batur ao amanhecer | R$ 133: RESERVE AQUI!
- Tour privado por Pura Lempuyang | R$ 681: RESERVE AQUI!
- Tour privado pelo leste de Bali | R$ 524: RESERVE AQUI!