Chicago é a terceira maior cidade americana,

um oásis pulsante no miolo das cidadezinhas sem graça do Mid-West, como é chamado o meião dos States. Lugar de fanáticos por esportes, arquitetura arrojada, parques bonitos, restaurantes estrelados, museus top, uma das melhores orquestras do mundo, muito blues e jazz, Chicago merece pelo menos três dias inteiros de visita, e pode ser conjugada com destinos como Nova York e Boston pela fartura de voos baratos para lá.

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O que fazer em Chicago: roteiro completinho de três dias na cidade

DIA 1

O centro da cidade fica no chamado LOOP. A rua de comércio que o corta é a STATE STREET, onde estão lojas como Barnes & Noble, Macy’s, Urban Outfitters, H&M, Target. E o coração verde do Loop é o agradável MILLENIUM PARK, onde está a famosa escultura de ameba de metal do artista Anish Kapoor, a Cloud Gate. No verão, crianças brincam ao redor das Crown Fountains, uma obra interativa em que imagens de duas bocas em telas de LED cospem água e refrescam o calorão. No inverno, o parque fica todo branquinho, coberto de gelo. 

O belo Lake Michigan beira o parque: nos meses de calor, é gostoso andar por ali sentindo a brisa pela CHICAGO LAKEFRONT TRAIL, onde o pessoal pratica exercícios, anda de bicicleta e curte a vista para água. Para comer uma coisinha durante o passeio, o WILDBERRY PANCAKES & CAFE tem panquecas e outras delicinhas americanas.

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O parque também emana a maior parte da energia cultural da cidade: ali fica o fantástico ART INSTITUTE, um museu de primeira classe que abriga obras-primas como Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grand Jatte, do pintor pós-impressionista francês Georges Seurat. A ala moderna do museu, toda envidraçada, foi projetada pelo badalado arquiteto italiano Renzo Piano. Quase em frente a ele, o SYMPHONIC CENTER é casa da Orquestra Sinfônica de Chicago, uma das mais tops do mundo (se curtir música clássica, vale comprar um ingresso para um concerto no site).

O Loop é o melhor lugar pra entender como Chicago tem tudo a ver com arquitetura: depois do chamado Grande Incêndio de 1871, que torrou a maior parte da cidade, arquitetos como Daniel Burnham e Frank Lloyd Wright construíram os primeiros arranha-céus do país. Mais tarde, o alemão Mies van der Rohe e seus seguidores revolucionaram a paisagem local com prédios modernos cheios de estruturas de aço e vidro. E depois deles os pós-modernos. Pra sacar tudo isso a boa é fazer o TOURS DA CHICAGO ARCHITECTURE FOUNDATION, que tem guias simpáticos (só em inglês) que sabem tudo de explicar arquitetura pra quem não entende nada de arquitetura. Dá pra ir a pé ou, no verão, fazer a versão de barco pelo lago Michigan, que enquadra a cidade – veja as opções no site.

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Se o tempo estiver bom, também dá para caminhar do Art Institute até o CHICAGO RIVERWALK, uma agradável passarela construída ao longo do rio Chicago por onde você passeia entre os arranha-céus, admirando a arquitetura e o pessoal que faz exercício ou descansa em mesas e banquinhos. Vale parar no bar CITY WINERY para provar uma taça de vinho.

Ainda no Loop há outro ponto turístico clássico: o SKYDECK, observatório da Willis Tower, o prédio mais alto da cidade. Pra dar mais vertigem, os caras instalaram uns cubos de vidro encaixados pra fora do prédio. A sensação é de flutuar a 400 metros de altura. Calcule sua ida lá para cerca de uma hora antes do pôr do sol, cujo horário varia com a época do ano.

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Para o jantar, pegue um Uber até o West Loop, onde estão alguns dos melhores restaurantes da cidade. Para não gastar muito, uma boa pedida é o TIME OUT MARKET CHICAGO, um mercadão gourmet com mais de 4 mil metros quadrados, 18 restaurantes, três bares e um rooftop com vista bacana para a cidade. Alguns dos quitutes dos chefs mais badalados de Chicago estão ali, como os pratos vietnamitas do chef Thai Dang, as pizzas do Art of Pizza e os hambúrgueres do Mini Mott.

Para quem quiser uma experiência de alta gastronomia, tem uma chuva de restaurantes top por ali, muitos com estrelas no Guia Michelin. O japonês MOMOTARO, o italiano MONTEVERDE e o moderninho ORIOLE estão entre os melhores. Veja o menu antes de ir para não se assustar com os preços e faça reserva.

O QUE FAZER EM CHICAGO:

DIA 2

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Ao sul do Loop há um super complexo de museus rodeados por um parque gramado. Ali estão o FIELD MUSEUM, um museu de história natural giga cheio de esqueletos de dinossauros e boas exposições temporárias, e o ADLER PLANETARIUM, o planetário mais antigo dos EUA, com museu interativo sobre o espaço e a vida dos astronautas. Muito legal para quem vai com crianças.

De lá, pegue um ônibus ou Uber até a região de River North, onde fica a MAGNIFICENT MILE, alcunha pra um pedaço da Michigan Avenue que é a 5ª Avenida local – “o” lugar pra compras em Chicago. Tem Apple, Chanel, Best Buy e essas lojas de sempre. Escorregue alguns quarteirões a oeste, no cruzamento entre as RUAS SUPERIOR E FLANKLYN, pra ver uma pequena concentração de galerias de arte e outras lojas. Quem curtir arte contemporânea pode passar no MUSEUM OF CONTEMPORARY ART – lá dentro tem um restaurante maravilhoso, o MARISOL. Ou então rume a LOU MANALTI’S PIZZERIA para comer a típica “deep dish pizza”, patente chicaguina, uma pizza-torta grossa, queijuda e deliciosa. E, de sobremesa, vá ao THE DOUGHNUT VAULT, uma portinha escondida que vende os melhores donuts da cidade.

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O fim de tarde pode ser no NAVY PIER, clássico de o que fazer em Chicago. Parte dele lembra aquelas feiras de filme em que o mocinho leva a mocinha nas comédias românticas, com parque de diversões com carrossel, roda-gigante e joguinhos – tudo de cara pro Lake Michigan. O complexo ainda engloba um museu pra crianças, cinema, restaurantes, teatro e lojas.

Se não deu tempo no dia anterior, vá ao mirante Skydeck, na Willis Tower, e jantar no West Loop.

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O QUE FAZER EM CHICAGO:

DIA 3

Use essa manhã para fazer algum programa que tenha ficado faltando: se não deu para entrar no Art Institute, por exemplo, ou, se estiver calor, fazer um tour de barco no Lake Michigan ou passear pelo Chicago Riverwalk, dos quais falamos acima.

Outro programa que pode ser legal é comprar um ingresso para um jogo de baseball do Chicago Cubs no estádio WRIGLEY FIELD, um dos mais icônicos dos EUA. No inverno, tem eventos especiais ali como shows e uma pista de patinação no gelo. Cheque o site.

De tarde, vale muito a pena rumar um pouco ao oeste do Loop pra região de WICKER PARK, fora dos clássicos de o que fazer em Chicago. Do Millennium Park é só pegar a linha azul do metrô suspenso (que eles chamam de “The L”) na estação Monroe e descer na estação Damen. A Milwaukee Avenue, no trecho entre a Divion Street até a North Avenue, é um burburinho hipster com vários brechós, cafés vintage, lojinhas independentes pra presentes originais, livrarias – veja a Reckless Records, perfeita para fãs de vinis e CDs. Entre na Damen Avenue pra comer: no estiloso mexicano Big Star ou no gracinha do Mindy’s Hot Chocolate, com pratos quentes, sanduíches e sobremesas. E chocolate quente.

Não dá pra sair de Chicago sem ouvir um jazz ou blues. De noite, tome um Uber ou táxi até o KINGSTON MINES, um bar tradicional com bandas ao vivo e cerveja gelada. Antes do show dá para jantar pizza típica de Chicago das boas na PEQUOD’S PIZZA.

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