Meca dos cassinos da China, senão do Oriente, Macau é uma das duas regiões administrativas chinesas (assim como Hong Kong) e o único lugar do vasto país em que o jogo é permitido. 

E ficou mundialmente conhecida por isso, ofuscando até Las Vegas com o maior cassino do mundo, o Venetian Macao. Outra de suas singularidades diz respeito ao histórico de colonização portuguesa: Macau mescla templos orientais com detalhes típicos da terrinha, como telhas portuguesas tradicionais, restaurantes que servem bacalhau e parte da população que fala português.

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ÍNDICE:

  1. Venetian Macau
  2. Cassinos
  3. Museu de Macau e Museu de Arte de Macau
  4. Casa Cultural de Chá de Macau
  5. Ruínas de São Pedro
  6. Museu de Arte Sacra
  7. Templo de A-Ma e Templo de Na Tcha
  8. Praça Flor de Lótus
  9. Largo do Senado
  10. Torre de Macau
  11. Mercado de São Domingos

O QUE FAZER EM MACAU, A LAS VEGAS CHINESA QUE FALA PORTUGUÊS:

Hoje, contudo, os resquícios de última colônia europeia na Ásia vêm se apagando. Principalmente desde 1999, quando a cultura e a língua portuguesa perderam força depois que o estado se tornou soberano e foi integrado à China. Mas sim, você ainda vê parte da população falando nossa língua, placas e nomes de ruas em português e influências culinárias como as nossas. O que é bem legal ao lembrar que Macau e o Brasil estão a 11 horas de diferença de fuso. É quase poder se sentir em casa do outro lado do planeta.

O turismo é a principal fonte de renda de Macau. E, nesse ramo, os cassinos tomam conta. Ao todo são 41 na região (na quantidade, Vegas ganha com seus mais de 100 centros de jogos). Alguns são verdadeiras obras de arte, como o Venetian Macao. Como uma quase imitação de Veneza, o lugar tem gôndolas e tenta criar, artificialmente, o clima romântico e agradável da cidade italiana. O Venetian tem ainda o título de maior casino do mundo. Se estiver por ali vale jantar no estrelado Michelin Golden Peacock, de comida indiana e vegetariana.

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O que fazer em Macau: mas não é só o Venetian que brilha entre os cassinos de Macau. O destino também tem sua versão do famoso Wynn de Vegas, tem o Galaxy e o City of Dreams. Fundado em 2009, o estabelecimento é imenso, quase como o Venetian, tem shows de água e sedia importantes torneios de pôquer. Inclusive, em abril de 2017, o brasileiro Felipe Mojave, um dos 25 melhores jogadores do mundo, ficou entre os três melhores colocados num campeonato sediado no City of Dreams. Haja Brasil, brasileiros, e português por Macau. E o melhor: no City of Dreams ocorre o House of Dancing Water, um espetáculo aquático fantástico, conhecido por sua produção impressionante e seu elenco talentoso de artistas internacionais. O show é uma experiência incrível e envolvente, que encanta e emociona o público de todas as idades.

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O QUE FAZER EM MACAU, A LAS VEGAS CHINESA QUE FALA PORTUGUÊS:

E, se você não é muito fã de cassinos, não tem problema. Macau também tem uma rica história pra contar através de seus quase 15 museus. O Museu de Macau é a melhor introdução à história da colônia portuguesa que encontrou prosperidade através de glamourosos cassinos, unindo o ocidente e o oriente. No coração das fortificações portuguesas, o local tem três andares que passam pelo passado de pequeno porto até o boom contemporâneo de Macau. Seus tranquilos jardins têm vista panorâmica da cidade. Já o Museu de Arte de Macau é a maior galeria de arte da região, com obras históricas e contemporâneas do sul da China englobando caligrafia, cerâmicas, pinturas e fotografias com foco na cultura única da cidade. Por ali passaram desde Picasso a pinturas da Dinastia Qing e arte pré-colonial mexicana.

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Amantes de chá vão adorar dar uma passada na Casa Cultural de Chá de Macau, numa casa neocolonial dentro de um sereno espaço verde. Durante anos, Macau foi uma das principais portas de exportação de chá pro ocidente. Ali, exposições regulares exibem obras que se relacionam com a bebida.

O que já foi a maior igreja de Macau também é hoje um museu a céu aberto. São as Ruínas de São Pedro, o maior tesouro local. Tudo o que sobrou após o incêndio que destroçou o local em 1835 foi a imponente fachada e a escadaria da igreja jesuíta do século 17. Com suas estátuas, portais e gravuras que efetivamente compõem um “sermão em pedra” e uma Biblia pauperum (a Bíblia dos pobres), a igreja foi um dos maiores monumentos do Cristianismo na Ásia, destinada a ajudar os analfabetos a entender a Paixão de Cristo e as vidas dos santos.

O que fazer em Macau: ao lado do memorial está o Museu de Arte Sacra, que preserva objetos da história católica da antiga colônia. O destaque vai pra um retrato de São Miguel modelado por um jesuíta japonês, o único trabalho que sobreviveu à destruição da catedral.

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O QUE FAZER EM MACAU, A LAS VEGAS CHINESA QUE FALA PORTUGUÊS:

E, pra sentir de verdade a cultura asiática, vale a visita ao o Templo de A-Ma, em homenagem à deusa do mar, que já estava de pé quando os portugueses chegaram por ali, uma vez que pescadores chineses vinham se reabastecer no local e orar pelo bom tempo; e o Templo de Na Tcha, construído em honra ao deus-criança da guerra. A crença é de que o local foi erguido pra acabar com a peste que assolava a região no século 19. Construído na arquitetura tradicional chinesa, tem figuras de animais em cerâmica em sua cumeeira.

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Entre os lugares públicos, a Praça Flor de Lótus é uma das maiores atrações de Macau. Localizada no centro da cidade, perto do Museu do Grande Prémio, que conta a história do automobilismo na cidade, e de vários casinos, é um lugar pra praticar atividades ao ar livre e tem uma estátua gigante com uma flor de lótus que simboliza a soberania chinesa na região, um dos cartões-postais da cidade.

O Largo do Senado também é um passeio bacana: cercado por prédios históricos e coloridos, que exibem uma arquitetura colonial bem preservada, é um importante centro urbano e histórico, excelente para se explorar e aprender um pouco mais sobre a história da cidade. É um lugar vibrante e animado, especialmente à noite, quando as luzes e as multidões se reúnem para apreciar a beleza e a atmosfera da praça.

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Outro dos marcos do destino é a Torre de Macau, com 338 metros e o título de 22ª torre mais alta do mundo. Dá pra só tirar uma foto de longe ou subir nela pra pular de bungee jumping. Não deixe de visitar o Mercado de São Domingos durante a sua viagem: é o local ideal para comprar produtos locais e artesanato. É um local muito movimentado e agitado, frequentado tanto por moradores locais quanto por turistas que procuram uma experiência autêntica de compras em Macau.

Macau não aparece entre os top destinos de viagem para os brasileiros principalmente pela distância. No entanto, com sua história que se assemelha a nossa e sendo um polo do entretenimento na Ásia, é um bom lugar pra dar uma esticada pela região.

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Veja aqui opções de passeios em Macau:

Anna Laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

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