O Marrocos é um país incrível demais pra quem se permite viajar sem preconceitos e fora da zona de conforto, com a mente aberta pra uma outra cultura distante da nossa – e está disposto a encarar suas crenças, costumes e regras, com um jeito de enxergar as mulheres diferente do que estamos acostumados, numa boa.

MULHERES VIAJANDO SOZINHAS NO MARROCOS:

Pra quem ainda tem dúvidas: dá sim pra ser mulher e ir sozinha ao Marrocos, voltando com lindas recordações de viagem. Basta respeitar e compreender a cultura local e se ligar em alguns pontos.

Mulheres viajando sozinhas no Marrocos: um guia de sobrevivência

COMBINE O PREÇO DO TÁXI ANTES E VÁ CHECANDO O CAMINHO NO GOOGLE MAPS

O Marrocos é país de pechinchar, e isso começa já no aeroporto. Com mulheres, o abuso de preços pode ser maior ainda, principalmente em serviços como os táxis, se o valor não for previamente combinado. Em Marrakech, do aeroporto até hotéis dentro da Medina, uma quantia justa pra pagar na corrida é em torno de 100 dirhans. Acima disso, reclame (respeitosamente) e diga que o preço está indevido. Se se sentir insegura, vale colocar o trajeto no Google Maps ainda com o Wi-Fi do aeroporto e ir checando se o caminho está correto até o riad ou hotel.

EVITE O CONTATO VISUAL SE NÃO ESTIVER A FIM DE SER INCOMODADA

Dica que vale, aliás, pra qualquer lugar do mundo. Só que no Marrocos, se você fizer contato visual demais com um vendedor de lenços, por exemplo, o preço que vai acabar pagando por isso vai ser mais exacerbado que o normal: o cara vai ficar te seguindo vários metros tentando te fazer comprar alguma coisa dele ou se oferecendo pra te levar em algum ponto turístico. E também ficam te cantando ou mesmo te ofendendo se acharem sua roupa “muito” ousada ou algo do tipo. Então, a melhor tática pra andar sozinha se chama óculos escuro.

viagem-marrocos-mulheres-sozinhas

Mulheres viajando sozinhas no Marrocos: um guia de sobrevivência

PRATIQUE O ATO DE IGNORAR SE NÃO ESTIVER PRA PAPO

Você fez contato visual, não teve jeito, e o fulano da lojinha da Medina de Marrakech não para de cantarolar no seu ouvido. Não perca tempo dando mil explicações do porquê não quer comprar o artigo que ele vende ou respondendo que você é do Brasil que ele não vai parar de falar com você e tentar fisgar sua atenção com nunca mais.

VISTA-SE CONFORTAVELMENTE E, LEVANDO EM CONTA O BOM SENSO, DA MANEIRA QUE PREFERIR, MAS TENHA UM LENÇO OU CASAQUINHO NA BOLSA SEMPRE

Vale colocar vestido, saia e shorts sim – isso se você for desencanada e não se importar com olhares e cantadas enquanto caminha pela Medina. Mas, mesmo assim, pra algumas situações em que talvez os costumes muçulmanos ficarem fortes demais, tenha um casaquinho ou lenço na bolsa pra cobrir os ombros. Você também vai precisar dele pra entrar em algumas atrações turísticas – assim como no Vaticano, em Roma, por exemplo, não se pode entrar com joelhos e ombros descobertos.

Mulheres viajando sozinhas no Marrocos: um guia de sobrevivência

EVITE ANDAR SOZINHA DE NOITE POR BECOS DAS MEDINAS DE FEZ E MARRAKECH

E mesmo de dia se o beco ou rua em questão estiver suspeito demais. Essa é a dica, aliás, mais importante no quesito segurança, que também vale pra N destinos. É só evitar estar sozinha tarde da noite num lugar escuro, vazio e sombrio que é 99,9% de chance de que você não vai correr nenhum perigo durante a viagem. Se planeje pra jantar em restaurantes em lugares movimentados e cujo caminho de volta ao hotel seja tranquilo e próximo se estiver andando.

NÃO CAIA NA CONVERSA DE QUEM SE OFERECE PRA TE AJUDAR DO NADA – POR SEGURANÇA E PRA NÃO PERDER DINHEIRO À TOA

Mil locais irão brotar no seu lado do nada se oferecendo pra te levar no lugar aonde você está indo – eles não tem nem ideia de onde você vai, mas costumam apontar “é por ali” e te orientar, muitas vezes errado porque nem eles sabem o caminho, esperando um retorno financeiro em troca da ajuda. Ok fazer isso se você sentir segurança na pessoa e realmente estiver perdida, até porque poucos trocados bastam e vai ser mais fácil pra ele ou ela pedirem orientações em árabe do que você tentando se comunicar na rua com vendedores de lojinhas. Mas, de novo, se for um beco escuro de noite, desconfie até da sua sombra.

palacio-bahia-marrakech

Mulheres viajando sozinhas no Marrocos: um guia de sobrevivência

PEÇA POR DIREÇÕES EM LOJINHAS COM INFRA MELHOR E RESTAURANTES

Se perdeu? Peça por direções em estabelecimentos comerciais que tenham uma aparência melhor, pois a chance de encontrar alguém falando francês ou inglês é maior. Restaurantes costumam também ser as melhores opções pra pedir por um socorro pra voltar pro riad ou hotel.

NÃO SE DEIXE INTIMIDAR POR NINGUÉM

Procure passar sempre a sensação de segurança, mesmo que não esteja se sentindo 100% em casa, pra não acabar sendo intimidada por taxistas, vendedores da Medina ou até mesmo policiais na estrada – se estiver dirigindo, é extremamente comum e esperado que te parem pedindo seus documentos e cobrando uma multa “falsa” dizendo que você estava acima do limite de velocidade. E depois ainda te “livram” da multa em troca de um money. Dica: em vez de brigar, pague a quantia, mesmo se não tiver cometido a infração. É beeem mais barato e desgastante que arrumar confusão num país estranho, onde o tratamento à mulher é completamente diferente. Em tempo: uma multa de velocidade sai por volta de 400 dirhams.

ANDE SEMPRE 100% ATENTA

Mais uma das dicas que servem pra qualquer lugar do planeta. Especialmente os países em que pickpockets são comuns, como o Marrocos. A praça Jemaa el-Fna em Marrakech e a Medina de Fez são os lugares mais tendenciosos pra esse tipo de roubo ocorrer, então fique esperta, ande com a bolsa grudada e não desvie a atenção. E você estará livre de probleminhas. E pronta pra voltar do Marrocos com recordações de viagem lindas.

– VAI VIAJAR AO MARROCOS? VEJA TODOS OS NOSSOS POSTS SOBRE O PAÍS AQUI!

[parceiros][/parceiros]

Mulheres viajando sozinhas no Marrocos: e você, tem alguma dica? Compartilha aqui com a gente ?

Anna Laura

Um dos maiores nomes do turismo no Brasil, Anna viaja há 10 anos em busca de construir um mundo mais consciente, sustentável e a favor da natureza, propondo mais autoconhecimento através de suas experiências pelo globo. Jornalista por formação e fotógrafa por vocação, é editora do Carpe Mundi e Co-founder da plataforma de curadoria em aluguel de temporada Holmy, 100% nacional e de equipe feminina.

16 comentários

Deixe seu comentário

voltar ao topo