Foi-se o tempo em que hostels, ou albergues, eram sinônimo de passar perrengue.

Apesar desse tipo de hospedagem oferecer sim preços mais acessíveis que hotéis, os hostels se modernizaram e implementaram móveis de design, bons bares e restaurantes e áreas de convivência descoladas e confortáveis. Pra completar, eles costumam ter localização central, são reduto pra conhecer gente bacana e ainda organizam eventos como jantares coletivos e tours pela cidade.

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1) Há vários perfis de hostel

O espectro de perfis de hostels é imenso. Tem hostel com cara de pousadinha familiar, outros com pegada boutique; alguns são tranquilos, outros com festa toda noite. Você entende a vibe do lugar vendo o site e, principalmente, lendo as resenhas de outros viajantes no Hostelworld. “Party hostels”é um termo comum que os gringos usam pra determinar hostels que sediam festas, o que pode ser ótimo nos dias que você quer chutar o balde e péssimo nos que quer dormir cedo e aproveitar o dia; pense bem antes de reservar.

2) Os rankings de pontuação do Hostelworld são uma fonte incrível

No principal site de reservas de hostels do mundo, eu sempre seleciono a opção “sort by rating”, que mostra os hostels mais bem avaliados por outros viajantes primeiro. Não tem erro: em 90% dos casos eles são os melhores da cidade.

3) Hostels com bares são melhores pra conhecer gente

Nem todo hostel tem ambiente propício pra conhecer gente. Se você está viajando sozinho e quer fazer amigos, é melhor escolher um que tenha um bar. Com uma cerveja ou drink na mão você tem a chance de papear com viajantes do mundo todo e até fazer bons grupos de amigos. E, se o seu roteiro for mais relax, porque não seguir viagem junto?

4) Os funcionários dos hostels podem ter boas dicas locais

O staff dos hostels costuma ser composto por jovens locais ou por viajantes que estão passando uma temporada ali trocando trabalho por acomodação. Ou seja, gente que conhece bem o destino: vale puxar conversa pra pedir dicas.

5) Hostels também têm quartos privativos que valem mais a pena do que um Ibis da vida

Enquanto um quarto compartilhado costuma custar em média € 15 em capitais europeias, por exemplo, um privado varia entre € 40 e € 100. Por isso, mesmo que você não esteja a fim de dormir em beliche e ficar com desconhecidos no quarto, os quartos privados ainda são mais baratos do que a maioria dos hotéis. Além disso, o preço de um quarto individual em hostel muitos vezes é comparável ao de um hotel três-estrelas sem graça como o Ibis, com padrão executivo e sem personalidade. Já hostels podem ficar dentro de navio parado no porto, numa vinícola, no porão de uma casa histórica. Podem ter de recepção superdescolada com happy houre  rooftop com bar e vista para a cidade, organizar eventos como jantares coletivos com comida típica local e ainda reunir um pessoal bacana (não necessariamente jovem. Eu já dividi quarto com um inglês de 50 anos que estava dando a volta ao mundo em uma bicicleta). Ou seja: oferecem uma experiência muito mais autêntica por um preço similar.

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6) Eles organizam walking tours gratuitos e outras atividades

Hostels costumam ter programação intensa e animada, de walking tours a baladinha,  happy hours e jantares coletivos. Eles também costumam organizar tours de bate-volta pra cidades próximas.

7) Muitos hostels têm cozinha

A alimentação acaba sempre sendo a grande vilã das economias nas férias. Em hostels com cozinha você tem a chance de comprar alimentos em feiras e mercados e cozinhar sua própria refeição. Eu já fiquei num hostel onde um italiano preparou uma macarronada para a galera toda. O único lado ruim é ter que lavar a louça depois.

8) Hostels costumam ter localização central

Primeira vez em hostel: essa é uma das maiores vantagens de ficar em hostel. A maioria deles têm localização supercentral. Ou seja, você acorda já no burburinho turístico pagando pouco.

9) Tem hostels com estrutura ótima e outros nem tanto

Aqui, a receita para um hostel perfeito: beliches com cortina, tomada, luz individual e locker e banheiro dentro do quarto, cozinha e ambiente social bacaninha que una os viajantes, de preferência com bar e até sala de TV, instalações novas e moderninhas, recepção 24 horas,  wi-fi que funciona bem e localização central.  E podem ter outros plus, como secador no banheiro, quartos exclusivamente femininos, organização de eventos e festas. É claro que nem todos reúnem todos esses atributos (e alguns passam bem longe), por isso pesquise bem antes de reservar. Algumas redes são famosas por oferecer um serviço top, como a europeia Generator.

10) No Brasil também tem hostel

Primeira vez em hostel: hostels em São Paulo, no Rio e na Bahia, por exemplo, podem ser tão ou mais legais que hostels europeus. Você precisa apenas quebrar preconceitos pra vivenciar a experiência. A rede de hostels Che Lagarto, por exemplo, que tem unidades em Morro do São Paulo e Búzios, é bem bacana. E hostels podem ser a solução em períodos com  feriados e o fim do ano, quando o preço das pousadas e hotéis vai às alturas.

Anna Laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

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