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Foi em 2005, no Reino Unido, que o termo glamping surgiu, apesar da ideia de acampar com luxo ser bem mais antiga que isso. A monarquia inglesa do século XVI não media esforços pra manter a ostentação presente mesmo nas viagens, mesmo no meio do nada. Banquetes com todos os tipos de frutas e doces; azulejos, flores e bordados na decoração; festas e cerimônias dignas de serem retratadas em pinturas famosas faziam parte de seus deslocamentos.

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Enquanto o número de propriedades adeptas ao glamping ao redor do mundo não para de crescer, a proposta permanece a mesma: acomodações sustentáveis (alguns estabelecimentos contam, inclusive, com reciclagem de lixo, redutores de fluxo de água e iluminação fotovoltaica), uma boa dose de contato com a natureza e, claro, o conforto. A estrutura pode vir em forma de tenda, iglu, casa na árvore. Quanto mais ousado, melhor.

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Hoje, principalmente experiências no deserto e safáris na África combinam estadia com glamping até em pacotes comercializados por agências de turismo nacionais. E a tendência vai além: o tipo de estadia já existe em praias do Caribe, na neve, em lagos gelados de regiões nada turísticas dos Estados Unidos, em selvas da América Central. 

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Antes de continuar a ler este post é bom desassociar de vez a ideia de dormir em tendas longe da civilização com gastar pouco: em um dos estabelecimentos selecionados, o Four Seasons Golden Triangle, na Tailândia, a noite pode custar cerca de US$ 4 mil. Mas calma que também tem glamping na Serra Gaúcha, aqui pertinho, com diária desde R$ 422, e no Atacama, a partir de US$ 85.

VEJA AGORA 14 GLAMPINGS AO REDOR DO MUNDO, DO BÁSICO AO HIGH END, PRA VOCÊ UM DIA CONHECER:

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Longitude 131°

(diárias desde US$ 1 947, inclui transfers, tours e alimentação)

O pano de fundo é Uluru (ou Ayers Rock), o segundo maior monólito do mundo, e o cenário são as dunas vermelho-ferrugem do centro da Austrália. O melhor dessas 15 tendas ultraexclusivas é poder enxergar a rocha maciça por um janelão de vidro com a cabeça ainda no travesseiro.
Pra comida, capítulo à parte: o dia começa com bolos, frutas e sucos frescos, o almoço vem em três etapas e o jantar, sob às estrelas, tem menu de quatro pratos típicos que muda diariamente. Toda noite, depois de muito vinho, você assiste a uma palestrinha sobre a cultura aborígene.

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Posada Campotinto

(diárias desde US$ 236; RESERVE AQUI!)

A uma hora de Colonia del Sacramento, no Uruguai, Carmelo desponta como uma opção de estadia rústica na região do Rio da Prata. Seguindo a linha das bodegas locais, a maioria pequena, de produção familiar, a Campotinto é um refúgio do vinho de 25 hectares que abriga um restaurante, quatro quartos e uma supertenda chique com deck de madeira trazida da África do Sul.
Aproveite a estadia pra passear de bike entre vinícolas, conhecer lugarzinhos como o Almacén de la Capilla, armazém chique referência na região, e ver o encontro dos Rios Paraná e Prata em Punta Gorda.

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Whitepod

(diárias desde US$ 265; RESERVE AQUI!)

São 15 iglus ancorados numa plataforma de madeira a 1 500 metros do chão, de cara pra imensidão do Lago Léman, na Suíça. Em cada um há banheiro, fogão a lenha e decoração que tem tudo a ver com a proposta: esquis presos na parede, tapetes de pele e um janelão revelando os Alpes.
No verão dá pra percorrer trilhas a pé ou a cavalo, fazer paragliding e andar de trenó puxado por cachorros. No inverno, de brinde, uma estação de esqui privada com 7 km de pistas.

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Merzouga Luxury Desert Camp

(diárias desde US$ 422, inclui tours e alimentação; RESERVE AQUI!)

Verdadeiro oásis no meio do deserto marroquino entre Marrakesh e Fez, o lodge administrado por berberes (povo local do Norte da África) é especialmente autêntico por suas cinco “khaimas”, barracas feitas de pele de camelo originalmente usadas por nômades.
Você chega lá de camelo, 4×4 ou helicóptero, faz caminhadas pelo deserto, sandboarding e observa estrelas. Após o jantar, o programa é cantar em volta da fogueira: os funcionários são peritos em música.
LEIA TAMBÉM: OS DESTINOS MAIS BACANAS DO MARROCOS PRA MONTAR SEU ROTEIRO

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Four Seasons Golden Triangle

(diárias desde US$ 2 203, inclui transfers, tours, alimentação e uma massagem; RESERVE AQUI!)

Sim, o glamping chegou também à rede Four Seasons, que levou a experiência a um nível ainda superior na Tailândia, entre a selva de bambus de Chiang Rai. O luxo está nos detalhes: pias com torneiras em forma de presas de elefantes, banheiras de cobre entalhadas à mão, massagem inclusa após os passeios.
E são eles, os elefantes, os protagonistas: seus barridos matinais servem de despertador, dá pra nadar com eles no rio e, com a tromba, eles roubam uma e outra fruta do seu café da manhã.
LEIA MAIS: Guia praias Tailândia: como escolher a sua // Quanto custa viajar no Sudeste Asiático

 

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Ladera

(diárias desde US$ 575; RESERVE AQUI!)

Aproveitando ao máximo a natureza caribenha de Santa Lúcia, o resort tem suítes com piscininha privativa sem parede entre a cama, os morros verdejantes e o azul do mar. Ideal pra casais em lua de mel.
Ponto também pro spa que oferece banho de água preta e tratamentos ao ar livre. Binóculos, máscara para os olhos e mapa pra achar estrelas fazem parte das amenities.
LEIA MAIS: Todas as suas dúvidas sobre a viagem de lua de mel respondidas

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Ecocamp Patagonia

(trekking de 4 noites desde US$ 1 884; inclui transfers, guia e alimentação)

Dentro do Parque Nacional de Torres del Paine, síntese da Patagônia com torres de granito e dramáticas geleiras banhadas por lagos azuis, as “cúpulas” sustentáveis foram construídas com o mesmo formato das antigas habitações da tribo Kaweskar, originária da região.
A estadia prevê boa interação entre viajantes: o pessoal se reúne pra fazer churrasco, sair em trilhas e até praticar yoga (tem uma cúpula só pra isso). Em tempo: reserve suíte com banheiro privativo.

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Mombo Camp

(diária desde US$ 1 674; inclui tours e alimentação)

Sob a sombra de frondosas árvores da Moremi Game Reserve, no Botswana, as nove confortáveis acomodações construídas a dois metros do nível do solo proporcionam fantásticas vistas da enorme planície africana, casa dos “big five” (leão, elefante, búfalo, leopardo e rinoceronte).
A ideia central da estadia, como em qualquer safári, é embarcar em expedições diárias em busca dos animais a bordo de um 4×4, observar pássaros e aprender mais sobre preservação.
Na academia a céu aberto costumam aparecer leõezinhos (!).

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Domos Los Abuelos

(diárias desde US$ 85; RESERVE AQUI!)

Simples e funcional a sete minutos de caminhada da Rua Caracoles, a principal de San Pedro de Atacama. Tem cabanas fofas em forma de iglu, rede e cadeiras em frente aos quartos.
No inverno, quando a temperatura fica abaixo de zero constantemente, há aquecedor portátil.
Para os preços inflacionados do Atacama, a estadia até que sai em conta.
LEIA MAIS: Onde ficar no Deserto do Atacama // Como ir do Atacama o Salar de Uyuni

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Treehotel

(diárias desde US$ 561, RESERVE AQUI!)

O mais ousado dos glampings deste post é uma versão moderna de casa na árvore. No alto dos pinheiros de uma floresta sueca, vários formatos de cápsulas se misturam à paisagem – tem a toda espelhada, a cabine, a ninho de pássaro (?), a que parece uma nave espacial e a que é uma cabana normal vermelha, cada uma criação de um arquiteto escandinavo diferente.
Os pratos são preparados à base de caça selvagem e ingredientes encontrados na floresta. De setembro a março dá pra ver as luzes da Aurora Boreal na região.

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The Resort at Paws Up

(diárias desde US$ 1 195, inclui alimentação)

Um refúgio de montanha no estado americano de Montana com 28 cabanas e 30 tendas de luxo. É uma viagem bem de imersão: há programação pra todas as semanas, nas quatro estações, envolvendo festivais de comida, cavalgadas, pintura, saídas fotográficas, workshops de escrita e artesanato.
E até um fim de semana Master Chef com James Beard, o pai da gastronomia estadunidense.
Dá pra fazer um combo e ficar 4 noites em cabana e 3 em tenda se ainda rolar dúvida de dormir sob a lona – as tendas à beira-rio e no topo do penhasco são as mais famosas e caras do local.

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Glamping Canonici di San Marco

(diárias desde € 120; RESERVE AQUI!)

Aqui, Veneza é mais que gôndolas e pontes atravessando canais. A meia hora da Piazza San Marco, o lodge entre campos de milho, pomares e árvores seculares tem decoração em que prevalecem cores claras e neutras, fusão de materiais como ferro, madeira e pedra e integração com a natureza.
A ideia é aproveitar a estadia ao ar livre pra andar de bike, fazer caminhadas, cavalgar, armar piqueniques e nadar. O glamping também dá cursos enogastronômicos.
Fora o bate-volta a Veneza, vale conhecer Pádua, a vizinha com características de cidade medieval.

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Parador Casa da Montanha

(diárias desde R$ 422; RESERVE AQUI!)

Pousada de barracas térmicas entre Cambará do Sul e o Caniôn Itaimbezinho, no Parque Nacional dos Aparados da Serra. É a opção de glamping mais legal do Brasil, onde acorda-se sob neblina e friozinho.
Dali é possível embarcar em cavalgadas, passeios de helicóptero e tours pelos bonitos cânions da região.
Comidas campeiras, do carreteiro de charque ao feijão mexido são servidas em panelas de ferro. O churrasco é de fogo no chão. Pra sobremesa, delícias típicas do sul como o doce de abóbora.
LEIA MAIS: Um roteiro de 3 dias pelo melhor da Serra Gaúcha

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Isla Palenque

(diárias desde US$ 179)

Numa ilha panamenha intocada não fosse pelo hotel, o lodge tem tendas onde parte das paredes são folhas de palmeiras e troncos de árvores. Cada uma vem com um terraço privado sob o dossel da floresta, habitada por macaquinhos, iguanas e tamanduás, com vista pro litoral de praias vulcânicas.
Chegar lá é um processo: da Cidade do Panamá você pega um voo de uma hora, mais 50 minutos no carro e 15 num barquinho – lugares exclusivos têm sua dificuldade de acesso.
LEIA TAMBÉM: O que fazer na Cidade do Panamá // Bocas del Toro e San Blás, o Caribe panamenho

Anna Laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

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