Bora começar a planejar as viagens para 2023?

Na nossa seleção, levamos em conta destinos pós-pandemia e a cotação alta atual do dólar, sugerindo alguns lugares que vão doer (um pouco) menos no bolso, além de informar a melhor época para visitar cada um. Também procuramos sair daqueles mais óbvios: 2023 é ano para expandir os horizontes e, principalmente, fazer viagens com propósito. Vem ver!

18 viagens para 2023: nossa seleção

NO BRASIL:

Giro pelos Lençóis Maranhenses (MA)
Entre as melhores viagens para 2023: tem que ir porque é lindo demais, porque é uma imensidão de natureza única e especial, porque ainda não virou farofa e porque as estradas entre as cidades têm sido melhoradas, o que tornou os deslocamentos menos chacolhantes e demorados. O esquema é relativamente fácil: chegue em São Luís em um voo diurno e procure as vans que levam a Barreirinhas (demora umas 4h) – durma pelo menos uma noite ali. Daí, escolha entre fazer a travessia do parque nacional ou ir às outras duas cidades-base, Atins e Santo Amaro.
QUANDO IR: de junho a outubro, quando as lagoas estão cheias.

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Tipo tudo na Bahia
Tem tanta coisa legal que é difícil escolher um destino. Boipeba continua um paraisinho para uma viagem de praia integrada com a natureza; a Linha Verde, pertinho de Salvador, tem pousadinhas pé na areia acessíveis em Imbassaí e Praia de Santo Antônio; Caraíva tem recebido eventos bacanas (como o Festival Novo Mundo) e ainda vida perto de praias intocadas como Corumbau. E ainda tem a Chapada Diamantina, onde ficam algumas das cachoeiras mais impressionantes do país, cuja base é a adorável cidade colonial de Lençóis e a hippie “gratiluz” Capão.
QUANDO IR: pra Chapada e pro sul da Bahia, pode ir o ano todo, as chuvas são bem distribuídas. Em Boipeba e na Linha Verde pode chover muito de abril a julho.
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Viagem zen na Chapada dos Veadeiros (GO)
Alto Paraíso, cidade-base para a Chapada, está cada vez mais descoladinha, com novos lugares como o Chaupin, mix de co-working com restaurante vegetariano. Tradicionalmente mística, a região também tem ganhado mais hospedagens para quem procura um turismo zen e sustentável, como a Capim Estrela. No mais, o parque nacional abriu atrações novas em 2019  (como o Carrossel) e, de qualquer jeito, tem tanto atrativo ali que dá para fazer múltiplas viagens.
QUANDO IR: de maio a outubro, na época seca. Em julho faz friozinho e São Jorge lota demais – evite se não quiser festa.
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Feriado na natureza em Aiuruoca (MG)
Um dos muitos destinos de cachoeiras no sul de Minas, essa cidade é porta de entrada para o Vale do Matutu, parte de uma Área de Proteção Ambiental. Comece passando no casarão-sede da reserva natural do Matutu (comunidade rural a 17 km de terra de Aiuruoca), onde uma cooperativa vende mel, queijos e produtos integrais e dá informações sobre a região. Depois, você pode embarcar em trilhas como a que leva ao Pico do Papagaio e tomar banho na Cachoeira do Meio e na Cachoeira do Fundo. Pousadas simples como a Alquimia e a Pé na Mata acolhem os visitantes. Bom saber também que Aiuruoca sedia uma porção de retiros espirituais.
QUANDO IR: de abril a outubro, quando o tempo é mais seco.

Semana de praia quase-Caribe em Alagoas
Bora prestigiar as praias do Nordeste? O óleo já rareou e as comunidades precisam se recuperar economicamente do perrengue que passaram esse ano. Com as águas mais clarinhas da região, São Miguel dos Milagres é ponto de partida para conhecer uma sucessão de praias de sonho num trecho de litoral de uns 20 km. Fantásticas pousadas de charme dominam a bela Praia do Toque, onde jangadeiros levam até piscinas naturais que convidam a entrar e não sair mais. Na vizinha Barra do Camaragibe, dá para apreciar o encontro das águas do mar com o o Rio Camaragibe.
QUANDO IR: de janeiro a março e de setembro a dezembro (nesse miolo pode chover muito).

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Imersão na Amazônia
Nem precisa dizer porque essa é uma das melhores viagens para 2023, né? Que tal entender mais sobre o a floresta em uma experiência mais imersiva? Uma ideia é aderir a viagens místicas que alguns profissionais tem organizado pra lá, como a @daidagostini. Outra é, além de viajar, aproveitar para ajudar as comunidades locais, procurando programas de voluntariado – esse post do Worldpackers tem um apanhado legal de ONG’s e projetos por lá, e esse do Guia Viajar Melhor também.
QUANDO IR: o ano todo, entre os períodos mais úmidos e mais secos, tem suas belezas na região.
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Floripa descolada (SC)
A ilha tem ganhado novas hospedagens, como o bacanérrimo Selina, mix de hostel com hotel e co-working. Fora isso, Floripa é um ótimo lugar para fazer viagens espirituais (ela não é apelidada de Ilha da Magia à toa) – veja lugares como o Centro de Yoga Montanha Encantada, o Retiro de Armação e o Rosemary Dream. Também não perca as praias mais intocadas da ilha, alcançadas por trilhas, como Saquinho, onde se chega por um caminho que sai da praia da Solidão, e Gravatá, no costão entre as praias da Joaquina e Mole.
QUANDO IR: para pegar praia e entrar na água, é melhor ir até abril, quando ainda está quente, e depois de outubro a dezembro.

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20 viagens para 2023: nossa seleção

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NO MUNDO:

Rolê pelos Bálcãs
Viagens para 2023: eis uma chance de ir para Europa sem ter que encarar o euro a R$ 6,30 (!). Dá para começar na Bulgária, com a adorável capital Sófia, descer para as montanhas Rila, seguir para Escópia, capital da Macedônia, e de lá ver o cânion Matka. Depois, aprecie o lago Ohrid, na fronteira com a Albânia, e aí estique para as belas praias do sul deste país. Também são imperdíveis a medieval Kotor, em Montenegro, e a encantadora Mostar, na Bósnia, onde dá para aprender sobre a triste história recente da região. Quem puder aumentar o orçamento pode seguir à Croácia, bombando nos últimos anos com seus praias e cidades históricas.
QUANDO IR: em maio e junho ou setembro e outubro – o alto verão é quente demais.

Cultura pulsante na Turquia
Em 2019, Istambul abriu um aeroporto novo, que no momento é o maior do mundo. Com os voos da Turkish Airlines, que saem de São Paulo, é um oportunidade de checar o que está rolando na maior cidade do país, como o incrível museu de arte contemporânea Arter, novos espaços de spa e banho turco como o Curkurcuma Hamami, restaurantes na beira da água como o Feriye e clássicos como a suntuosa Hagia Sophia e Topkapi Palace. De lá, além de Capadócia e Pamukkale, dos quais você já deve ter visto no feed do Instagram de alguém, tem sítios arqueológicos únicos como Göbekli Tepe, com mais de 11 000 anos, e praias intocadas de beleza inacreditável no Kelebekler Vadisi, ou Vale da Borboletas. Vale lembrar que durante a pandemia, a Turquia foi um dos únicos países que recebeu turistas mesmo sem teste de covid, o que fez o turismo por ali crescer.
QUANDO IR: em abril e maio, na primavera, o clima é bom e flores enfeitam Istambul. De setembro a novembro também é aprazível.

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Road trip longa no México
O país tem muuuito mais para ver do que Cancún, um dos destinos de férias mais badalados e caros do mundo, e é de carro que você vai ter uma experiência mais imersiva e autêntica no país. Pegando um na Cidade do México (em sites como o Priceline.com tem veículo econômico por um mês por tipo R$ 1 300) , dá ir em direção ao norte para visitar a lindinha cidade colonial San Miguel de Allende e depois ir a Puebla, ao sul. Aí, rume a Oaxaca, com sua gastronomia especialíssima, e em seguida estacione no litoral do Pacífico para curtir destinos hippies de surf como Puerto Escondido e Zipolite. Quem tiver mais tempo pode tocar para a Península de Yucatán (parando por Tuxtla e Campeche no caminho), e mergulhar em Cozumel, ver as lagoas de Bacalar e o vilarejo descolado de Tulum.
QUANDO IR: o tempo varia com a região do país – evite a costa do Pacífico de junho a setembro, quando chove muito, e a do Caribe em setembro e outubro.
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Peru além de Machu Picchu
O Peru tem batido recordes de turistas, mas, a bem da verdade, eles vão todos pro mesmo lugar. Para variar o roteiro e fugir das multidões, você pode, por exemplo, conhecer Huaraz, cidade-base para fazer trilhas pela incrível Cordillera Blanca , com picos nevados e lagoas de água azul. Ou então explorar a cidade de Arequipa, com sua arquitetura colonial conservada e novos hotéis e restaurantes bacanas como o Criqa e o La Nueva Palomino. Se a trilha Inca pra Machu Picchu anda lotada, tem outros trekkings menos conhecidos, como o Ausangate Trek, um trajeto que leva de quatro a sete dias através da Cordillera Vilcanota, a 100 km de Cusco.
QUANDO IR:
 de maio a outubro, época mais seca na maior parte dos destinos.

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Cidades coloniais, vulcões e bichos mil no Equador
Os voos diretos da Gol para Quito ajudaram a chamar atenção para esse pequeno país, frequentemente subestimado por brasileiros (também dá para chegar com a Avianca e a Copa). A capital ganhou sua primeira linha de metrô em 2021 e guarda um centro histórico interessante e bares rooftop com vistas para as estarrecedoras montanhas dos arredores. De lá, dá para fazer bate-volta à Laguna Quilotoa e ao Vulcão Cotopaxi, curtir o surf e o agito de Montañita, ver cachoeiras em Baños e a herança colonial de Cuenca. Galápagos, um dos paraísos biológicos do planeta,  promete ser o ponto alto da viagem – se os preços assustarem, empresas como a Ainda Maria Travel tem cruzeiros um pouco mais baratos.
QUANDO IR: o clima varia muito pelo país – de janeiro a junho, no geral, dá para aproveitar bem.

Viagem em grupo para o Egito
O turismo no Egito está se recuperando do baque que sucedeu a Primavera Árabe e tem novidades legais como o gigantesco Grand Egyptian Museum, no Cairo, que vai abriu as prtas, e tesouros ainda a ser descobertos como os templos de Abu Simbel. Para quem tem receio de planejar uma viagem sozinho para lá, é boa ideia embarcar junto com grupos que têm sido organizados por agências e influenciadores como a Amanda Noventa, que faz expedições só de mulheres, e o Brian Baldrati, da Is This Real Trips. Também é uma boa visto que o país foi visitado com frequência na pandemia por não fazer grandes exigências aos viajantes.
QUANDO IR: de março a maio e de setembro a novembro.

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Rolê geral no Marrocos
No país mais fotogênico do mundo segundo a @anna.laura, há alguns destinos despontando, como Essaouira, a bela cidade azul da costa, e Rabat, que em 2019 sediou uma Bienal e tem instituições de arte como o Mohammed VI Museum of Modern and Contemporary Art. Para ir mais a fundo, o ideal é embarcar em uma road trip. Partindo de Marrakesh, passe pelas montanhas surreais do Alto Atlas, veja a cidadela de Ouarzazate, porta de entrada para o Deserto do Saara, fique em um acampamento em Merzouga e termine em Fez, com sua Medina caótica e interessantíssima.
QUANDO IR: entre março e maio e outubro e novembro, quando as temperaturas são mais amenas.
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Praias e cultura em Moçambique
Eis a chance de ir até a África e se comunicar na nossa própria língua com os simpaticíssimos locais. Você com certeza vai querer se acabar no mundo azul de praias dos paradisíacos arquipélagos de Bazaruto e das Quirimbas, os dois highlights do país, ótimos para mergulhar – aliás, Moçambique tem nada menos que 2500 km de praias. Além disso, a capital Maputo e a Ilha de Moçambique têm construções históricas preservadas e culinária local baseada na fartura de frutos do mar. O famoso Kruger National Park, da África do Sul, também avança pelo país e convida a um safári, assim como o Gorongosa National Park, recém-recuperado.
QUANDO IR: de junho a setembro, a época mais seca, boa para ver animais.

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Viagem espiritual na Índia
Uma das primeiras entre as tendências de viagens para 2023 para quem está na vibe do autoconhecimento. Tem muitos caminhos para seguir com esse propósito nesse imenso país, que podem passar por Rishikesh, o pólo da yoga nos Himalaias, Bodhgaya, mais importante destino de peregrinação budista, e Kerala, a capital da ayurveda. Para quem se sentir perdido, é melhor já ir com uma hospedagem em um ashram ou retiro específico (essa lista tem algumas dicas) reservada ou aderir a um grupo de viagem como os que a Arte de Viver organiza.
QUANDO IR: até maio ou depois de outubro, pulando as chuvas das monções, que caem em grande parte do país.
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Praias e cachoeiras nas Filipinas
Ok, o país tem um governo bizarro, mas quem nunca, né? Para quem tem tido vontade de explorar o Sudeste Asiático, é bom saber que aqui, apesar de ser chatinho de se locomover (o país tem mais de 7 mil ilhas), as praias estão muito mais preservadas do que na Tailândia ou em Bali. A ilha de Siargao, aliás, é meio Bali de 30 anos atrás, com cabanas simples de praia e alguns retiros de yoga. Em Palawan, lugar do popularíssimo (e maravilhoso) El Nido, ainda tem lugares intocados como o vilarejo de pescador de Port Barton.
QUANDO IR: até abril. Depois, só em novembro, porque de maio a outubro é temporada de chuvas.
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Tailândia sem farofa
Incluímos este item por motivos de: tem muito brasileiro indo pra lá (em Koh Phi Phi já vê-se placas de “tem feijão” nos restaurantes) e muitos vezes recebemos relatos de certa decepção com a quantidade de turistas (e lixo) nas praias. Então é bom saber que é sim possível fazer uma viagem mais autêntica pelo país, é só ter tempo e estar disposto a não ir aos lugares que você sempre vê no Instagram para dar lugar a outros – melhores. Tem, por exemplo, experiência legais com a empresa socialmente responsável Local Alike. Também dá para ir a ilhas menos procuradas, como Koh Kood e Koh Kradan, ver a natureza beira-rio de Khao Sok e o sítio arqueológico de Sukhothai.
QUANDO IR: até maio o clima é ok, depois, só a partir de novembro.
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