Novos ventos movem Lisboa; não mais aqueles que uma vez empurraram as naus rumo ao desconhecido. A capital portuguesa mostra agora uma bem-vinda mudança de atitude, que deixa sua idiossincrática nostalgia pelas glórias do passado conviver com o século 21. E o novo, aqui, não vem de iniciativas estrangeiras, como ocorre na “hipsterização” de outras capitais pelo globo: é dominado pelos projetos nacionais independentes e até familiares que sempre fizeram parte a Lisboa, mas que agora apostam em espaços culturais descolados, novos chefs de cozinha e hotéis-butique, rejuvenescendo seus bairros clássicos. Projetos de renovações ambiciosos reativam espaços abandonados com festas, mercados, bares e lojas e reanimam zonas urbanas que antes não integravam o mapa turístico. E dão lugar para mais uma camada de história, esta supercontemporânea, se acomodar pelas ladeiras lisboetas. Ah, sim: e ela continua consideravelmente mais barata do que outras capitais europeias.

O que fazer em Lisboa, bairro a bairro:

O QUE FAZER EM LISBOA: BAIXA

É o epicentro do turismo na cidade. Seu quadriculado de ruas planas guardam uma porção de lojas, restaurantes e novos hotéis-boutique bons para passear.

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PRAÇA DO COMÉRCIO: Grandiosa, é a mais óbvia e ainda assim mais romântica praça da cidade, de cara para o Rio Tejo. Ali ficava um palácio que era residência de Dom Manuel no século 16 e 17, onde aconteciam festas e eventos da corte. Depois do famoso terremoto que destriui parte da cidade em 1755 (você vai ouvir falar muito dele em Lisboa), Marquês de Pombal planejou a nova praça e o bairro da Baixa, com suas ruas retas e planejadas. A área perdeu importância depois da vinda corte portuguesa para o Brasil e chegou a ser um estacionamento (!) nos anos 1980. Durante a Expo de 1998, Lisboa passou por um grande processo de revitalização e a praça foi ocupada por restaurantes, cafés, museus e órgãos governamentais. Ali está o Lisboa Story Center, que conta a história da cidade, e o histórico Café-Restaurante Martinho da Arcada, onde Fernando Pessoa tinha uma mesa cativa. Continue lendo pra saber mais o que fazer em Lisboa.

RUA AUGUSTA: Passando pelo Arco da Augusta (onde há um mirante no qual você pode subir para admirar a Praça do Comércio do alto) você chega a essa rua, epicentro da Baixa. Fechada para pedestres, ela é ocupada por um comércio que mistura lojas de suvenires, redes tipo Zara e H&M a coisas com certo ar local, como pastelarias.

MUSEU DO DINHEIRO: Aberto em abril de 2016, deu nova roupagem à Igreja de São Julião, do século 17. Ali estão expostas de modo interativo, legal para levar as crianças, moedas do mundo todo, incluindo umas feitas com ouro roubado do Brasil, e painéis e plataformas que exploram a relação do homem com o dinheiro na história. Largo de São Julião, quarta a sábado das 10h às 18h

CONFEITARIA NACIONAL: Se você chegou ávido por um pastel de belém (ou de nata, como eles dizem por lá), esse é ponto obrigatório, lá desde 1829. Praça da Figueira, 18B

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PRAÇA DOM PEDRO IV OU ROSSIO: A Rua Augusta culmina nessa praça, coroada pelo nosso Dom Pedro I (que eles chamam de Dom Pedro IV), o sujeito interessantíssimo que depois que saiu daqui ainda foi aclamado nos jantares de Paris como o primeiro imperador constitucionalista, voltou para Portugal, derrubou o irmão do trono e coroou a filha – até morrer, exausto, de sífilis.

ELEVADOR DA SANTA JUSTA: No final da Rua do Ouro, suba nesse elevador de estrutura metálica e traços góticos para admirar a vista e chegar até o bairro do Chiado.

A GINJINHA (foto abaixo): Nesse balcão superfrequentado pelos turistas você pode provar uma tacinha do licor doce português, feita com a ginja, uma espécie de cereja. Largo São Domingos, 8

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IGREJA DE SÃO DOMINGOS (foto acima): O bonito são justamente as colunas, as paredes e o piso sem restauro, que guardam vestígios de sua dramática história de mais de 700 anos. As imperfeições entregam as agruras que a acometeram desde que foi erguida, no século 13: terremotos, incêndios, um massacre de judeus em 1506. Teto e paredes são vermelhos. Meio bela, meio sinistra. Largo de São Domingos

O QUE FAZER EM LISBOA: CAIS DO SODRÉ

O bairro à beira do Tejo e contíguo à Baixa já foi um antro de sujeira e prostituição, mas hoje exibe um belo calçadão, bares agitados e o Mercado da Ribeira.

AVENIDA RIBEIRA DAS NAUS: Merece aplausos a iniciativa de requalificar a área de 52 000 metros quadrados que liga a Praça do Comércio ao Cais do Sodré. Agora o calçadão largo com partes jardinadas à beira do Rio Tejo recebe o pessoal andando de bicicleta, fazendo exercício, caminhando para o trabalho e até tomando sol de biquíni (!) no verão, com bons espaços para observar o pôr do sol. Note o carrinho da Pitcher Cocktails, instalado ali, que serve limonada, mojito e caipirinha em potes de vidro. Perto do rio também está o Vestigius, um dos melhores bares da cidade pra beber vinho e gin. Continue lendo pra saber mais o que fazer em Lisboa.

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RUA COR DE ROSA: A Rua Nova do Carvalho, primeira marca da revitalização da região do Cais do Sodré, já foi uma viela suja à beira-rio habitada por prostitutas e marinheiros. Em 2013 foi fechada ao trânsito, teve seu pavimento reformado e pintado de rosa, e suas paredes, grafitadas. Agora em sua extensão festiva distribuem-se mesas ao ar livre em frente a lugarzinhos como o Povo (povolisboa.com), um restaurante para ouvir fado intimista e não-turístico, o bar Sol e Pesca (solepesca.com), com suas latas de conserva usadas de decoração, o Bar da Velha Senhora, com espetáculos burlescos e a música eclética da balada MusicBox.

MERCADO DA RIBEIRA: Todo alarde ao redor do mercadão gerido pela revista Time Out é justificável. Isso porque seus 30 quiosques dão a oportunidade de provar em versões menores e mais baratas preparações dos maiores chefs do país, como Alexandre Silva, Henrique Sá Pessoa e Miguel Laffan, e ainda providenciam sushi (no Confraria), hambúrgueres (no Honorato), embutidos (na Manteigaria Silva), bolos de ovos de chorar (no Nós é mais Bolos). Outro plus: fica aberto o dia inteiro. Domingo a quarta das 10h às 00h, quinta a sábado das 10h às 2h

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RUA DO ALECRIM: Ligando o Cais do Sodré ao Bairro Alto/Chiado, essa rua tem uma porção de bares agitados, como o Bom, o Mau e o Vilão, e a Pensão do Amor. O final dela é a Praça Luís de Camões, onde o pessoal faz esquenta.

O QUE FAZER EM LISBOA: CHIADO

Interligado à Baixa pelo Elevador de Santa Justa, guarda lojas bacanas, pontos históricos e alguns dos melhores restaurantes da cidade.

CONVENTO DO CARMO: Saindo do Elevador de Santa Justa, visite essas belas ruínas, resquícios de uma igreja e convento do século 14 que foram destruídos no terremoto de 1755. O conjunto fica de frente para o Largo do Carmo, uma simpática e florida praça com restaurantes em volta. Continue lendo pra saber mais o que fazer em Lisboa.

PALÁCIO CHIADO: Mais recente palácio que ganhou banho de loja no interior, suas salas do século 18 com pinturas elaboradas nas paredes, vitrais e afrescos no teto foram reabertas este ano com sete restaurantes (sushi, frutos do mar, hambúrgueres e embutidos), um bar com cervejas, vinhos e drinques e programação cultural de shows, DJ’s e mostras de arte. Rua do Alecrim, 70, domingo a quarta das 12h às 00h, quinta a sábado das 12h às 2h

A VIDA PORTUGUESA: É uma loja portuguesa, com certeza: em lindas embalagens retrô são vendidos desde chás, farinha, chocolate, conservas e granola até sabonetes, cadernos, roupas, artigos de decoração e utensílios de cozinha, todos de fabricação no país. A loja fica instalada em uma antiga fábrica de perfumes. Rua Anchieta, 11, todos os dias das 10h às 20h

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CAFÉ A BRASILEIRA: O pessoal para nesse café, que já foi ponto de encontro de intelectuais no passado, para tirar uma foto com a estátua de Fernando Pessoa. Rua  Garrett, 120, todos os dias das 8h às 2h

BERTRAND: A mais antiga livraria em atividade no mundo, pelo Guinness Book. Há hoje várias filiais, mas essa é a original, de 1732. Tem uma rica seção de literatura de viagem. Rua Garrett, 73-75,  todos os dias das 9h às 22h

O QUE FAZER EM LISBOA: BAIRRO ALTO E PRÍNCIPE REAL

Com suas ruelas íngremes, o Bairro Alto é o centro da badalação da cidade junto ao Cais do Sodré, com bares que ficam aberto madrugada adentro. O Príncipe Real é uma continuação do Bairro Alto, onde tem sido aberta uma porção de bares, restaurantes, lojas e galerias de arte.

CONVENTO DOS CARDAES: É um verdadeiro achadinho em Lisboa. Construído entre 1677 e 1703, tem interior barroco bem preservado com talha dourada, azulejos típicos azuis e brancos e muito mármore: é incrivelmente lindo. E são uma senhorinhas fofas que dão o tour pelo lugar. Rua de O Século, 123, segunda a sábado das 14h30 às 17h30

TASCA DO CHICO: As paredes do pequeno salão são cheias de recortes de jornais e fotografias antigas de fadistas colecionadas pelo proprietário Francisco Gonçalves. Mesinhas apertadas com toalhas xadrezes recebem desde idosos portugas a turistas europeus pra ouvir os fadistas, que podem ser profissas ou simplesmente quem levantou com vontade de cantar. Não vá com fome: só há petiscos e o serviço é lento. Rua do Diário de Notícias, 39, todos os dias  das 17h às 3h

ELEVADOR DA BICA: O funicular do século 19 liga o Largo do Calhariz e a Rua de São Paulo. É provavelmente o mais fotografado de Lisboa.

MIRADOURO SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA: Ponto alto do Bairro Alto, tem bela vista para o Castelo de São Jorge e uma pracinha aprazível com chafariz.

MIRADOURO DE SANTA CATARINA: Mais um belo mirante de Lisboa, com vista para a margem sul do Tejo. Logo em frente fica o Museu da Farmácia e o restaurante/bar Pharmacia, cuja decoração faz alusão a farmácias antigas. O gramadão em frente é uma delícia.

CAFÉ PRÍNCIPE REAL: Mesmo que não vá se hospedar no Memmo Príncipe Real (diárias desde € 239), que está bombando em Lisboa, você precisa conhecer o bar do terraço do local. É que o hotel é desses novos empreendimentos que sabe captar bem o significado do conceito de um hotel-boutique design: sua localização estratégica num miradouro com vistas escandalosas da cidade combina bem com um bar no terraço que serve cocktails que são a cara de Portugal como o Porto Tônico, feito de vinho do porto branco com água tônica e limão.

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JARDIM DO PRÍNCIPE REAL: É o epicentro do bairro. Todo sábado de manhã há uma feira com frutas, legumes, pães, vinhos, azeites… Saindo de lá, uma porção de butiques e galerias de lojas descoladas se acomoda pela Avenida Dom Pedro V, assim como o agradável Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, bom para fazer uma pausa nas andanças.

EMBAIXADA: A loja-conceito reocupou um palacete do século 19 com lojas de design. As antigas salas foram apossadas por bolsas, joias, sapatos, roupas, objetos de decoração, cosméticos e acessórios. Também tem galeria de arte, bar e restaurante com varanda externa. Praça do Príncipe Real, 26, todos os dias das 12h às 20h

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O QUE FAZER EM LISBOA: CAMPO DE OURIQUE E ESTRELA

São bairros mais residenciais com um comércio de rua adorável onde vivem lisboetas sortudos.

MIRADOURO AMOREIRAS: Mais um mirante para a coleção de Lisboa. Aberto em 2016, este fica no 18º andar das Torres das Amoreiras, e permite uma panorâmica completa 360 graus da cidade com suas paredes de vidro, com o Tejo ao fundo, os telhados vermelhos, os monumentos, as torres das igrejas. A entrada é pela Amoreiras Shopping. Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, segunda a sexta das 10h às 12h30 e das 14h30 às 22h, fins de semana das 10h às 22h

CASA FERNANDO PESSOA: Na casa onde o autor de Livro do Desassossego morou durante os seus últimos 15 anos de vida se formou um centro cultural. Sua genialidade paira no ar entre paredes rabiscadas com suas palavras, o quarto onde dormia (foto ao lado) e a máquina de escrever em que trabalhava. A lojinha tem edições especiais de suas obras. Rua Coelho da Rocha, 16, terça a sexta das 10h às 18h

PASTELARIA ALOMA: Duas vezes vencedora do melhor pastel de nata de Lisboa, a pastelaria existe desde 1943. R. Francisco Metrass, 67, todos os dias das 8h às 19h

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MERCADO DE CAMPO DE OURIQUE: Uma reforma no final de 2013 deu nova vida ao mercado, que virou point gourmet. Entre as bancas de frutas e legumes, “tasquinhas” char – mosas que servem desde pratos típicos até hambúrguer e carpaccio. Rua Coelho da Rocha, 104, todos os dias das 10h às 23h

BASÍLICA DA ESTRELA: Silenciosa e com poucos turistas, tem um terraço de onde dá pra ver bem sua cúpula barroca, construída no século 18. Em frente tem um belo jardim.

O QUE FAZER EM LISBOA: AVENIDA DA LIBERDADE

Muita gente se hospeda nas imediações da Avenida da Liberdade, a Quinta Avenida lisboeta, com sua passarela arborizada e suas lojas (Louis Vuitton, Prada, Dolce & Gabbana, MiuMiu e Burberry,) e restaurantes sofisticados (como o novo JNcQUOI).

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PARQUE EDUARDO VII: Nomeado em homenagem ao rei do Reino Unido: siga por ele até a ponta norte do parque, onde a vista é, no vocabulário lisboeta, “brutal” – ou impressionante. Para acomodar melhor o pessoal nesse “miradouro”, começaram a estacionar ali carrinhos de comida, os food trucks, com mesinhas e tudo. Ali também está o conceituado restaurante Eleven. Continue lendo pra saber mais o que fazer em Lisboa.

JARDIM DO TOREL: Saindo da avenida, pegue o Elevador do Lavra, o mais antigo de Lisboa, para chegar até esse jardim, onde tem adivinhe, mais um mirante. Em agosto, o lago artificial que fica ali se transforma em piscina (!).

EL CORTE INGLÉS: Filial lisboeta da famosa loja de departamentos espanhola. Tem desde roupas a artigos de decoração, livros, eletrônicos e restaurante café (estes no último piso). Avenida António Augusto de Aguiar, 31, segunda a quinta das 10h às 22h, sexta e sábado das 10h às 23h30, domingo das 10h às 20h

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBEKIAN: Relativamente pouco visitado, o lugar guarda um museu com a coleção de arte do falecido empresário Calouste Sarkis Gulbenkian, um centro de arte moderna e, a melhor parte, bonitos jardins. Se não estiver na sua primeira viagem à Lisboa e esteja à procura de atrações que ainda não foi, essa é uma boa. Avenida de Berna, 45A, todos os dias das 10h às 18h

O QUE FAZER EM LISBOA: ALFAMA

Trata-se do bairro mais antigo da cidade, onde os portugas são mais portugas e os miradouros, mais deslumbrantes. As panturrilhas queimam ao transitar por suas ruelas, becos e escadarias labirínticas, onde surgem varais carregados de roupas, mosaicos de azulejos carcomidos e igrejas centenárias. Na Festa de Santo António, que acontece em 13 de junho, Alfama fica especialmente alegre e toda empeteca da com bandeirinhas e barracas de comida que fartam os lisboetas de vinho e sardinhas gordas.

LARGO PORTAS DO SOL: Veja, deste terraço (com uma estátua do padroeiro da cidade, São Vicente), Alfama escancarada, com as torres das igrejas e os telhadinhos vermelhos. Continue lendo pra saber mais o que fazer em Lisboa.

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PARREIRINHA DE ALFAMA: Difícil encontrar uma casa de fado que não seja turís – tica, e essa não é diferente. Mas não deixa de ser uma “ternura”, como dizem por lá. Da cozinha saem pratos tradicionais de respeito, e o salão apertadinho combina bem com as apresentações intervaladas dos fadistas. Beco do Espírito Santo, 1, terça a domingo das 18h à 1h

CASTELO DE SÃO JORGE: Antiga fortificação moura, é o cume dramático de Lisboa, o miradouro dos miradouros. Ele foi tão revirado e reformado que pouco remanesceu do original construído pelos muçulmanos em meados do século 11. Todos os dias das 9h às 21h (até 18h de novembro a fevereiro)

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POIS CAFÉ: Ótimo pra uma pausa, tem sofás e pufes para sentar, livros e revistas empilhados e doces, sanduíches e saladas no menu. Rua de São João da Praça, 93, todos os dias das 10h às 23h  (12h aos domingos)

(foto ao lado) E IGREJA DE SANTO ANTÔNIO: A austera fachada românica da Sé esconde um dos templos mais importantes da capital portuguesa, erguido a partir de 1150 sobre uma mesquita logo após a expulsão dos mouros da região. A poucos metros fica a Igreja de Santo António, construída no suposto local de nascimento dele, em 1195.

PANTEÃO NACIONAL: Uma igreja no século 16, foi declarado panteão em 1966 e acolheu corpos de gente como a fadista Amália Rodrigues. Suba ao terraço pra curtir a vista. Logo ao lado rola todos os dias (menos terça) a Feira da Ladra, um mercadinho de antiguidades meio fuleiro.

MUSEU DO FADO: Conta a história de como esse ritmo melancóóólico tomou as ruas e os corações dos lisboetas. Bem estruturado, tem capas de discos antigos, instrumentos e instalações multimídia. Largo Chafariz de Dentro, 1, terça a domingo das 10h às 18h

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O QUE FAZER EM LISBOA: BELÉM

Ora, pois, foi daqui que Cabral partiu em sua nau para descobrir a Ilha de Vera Cruz! A mais saudosista das regiões, Belém (aonde você chega com o bonde 15, partindo da Praça do Comércio) exalta os grandes heróis lusitanos. Vale a pena alugar uma bicicleta pra passear por ali.

PASTÉIS DE BELÉM: Desde 1837, o pai de todos os pastéis de nata. Antes de ficar na fila do balcão, veja se não há alguma mesa vaga dentro. Eu gosto de fazer dessa minha primeira parada pra ir comendo os pastéis enquanto passeio. Rua Belém, 84-92, todos os dias das 8h às 23h

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PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS: Esculpido em forma de caravela, o monumento que homenageia os aventureiros das Grandes Navegações foi erguido nos anos 1940, quase 400 anos depois do acontecido (dá pra perceber que os portugas são excessivamente saudosistas, né?).

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MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS (foto ao lado): Camões, que cantou as Grandes Navegações, e Vasco da Gama estão aqui enterrados. Representante máximo do estilo manuelino, o mosteiro foi erguido para ostentar o poderio naval de Portugal. A fachada é um arraso.

TORRE DE BELÉM: Construída no século 14 na beira do Rio Tejo, a fortaleza era símbolo do prestígio do rei na época dos descobrimentos – você provavelmente já a viu em algum rótulo de azeite. É possível checar de fora ou visitar por dentro.

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MUSEU COLEÇÃO BERARDO: Lisboa não tinha um museu de arte moderna tão importante antes de 2007, quando este foi inaugurado. O acervo de arte moderna e contemporânea tem Duchamp, Miró, Mondrian, Max Ernst, Andy Warhol. Fica dentro do Centro Cultural de Belém. Todos os dias das 10h às 19h

MUSEU DOS COCHES: Aqui estão expostas carruagens, carrinhos de passeio e outras preciosas viaturas utilizadas pelos reis europeus entre os séculos 17 e 19. Contrastando com o interior de época, ele acabou de ser reinaugurado num novo edifício moderno projetado pelo aclamado arquiteto brasileiro o Paulo Mendes da Rocha. Avenida da Índia, 136, terça a domingo das 10h às 18h

MUSEU DE ARTE, ARQUITETURA E TECNOLOGIA: Símbolo nessa fase cool e inovadora que vive Lisboa, o museu foi inaugurado no fim de 2016. A obra futurista da arquiteta inglesa Amanda Levete que imita uma onda com ângulos que desafiam a gravidade contrasta de forma interessante com os monumentos históricos citados acima. As exposições tratam, bem, de arte, arquitetura e tecnologia. Mas por enquanto a parte mais disputada é a externa, onde o pessoal passeia no calçadão pra ver o pôr do sol. Quarta a segunda de 12h às 20h

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SUD LISBOA: Spot supermoderninho aberto há pouco ao lado do MAAT, com restaurante com cozinha mediterrânea, bar com cocktails criativos, piscina panorâmica e vistas lindas sobre o Rio Tejo, de camarote para o Ponte 25 de Abril. Pra nadar, paga-se € 35, com direito a usar suas espreguiçadeiras macias e toalhas felpudas até às 18h, quando o bar abre e a piscina fecha. Todos os dias das 11 às 2h

PRA VISITAR NA VOLTA DE BELÉM

LX FACTORY: Uma fileira de armazéns do século 19 até pouco esquecidos foi transformada em uma ilha de criatividade cuja oferta de lojas, restaurantes e bares se expande a cada ano. Hoje além das pioneiras livraria Ler Devagar e a Landeau, que clama vender o melhor chocolate da cidade, temos também a creperia Chef Nino, a loja de vinhos More Than Wine e o belo restaurante Rio Maravilha (foto ao lado). Este último, instalado na antiga sala de convívio dos que trabalhavam ali – a decoração ainda mantém a vibe industrial -, serve um mix de receitas brazucas com portuguesas do chef Diogo Noronha e tem vista para o rio e a Ponte 25 de abril.

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O QUE FAZER EM LISBOA: PARQUE DAS NAÇÕES E MARVILA

O Parque das Nações é uma área mais recente de Lisboa, construída durante a Expo 1998. No caminho para lá fica Marvila, onde antigos armazéns estão virando bares, restaurantes e galerias de arte.

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OCEANÁRIO DE LISBOA: Este aquário guarda um dos maiores oceanários do mundo, com cerca de 500 espécies de animais; tubarões, pinguins, crustáceos, lontras, arraias, etc. O prédio é uma beleza, com diversos elementos fazendo referência ao mundo marinho. Todos os dias das 10h às 20h

TELECABINE LISBOA (foto acima): Nessa área com jardins e várias construções modernas na beira do rio, Um teleférico tipo bondinho que deixa ver a região do alto – a vista é linda. Todos os dias 11h às 19h

CENTRO COMERCIAL VASCO DA GAMA: Este shopping fica bem na saída da Estação do Oriente, onde você deve chegar de metrô/trem. Tem Bershka, Fnac, H&M, Kiko, Mango, Nike e essas lojas de sempre.

FÁBRICA BRAÇO DE PRATA: Neste espaço, que antigamente servia à indústria bélica, é ocupada por livrarias, restaurantes, exposições de arte e uma animada programação de saraus e shows – toda quinta às 22h30 há apresentação de jazz. Veja a agenda no site.

UNDERDOGS, MURIAS CATENOÁR SÓLIDO: Um rolê pelas galerias deixa ver uma Lisboa descolada e conhecer artias portugas e internacionais contemporâneos. A Underdog é dedicada a grafites. Terça a sábado das 14h às 20h

CAFÉ COM CALMA: Um espaço florido com paredes de azulejos brancas e menu com croissants, bolos, tortas, sopas e sucos naturais. Perfeito para o “pequeno-almoço”.

E você, tem mais alguma dica sobre o que fazer em Lisboa?

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