Cancún é um balneário caribenho centrado ao redor de resortões e uma praia de areia branquíssima e mar azul-claríssimo.

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Cancún e região: o roteiro perfeito de duas semanas

Ocupada a partir dos anos 1970, Cancún foi feita para os americanos irem à praia sem sentirem que estão muito longe de casa. O que interessa ali está basicamente numa tripa em forma de 7 que compõe a chamada Zona Hoteleira, com um resort gigante atrás do outro numa avenida jardinada que margeia a praia. Ali também estão enfileiradas agências de passeios, restaurantes, shoppings com as grifes convencionais e baladas com festas de espuma e performances circenses; uma coisa meio à la Orlando. A cultura mexicana (ou tex-mex) se sente aqui e ali, na música, na comida, nas pessoas, na vibe geral. Para quem curte esse esquema de turismo, é legal saber que, além de aproveitar a estrutura dos hotéis, é possível fazer uma série de passeios, que vão de parques naturais a sítios arqueológicos da região. Saiba aqui onde comer, onde ficar e o que fazer em Cancún.

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O QUE FAZER EM CANCÚN

Miniguia de Cancún

Antes de tudo, o clássico pacote 7 noites em Cancún vale a pena?
Não vale a pena ir até Cancún pra ficar trancado no hotel só em Cancún – se sua ideia for essa, veja outros destinos como Punta Cana e Aruba. Se encher de passeios bate e volta também fica cansativo, porque a maioria deles fica longe da Zona Hoteleira. Se só tiver uma semana, prefira dividir o tempo entre Cancún e Playa del Carmen (3 noites no primeiro e 4 no segundo).

Precisa alugar carro?
Depende da intenção da viagem. Se a ideia é curtir o hotel por 7 dias e fazer um ou outro tour, dá perfeitamente pra ficar sem carro, usando táxi ou ônibus eventualmente. Pra conhecer de fato a região, carro é recomendável. Você barateira alguns passeios (ainda que a maioria inclua transporte), faz as coisas no seu tempo, explora outros trechos de praia e pode visitar sítios arqueológicos e cenotes por conta própria, só pagando o valor da entrada.

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O que fazer em Cancún: passeios

ISLA MUJERES
As balsas para lá saem do Puerto Juaréz, no centro de Cancún. Chegando no porto, compre um tour de barco com snorkel nos corais coloridos, ou alugue um carrinho de golfe pra percorrer as praias da ilha. Crianças podem curtir as atrações do Garrafon Natural Reef Park, como tirolesa e caiaque. Em tempo: se você vai a Cozumel, dispense Mujeres, a primeira é mais bonita.

MUSA – MUSEU SUBAQUÁTICO DE CANCÚN
São quase 500 esculturas do inglês Jason de Caires Taylor e outros cinco artistas mexicanos colocadas no mar entre três e cinco metros de profundidade. O melhor jeito de vê-las é mergulhando com cilindro pra poder chegar bem perto (tem o mergulho com snorkel também, mas você vê bem menos). São representações de figuras humanas em situações diferentes.

MERGULHO COM TUBARÕES-BALEIA
O que fazer em Cancún: uma das experiências mais emocionantes que se pode ter embaixo d’água em Cancún. Dezenas de tubarões-baleia nadam ao redor das ilhas Mujeres, Contoy e Holbox entre maio e setembro (com mais chances de vê-los de junho a agosto). Nos tours, que duram cerca de 7 horas e custam a partir de US$ 150, você mergulha com snorkel do ladinho dos bichões de até 12 metros de comprimento (!!!) – lembrando que eles são pacíficos e só se alimentam de plâncton. Veja com a empresa Eco Travel.

PARQUE NACIONAL ISLA CONTOY
Uma ilhota mínima e adorável de água claríssima e areia branquíssima. Seu território é todo protegido (não tem quase nenhuma construção), e é casa para mais de 100 espécies de pássaros, como pelicanos, cormorões e atobás. O passeio sai de Isla Mujeres e normalmente inclui tour de snorkel, almoço e caminhada na ilha, com um tempo para curtir a praia (v-a-z-i-a).

XOXIMILCO
O que fazer em Cancún: a atração é uma cópia de Xochimilco, na Cidade do México (local cortado por canais e ilhas flutuantes onde navegam as “trajineras”, um espécie de gôndola) com banho de Disneylandia (vide a lojinha de souvernis carérrima). Você passa a noite (das 20:30 às 23:30) dentro de um barquinho ouvindo histórias típicas mexicanas, comendo quitutes da região e virando altos shots de tequila (não é um rolê para crianças pequenas, ao contrário do que deixam parecer os folhetos coloridos). Nas ilhas que vão passando, conjuntos musicais com instrumentos do país entoam diferentes ritmos, tudo muito bem ambientado. O resultado final é surpreendentemente bacana e divertido (juro que não é só a tequila).

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CHICHÉN ITZÁ
As ruínas  já formaram um dos mais importantes centros políticos e religiosos dos maias. A estrutura principal é a Pirâmide de Kukulcán, com 26 metros de altura, rodeada de outros templos e por um monumental Campo de Pelota, o esporte dos maias. Chichén fica 200 km em direção ao continente – se for fazer bate e volta, o melhor é contratar um tour até lá que passe pela linda cidade colonial de Valladolid.

LA RUTA DE LOS CENOTES
Há mais de 10 mil cenotes nessa região do México: são cavidades naturais de rocha calcária colapsada que revelam rios subterrâneos, normalmente superprofundos e com água azulada. Os mais próximos de Cancún ficam na estradinha para a cidade de Puerto Morelos, em uma rota com diversos cenotes diferentes indicados por plaquinhas que introduzem estradas de terra, como o Cenote Siete Bocas. Há outros mais famosos pra lá de Playa, como o Rio Secreto e o Cenote Azul.

CIRQUE SU SOLEIL: JOYÀ
E não é que a rede canadense resolveu instalar a 35 km de Cancún um espetáculo fixo (fora esse só há em Orlando e Las Vegas)? Os ingressos podem ou não incluir jantar antes da apresentação circense. Ambientado em um bonito teatro em meio à natureza, o lugar inclui lojinha de souvenir e um bar que continua funcionando após o show. O espetáculo conta a história de um alquimista e de sua neta embarcando em uma missão para descobrir os segredos da vida, história permeada por elementos da cultura mexicana e música, dança, contorcionismos e malabarismos típicos da marca.

PARQUES
O Xcaret é principal parque desta rede (todos começam com X), basicamente um parque aquático integrado à natureza, com trilhas, mergulho, lago com peixe-boi, espaço de tartarugas-marinhas, aviário, tirolesa, mergulho com cilindro, cenotes e um trilhão de outras coisas (nem todas tão legais, diga-se de passagem). O ingresso custa a prtir de US$ 98 online (mas dá pra conseguir descontos no hotel ou numa agência). O Xel-há é uma versão reduzida e divertida para crianças menorzinhas (graças a áreas como a “mundo de los niños”), e o Xplor é focado em atividades radicais.

PLAYA DEL CARMEN
A 70 km de Cancún, o polo turístico de Playa del Carmen foi crescendo ao redor do porto de embarque pra Cozumel, a ilha mais lindinha da região. Sua 5ª avenida é uma versão mais extensa da Rua das Pedras de Búzios, fechada pra pedestres e tomada de lojas, hotéis, restaurantes, bares e baladas mil. O público varia de famílias a grupos de jovens. Na praia, há beach clubs com espreguiçadeiras, drinks e música lounge onde tem gente que já começa o dia de salto e make. Leia mais sobre Playa del Carmen aqui.

O QUE FAZER EM CANCÚN: outros passeios ficam na Riviera Maya, como a ilha de Cozumel (a cerca de 100 km de Cancún) o sítio arqueológico de Tulum (a cerca de 130 km de Cancún) – veja o guia completo de Tulum aqui. O Carpe Mundi não apoia atrações com tratamento abusivo aos animais, por isso não recomendamos nadar com golfinhos nos centros da região.

O que fazer em Cancún: baladas

CocoBongo, patente de Cancún (com filial também em Playa del Carmen), faz uma festa open bar em que a balada rola intercalada com shows temáticos (dos Beatles, do Homem-Aranha). O pessoal dança em pé no bar, bexigas e papel picado caem do teto, garçonetes dão tequila da boca. Em esquema parecido, o Dady’O é uma balada de música eletrônica com umas apresentações performáticas mas mais climão de balada pesada. O Señor Frog’s, com outras unidades pelo Caribe, é um bar-balada com drinques coloridos, uma lojinha de souvenirs e festas temáticas com banho de espuma (isso mesmo).

O que fazer em Cancún: compras

La Isla Shopping Village é aprazível, um centro de compras ao ar livre supercompleto, com Adidas, Armani Jeans, Calvin Klein, Coach, Express (ótima marca americana de fast fashion), Diesel, Guess, Pull & Bear (do grupo da Zara), Tommy e a própria Zara. O Kukulcán Plaza tem várias lojas de óculos de sol e roupa de banho, Kilpling, Hugo Boss, Forever 21, Hacienda Tequila (com várias marcas, inclusive artesanais, da bebida). Na parte Luxury Avenue há só grifonas tipo Cartier, Burbury e Longchamp. Já a Plaza Caracol tem marcas locais e algumas lojinhas de artesanato.

Onde comer em Cancún:

Todas as grandes redes estão lá: Outback, Bubba Gump Shrimp, Starbucks. Pra fugir delas, veja o Casa Rolandi, com mais de 30 anos em Cancún, salão elegante e frutos do mar no menu (o polvo é top). As massas também são bem-feitas. O La Habichuela é bacana principalmente por causa do jardim, uma lindeza com móveis brancos e luzinhas coloridas ornando os plantas. Come-se alguns pratos típicos mexicanos e frutos do mar. Se der fome de carne, o argentino Puerto Madero tem ojo de bife, chorizo, bife de lomo. O atum selado com purê de batatas derrete na boca. Coma na varanda olhando o mar. Um lugar gracinha para um jantar romântico é o La Fonda Del Zancudo, instalado e uma casa antiguinha e com cardápio com influência mediterrânea. O lugar certo para comer lagosta é o Lobster at Lorenzillo’s, na Zona Hoteleira. Atente para o fato de que os restaurantes são pensados para americanos e, ainda mais nesses tempos de dólar alto, os preços podem ser bem salgados.

Onde ficar em Cancún:

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Aqui vai uma pequena seleção pra te guiar, já que são mais de 150 hotéis em Cancún. A grande maioria é all-inclusive e pé na areia. Na maior parte da Zona Hoteleira a praia tem mar encrespado. O trecho de água calminha vai do Centro a Punta Cancún, a parte de cima do 7, voltada para o norte.

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HYATT ZILARA CANCÚN: Seus 288 quartos são destinados apenas a adultos, têm hidro com vista para o mar e varanda, algumas com acesso direto à piscina por uma escadinha. Os cinco restaurantes all-inclusive são bons, assim como o spa, e há cabanas com camas na praia (que ficam disputadíssimas quando o hotel está cheio, vale dizer). A vibe é de casais um pouco mais velhos, então se você procura agito aqui não é seu lugar. (diárias desde US$ 294)

PARADISUS BY MELIÁ CANCÚN: Um mega-resort sofisticado disposto em cinco pirâmides. No centro de cada uma há jardins imitando uma selva tropical com trepadeiras caindo pelas paredes. Há 9 restaurantes (8 deles all-inclusive + o Tempo, o melhor da cidade) e bares bem animados. A decoração dos quartos espaçosos é básica – os melhores têm vista para o mar. Há um spa com circuito de hidros e chuveiros incluso na diária. Veja a resenha completa aqui. (diárias desde US$ 347)

HARD ROCK HOTEL CANCÚN: A decoração segue a temática de rock da rede, com pôsteres e quadros de Elvis e afins, guitarra e roupas autografados. Os quartos são moderninhos e a maioria tem vista para a água (da lagoa ou do mar). A área de lazer é uma das mais completas, com uma bela piscina de borda infinita com bares, cinco restaurantes all-inclusive, spa e kid’s club. Apesar da boa área para crianças, o clima pode ficar baladeiro demais. (diárias desde US$ 301)

THE WESTIN RESORT & SPA: Já no finzinho da Zona Hoteleira, todos os quartos tem vista ou para o mar, ou para a lagoa. Há quatro piscinas debruçadas sobre a praia, um bom spa e estrutura para famílias com monitores e menu infantil no restaurante. (diárias desde US$ 135)

KRYSTAL CANCÚN: Um dos poucos sem all-inclusive, na parte de águas calmas da praia da Zona Hoteleira. Os quartos são bons, há boas cabanas na piscina, kid’s club, comida bem preparada. Algumas áreas e quartos mais antigos passam aos poucos por renovações. (diárias desde US$ 99)

GOLDEN PARNASSUS: Só para adultos, o resort all-inclusive tem cinco restaurantes, piscina grandona (mas sem bar), quartos básicos com varanda. Há spa, academia e organiza-se atividades como tênis e vôlei de praia. Um hotel bom e funcional. (diárias desde US$ 138)

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